Jovens noruegueses visitam lago assombrado no drama de terror da diretora e roteirista Nini Bull Robsahm
O novo trabalho da diretora e roteirista norueguesa Nini Bull Robsahm é uma atualização do filme homônimo de 1958 dirigido por Kåre Bergstrøm, que por sua vez é baseado no livro de 1942 do autor André Bjerke. O longa original é creditado como precursor do gênero terror na Noruega.
Lillian (Iben Akerlie) é uma jovem que viaja até uma região remota para uma última visita à casa no lago da família, que está prestes a ser vendida. Gabriel (Jonathan Harboe) vai junto porque é apaixonado por Lillian. Bernhard (Jacob Schoyen Andersen) pega carona com eles porque quer fazer um podcast sobre as lendas urbanas da região. E Harald e sua namorada Sonja (Elias Munk e Sophia Lie) aproveitam a viagem porque querem... namorar, eu acho. Coisas estranhas começam a acontecer por lá. E o final de semana do grupo será muito ruim.
Akerlie faz uma heroína adequadamente assustada, atormentada por uma tragédia do passado. Ela é sonâmbula. Vê gosma negra saindo das torneiras e escorrendo pelo rosto de seus amigos. Essas bizarrices garantem que seu arco seja relativamente interessante no começo. E o filme ainda ganha pontos graças à fotografia de Axel Mustad, que aproveita ao máximo o cenário espetacular, incluindo a densa floresta e o lago cintilante, para criar uma atmosfera que beira o surrealismo.
Só que o visual bonito e os mistérios em torno de Lillian não foram suficientes para me prender por muito tempo. Principalmente depois que percebi que a história não estava saindo do lugar. Ajudaria se as visões de Lillian trouxessem alguma consequência para os personagens. Ou se seus passeios noturnos servissem para algo, além de criar um clima de desconfiança na casa. Como isso não acontece, lá pela metade do filme eu parei de me importar com ela.
Quanto aos outros personagens... bem, eles conversam, nadam, brigam, fazem referências a filmes clássicos de terror e andam para lá e para cá. À exceção da doce Sonja, parei de me importar com eles também. E meu interesse pelo filme só retornou no último ato, quando a diretora finalmente pára de criar mistérios e começa a entregar respostas.
Temos alguns confrontos, mortes e perseguições. Mas a verdade é que o filme nunca pega embalo. A revelação sobre a ameaça, além de tardia, não chega a surpreender. Ou talvez surpreendesse se eu não estivesse entediado demais para me importar. Não há como negar que O Lago da Morte é um filme visualmente encantador. Mas não posso dizer que é um bom filme.
★★★★★★
Título original: De dødes tjern / Lake of Death.
Gênero: Drama, mistério, terror.
Produção: 2019.
Lançamento: 2019.
País: Noruega.
Duração: 94 minutos.
Roteiro: Nini Bull Robsahm.
Direção: Nini Bull Robsahm.
Elenco: Iben Akerlie, Sophia Lie, Patrick Walshe McBride, Ulric von der Esch, Elias Munk, Jonathan Harboe, Jakob Schøyen Andersen.
Título original: De dødes tjern / Lake of Death.
Gênero: Drama, mistério, terror.
Produção: 2019.
Lançamento: 2019.
País: Noruega.
Duração: 94 minutos.
Roteiro: Nini Bull Robsahm.
Direção: Nini Bull Robsahm.
Elenco: Iben Akerlie, Sophia Lie, Patrick Walshe McBride, Ulric von der Esch, Elias Munk, Jonathan Harboe, Jakob Schøyen Andersen.
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