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Crítica | Vem Brincar (Come Play, 2020)

Jacob Chase dirige 'Vem Brincar', adaptação de seu curta-metragem de 2017, sobre monstro que usa dispositivos eletrônicos para entrar em nosso mundo.

Jacob Chase dirige 'Vem Brincar', adaptação de seu curta-metragem de 2017, sobre monstro que usa dispositivos eletrônicos para entrar em nosso mundo


Imagem do filme 'Vem Brincar'
O ator Azhy Robertson como Oliver no filme 'Vem Brincar', de Jacob Chase


Em 2017, o diretor Jacob Chase fez muita gente ficar com medo de estacionamentos com seu arrepiante curta-metragem Larry, sobre um frentista entediado que pega um velho tablet da caixa de achados e perdidos e se depara com a história sombria de um monstro triste, solitário e incompreendido que parece muito interessado em se materializar em nosso mundo.

Como frequentemente acontece com curtas que fazem sucesso, não demorou para que um estúdio se interessasse em transformá-lo em um longa-metragem. Três anos depois, surge o filme de terror Come Play, que no Brasil ganhou o título de Vem Brincar. Azhy Robertson (Juliet, Nua e Crua), Gillian Jacobs (Bad Milo!) e John Gallagher Jr. (Dia de Trabalho Mortal) estrelam o filme da Amblin e da Focus Features. O próprio Jacob Chase dirige e assina o roteiro. Come Play já está disponível no Brasil em plataformas digitais.

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Oliver (Robertson) é um menino autista e não verbal que se comunica por dispositivos inteligentes. Ele sofre bullying na escola. Seus pais, Sarah (Jacobs) e Marty (Gallagher Jr.), estão se separando. Não é surpresa que o menino passe a maior parte do tempo assistindo desenhos animados, e que o celular e o tablet passem a ser seus melhores amigos.

Imagem do filme 'Vem Brincar'
Imagem do filme 'Vem Brincar', de Jacob Chase


O problema é que um dos aplicativos de Oliver parece meio assombrado. Uma entidade misteriosa se comunica com ele, oferecendo a amizade que ele não encontra no mundo real. Isso abre espaço para que o espectador interprete o filme como um conto de advertência (se deixarmos nossos filhos presos demais às telas, podemos perdê-los para elas). Mas você fica livre para ignorar as metáforas e encarar tudo como um filme de monstros mesmo.

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De certa forma, somos até incentivados a fazer isso. Chase escolhe não nos entediar com diálogos intermináveis. A história do casal é jogada para segundo plano, e a de Oliver com os meninos da escola se revela mais interessante do que seu começo forçado sugere. Eu realmente gostei do núcleo infantil e da maneira como os eventos ajudam o espectador a entender alguns aspectos do relacionamento do menino com a mãe.

Azhy Robertson em imagem do filme 'Vem Brincar'
Azhy Robertson como Oliver no filme 'Vem Brincar', de Jacob Chase


Sobra bastante espaço para desenvolver a história literal da criatura de três metros que, lentamente, vai ganhando acesso ao nosso mundo. O monstro é criado com efeitos práticos convincentes e um ligeiro acabamento de CGI. Suas aparições se tornam ainda mais marcantes graças ao bom trabalho da equipe de efeitos sonoros, que providencia alguns barulhos realmente arrepiantes toda vez que a criatura está por perto.

Vem Brincar tem bons momentos de tensão, em especial aqueles ambientados no estacionamento. Mas algumas conveniências atrapalharam minha imersão, como a incapacidade dos personagens de fazer coisas simples com ligar para a polícia ou pedir ajuda aos vizinhos. Aliás, a cidade está tão misteriosamente deserta durante a fuga desesperada de Sarah e Oliver no último ato, que o cenário consegue ser mais assustador do que o próprio monstro.

Gillian Jacobs e Azhy Robertson em imagem do filme 'Vem Brincar'
Gillian Jacobs e Azhy Robertson com Sarah e Oliver no filme 'Vem Brincar', de Jacob Chase


Também não posso dizer que gostei da maneira como o filme termina. Mas se você conseguir lidar com isso e fazer vista grossa para a falta de ousadia do diretor durante os ataques da criatura (o filme tem classificação indicativa PG-13, o que significa que você não verá mortes, sangue ou cenas de violência) é possível que Vem Brincar se revele um passatempo interessante.

Nota: 5.3/10

Título original: Come Play.
Gênero: Terror, mistério, drama.
Produção: 2020.
Lançamento: 2020.
País: Estados Unidos.
Duração: 96 minutos.
Roteiro: Jacob Chase.
Direção: Jacob Chase.
Elenco: Azhy Robertson, Gillian Jacobs, John Gallagher Jr., Winslow Fegley, Jayden Marine, Gavin MacIver-Wright, Rachel Wilson, Alana-Ashley Marques, Dalmar Abuzeid, Ana Araujo, Eboni Booth, Kate Fenton, Ish Morris.

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