Sharon Stone e Michael Douglas interpretam suspeita de assassinato e policial que se apaixona por ela no suspense de Paul Verhoeven
O filme que transformou Sharon Stone em uma das maiores estrelas dos anos 90 é um suspense neo noir sobre um policial que investiga um assassinato e acaba se envolvendo demais com a principal suspeita do crime. Instinto Selvagem chamou muita atenção na época de seu lançamento por seu ótimo elenco, pelo seu estilo e por suas cenas polêmicas de sexo e violência gráfica. E também por apresentar a cruzada de pernas mais famosa da história do cinema.
Trata-se do sétimo longa-metragem de Paul Verhoeven, cineasta holandês autoral conhecido por entregar obras que desafiaram os padrões de Hollywood nos anos 80 e 90. Sua filmografia inclui Conquista Sangrenta, Louca Paixão, Showgirls, Robocop - O Policial do Futuro e O Homem sem Sombra. Instinto Selvagem está entre seus trabalhos mais ousados.
Nick Curran (Michael Douglas) é um policial de São Francisco designado para investigar o caso de um astro do rock aposentado, assassinado a golpes de picador de gelo enquanto fazia sexo com uma mulher misteriosa. Ele não demora para encontrar sua principal suspeita: a autora de livros policias e aspirante a psicóloga nas horas vagas Catherine Tramell (Stone), namorada do falecido. O problema é que Nick se apaixonada por ela, o que leva a história para um caminho imprevisível.
Parte do charme de Instinto Selvagem está no roteiro de Joe Eszterhas, que cria muitas pistas falsas e dificulta a tarefa de descobrir se Catherine é ou não a assassina. Parte está na direção de Verhoeven, que conduz tudo com maestria, fazendo alusões ao cinema de Hitchcock ao mesmo tempo em que o subverte com uma forte carga de sexualidade.
Michael Douglas manda bem como o policial problemático, atormentado por um erro de seu passado. Quanto mais ele investiga, mais se sente atraído pela aura de mistério, sedução e perigo que cerca a escritora. O caso acaba afetando sua vida profissional. E nem mesmo sua amante, a psicóloga Beth Garner (Jeanne Tripplehorn) escapa de suas repentinas mudanças de comportamento, o que leva a outra cena que deu muito o que falar.
Sharon Stone dá um show à parte como a escritora suspeita, que reúne características das melhores femme fatales do cinema. Inteligente, confiante e segura de si, seduz e manipula homens e mulheres à sua volta para atingir seus objetivos. A cena em que os policiais perdem o rumo durante o interrogatório na delegacia não deixa dúvidas que, mesmo acuada, é ela quem dá as cartas. Mas Catherine também tem um lado sensível, o que fica evidente em uma cena triste, perto do último ato. Ou será que aquilo é mais um de seus joguinhos mentais para desarmar tanto o policial desconfiado quanto o espectador?
A atriz não foi a primeira sondada para o papel. Michael Douglas queria um nome estabelecido para interpretar Catherine, e chegou a sugerir Demi Moore ou Michelle Pfeiffer. Verhoeven insistiu em Sharon Stone. E quem assistiu esse clássico sabe que é difícil imaginar outra atriz no papel.
Nota: 8.5/10
Título original: Basic Instinct.
Gênero: Suspense, mistério, drama.
Produção: 1992.
Lançamento: 1992.
País: França, Estados Unidos, Reino Unido.
Duração: 127 minutos | 128 minutos (unrated)
Roteiro: Joe Eszterhas.
Direção: Paul Verhoeven.
Elenco: Sharon Stone, Michael Douglas, Jeanne Tripplehorn, George Dzundza, Denis Arndt, Leilani Sarelle, Bruce A. Young, Chelcie Ross, Dorothy Malone, Wayne Knight, Daniel von Bargen, Stephen Tobolowsky, Benjamin Mouton, Jack McGee, Bill Cable.
Título original: Basic Instinct.
Gênero: Suspense, mistério, drama.
Produção: 1992.
Lançamento: 1992.
País: França, Estados Unidos, Reino Unido.
Duração: 127 minutos | 128 minutos (unrated)
Roteiro: Joe Eszterhas.
Direção: Paul Verhoeven.
Elenco: Sharon Stone, Michael Douglas, Jeanne Tripplehorn, George Dzundza, Denis Arndt, Leilani Sarelle, Bruce A. Young, Chelcie Ross, Dorothy Malone, Wayne Knight, Daniel von Bargen, Stephen Tobolowsky, Benjamin Mouton, Jack McGee, Bill Cable.
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RetroReview
Sharon Stone ao meu ver foi presenteada com esta trama e se tornou também símbolo sexual na época,apesar de seu talento quase mediano.Pelo seu contexto vale a pena assistir e revelo com o passar do tempo,afinal,como eu disse anteriormente, era outros anos e éramos bem menos exigentes.Sharon está linda e sua personagem bastante interessante,provocativa e inteligente.Notaram como eu só comentei de Stone?!...foi de propósito...ela rouba praticamente todas as cenas!
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