Crítica | Amor e Monstros (Love and Monsters, 2020)

Dylan O'Brien interpreta jovem que parte em busca de sua amada em um mundo dominado por monstros no novo filme do diretor Michael Matthews


Arte do filme 'Amor e Monstros', de Michael Matthews | ©Netflix


Amor e Monstros é um filme de aventura com pitadas de terror e comédia romântica, sobre um rapaz que decide procurar por sua amada em cenário pós-apocalíptico dominado por criaturas gigantes. É o novo trabalho do diretor Michael Matthews, realizador do western Guerreiros de Marselha (2017). Dylan O'Brien (Maze Runner) estrela o filme, que foi lançado no final do ano passado nos Estados Unidos e agora chega ao catálogo da Netflix.

A sequência de abertura tem clima de Zumbilândia, com o protagonista Joel (O'Brien) narrando como um evento inusitado transformou criaturas inofensivas em monstros gigantes que acabaram com 95% da humanidade. Os sobreviventes vivem amontados em esconderijos. Ou, no caso de Joel, em um bunker que já começa a apresentar sinais de que não é tão seguro quanto parecia.

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O diretor gasta algum tempo mostrando a rotina de Joel e seus amigos. Mas história muda quando nosso herói decide sair à procura da namorada, Aimee (Jessica Henwick, de Ameaça Profunda), que vive em uma colônia próxima. Bem, na verdade a colônia de Aimee não fica tão próxima assim. Mas 130 quilômetros de viagem e alguns monstros devoradores de gente no caminho não são nada para o amor.

Dylan O'Brien em imagem do filme 'Amor e Monstros', de Michael Matthews | ©Netflix


Enquanto vaga por cenários bem construídos, que me fizeram comprar a idéia de que realmente estava diante de um planeta devastado, Joel tromba com o cachorro Boy e com outros sobreviventes que, aparentemente, já se adaptaram muito bem ao mundo exterior. É o caso do engraçado Clyde (Michael Rooker, de Dia de Trabalho Mortal), e da garotinha nervosa Minnow (Ariana Greenblatt, de Vingadores: Guerra Infinita). É claro que nosso herói também encontra muitos monstros, o que rende confrontos tensos e divertidos.

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Minha cena favorita é uma espécie de homenagem a O Ataque dos Vermes Malditos. Mas você pode esperar por confrontos contra centopeias, lesmas e até sapos gigantes. O diretor evita cenas de violência e sangue. Mas isso realmente não faz falta, e a decisão até combina com o clima de aventura. Além disso, a simples visão das criaturas gosmentas já é suficiente para causar coceira. Não por coincidência, o filme está concorrendo ao Oscar de Melhores Efeitos Especiais.

Imagem do filme 'Amor e Monstros', de Michael Matthews | ©Netflix


O roteiro de Brian Duffield e Matthew Robinson acerta na motivação do personagem, e desenvolve seu arco de maneira satisfatória. Ocasionalmente o diretor encontra dificuldades para conciliar os vários gêneros com os quais trabalha, principalmente no último ato, que é meio atropelado. Mas Dylan O'Brien consegue se adaptar com naturalidade à maioria das situações. Sua performance me trouxe lembranças de Bill Murray. E isso certamente contribuiu para que a experiência de assistir Amor e Monstros se tornasse ainda mais saborosa.

Nota: 7

Título original: Love and Monsters.
Gênero: Aventura, ação, comédia, terror.
Produção: 2020.
Lançamento: 2021.
País: Canadá, Estados Unidos.
Duração: 109 minutos.
Roteiro: Brian Duffield, Matthew Robinson.
Direção: Michael Matthews.
Elenco: Dylan O'Brien, Jessica Henwick, Michael Rooker, Dan Ewing, Ariana Greenblatt, Ellen Hollman, Tre Hale, Pacharo Mzembe, Senie Priti, Amali Golden, Te Kohe Tuhaka, Tasneem Roc, Thomas Campbell, Joel Pierce, Melanie Zanetti.

Ed Walter

Criador da 'Sangue Tipo B' e escritor na comunidade de filmes de terror desde 2017. Apaixonado por filmes de terror dos anos 70 e 80. Joga 'Skyrim' até hoje.

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