Crítica | Ponto Vermelho (Red Dot, 2021)

Casal vira alvo de atirador misterioso no thriller de sobrevivência da Netflix dirigido por Alain Darborg


Imagem do filme 'Ponto Vermelho'
Imagem do filme 'Ponto Vermelho', de Alain Darborg | ©Særún Hrafnkelsdóttir/Netflix


Produção sueca lançada na semana passada no serviço de streaming Netflix, Ponto Vermelho segue um casal que toma algumas decisões ruins e paga um preço alto por isso. Nanna Blondell (Viúva Negra) e Anastasios Soulis (minissérie Losers) estrelam o longa, que mistura elementos de drama, terror e thriller de sobrevivência. Alain Darborg (série Alex) dirige a partir do roteiro que escreveu em parceria com Per Dickson.

Blondell e Soulis interpretam Nadja e David, um casal que começa o filme a alguns passos de um final feliz e logo descobre que a vida é mais complicada do que imaginavam. David tem um ótimo trabalho como engenheiro. Nadja está estudando para ser médica. Mas o casal está em crise. E a tensão entre eles aumenta quando Nadja descobre que está grávida.

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Na tentativa de reacender a chama do amor, David surpreende a esposa com uma viagem romântica para as montanhas na região norte da Suécia. À exceção de um incidente com dois caçadores em um posto de gasolina, o passeio segue muito bem. Mas, infelizmente, a primeira noite sob a aurora boreal é interrompida pela chegada de um atirador misterioso, que parece disposto a não deixar que o casal saia vivo da montanha.

Imagem do filme 'Ponto Vermelho'
Imagem do filme 'Ponto Vermelho', de Alain Darborg | ©Særún Hrafnkelsdóttir/Netflix


A premissa de pessoas sendo caçadas por um atirador implacável remete a Downrange, delícia medonha dirigida em 2017 por Ryûhei Kitamura. Ponto Vermelho também tem reflexos de filmes que vão de Eu Sei o que Vocês Fizeram no Verão Passado (1997), de Jim Gillespie, a Let It Snow (2020), de Stanislav Kapralov. Mas o diretor trabalha bem com esses elementos familiares e entrega um filme interessante, que tem uma boa chance de agradar os fãs do gênero.

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O casal de protagonistas é carismático. Principalmente Nanna Blondell, maravilhosa como Nadja. O diretor reserva a primeira meia hora para estabelecer os conflitos do casal e apresentar alguns personagens que, mais tarde, se revelam peças importantes para a história. Quando a caçada começa, há bons momentos de suspense, cenas de violência extrema e até um pouco de alívio cômico. Ok, eu não estou muito certo se aquela cena do urso deveria ser engraçada. Mas dei risadas mesmo assim.

Imagem do filme 'Ponto Vermelho'
Imagem do filme 'Ponto Vermelho', de Alain Darborg | ©Særún Hrafnkelsdóttir/Netflix


A coisa fica tensa na reta final, quando as peças de um quebra-cabeças que até então o espectador nem sabia existir começam a se encaixar. É claro que alguns poderão dizer que o diretor e seu co-roteirista não foram muito honestos ao esconder informações importantes sobre a história para construir seu plot twist. Ou que a revelação acontece de maneira atropelada. Concordo com tudo isso. E, ainda assim, me diverti bastante com o desfecho.

Nota: 6

Título original: Red Dot.
Gênero: Suspense, terror, drama.
Produção: 2021.
Lançamento: 2021.
País: 86 minutos.
Duração: Suécia.
Roteiro: Alain Darborg, Per Dickson.
Direção: Alain Darborg.
Elenco: Nanna Blondell, Anastasios Soulis, Johannes Kuhnke, Kalled Mustonen, Thomas Hanzon, Anna Azcárate, Tomas Bergström, Melvin Solin, Johan Hedman, Melvin Solin, Veronica Mukka, Per Mårthans, Peter Borossy.

Ed Walter

Criador da 'Sangue Tipo B' e escritor na comunidade de filmes de terror desde 2017. Apaixonado por filmes de terror dos anos 70 e 80. Joga 'Skyrim' até hoje.

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