Crítica | The Power: Horror na Escuridão (The Power, 2021)

Enfermeira descobre segredos sombrios em hospital de Londres em 'The Power: Horror na Escuridão', drama de terror da diretora e roteirista Corinna Faith


Imagem do filme 'The Power: Horror na Escuridão', de Corinna Faith
Imagem do filme 'The Power: Horror na Escuridão', de Corinna Faith


Uma enfermeira passa apuros em um hospital assombrado neste drama de terror que recorre ao sobrenatural para falar sobre temas como má conduta sexual e, de forma mais geral, sobre o abuso de poder. The Power: Horror na Escuridão é o longa-metragem de estreia da diretora Corinna Faith, mesma realizadora do curta Ashes (2005). O filme é estrelado por Rose Williams, que interpreta a personagem Claude de Valois na série Reign. A própria Corina Faith assina o roteiro.

The Power começa com uma mensagem informando que estamos na Inglaterra, em janeiro de 1974, embora uma cena mostre o livro Carrie, de Stephen King, que só foi lançado em abril do mesmo ano. Pré-vendas à parte, os sindicatos e o governo estão em conflito, a economia está em crise, e apagões foram ordenados para conservar energia, mergulhando a nação nas trevas todas as noites.


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O cenário é ruim para a população, e particularmente aterrorizante para Val (Williams), uma enfermeira estagiária que está estudando a conexão entre pobreza e saúde em um hospital na região leste de Londres. Val tem um passado traumático e muito medo do escuro. Também tem a mania de fazer perguntas impertinentes aos médicos, contrariando as regras impostas pela superiora mal-humorada interpretada por Diveen Henry (Agora ou Nunca).

Rose Williams como Val no filme 'The Power: Horror na Escuridão', de Corinna Faith
Rose Williams como Val no filme 'The Power: Horror na Escuridão', de Corinna Faith


Como castigo por questionar homens que, segundo a superiora, "se comunicam acima do seu nível", nossa heroína determinada e bem intencionada é designada para o turno da noite em seu primeiro dia de trabalho. Como azar pouco é bobagem, ela não demora para descobrir que algo assustador está acontecendo no hospital. E fantasmas, acredite, são apenas parte do problema.


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A trilha sonora de The Power é composta por um coro de gemidos fantasmagóricos arrepiantes. Às vezes é até difícil distinguir se o som que estamos ouvindo vem da trilha ou de algum espírito escondido em um canto qualquer. Isso com certeza ajuda a criar um clima de insegurança enquanto nossa heroína passeia por corredores mal iluminados e desenterra segredos bem guardados da diretoria, das enfermeiras e até das pacientes do hospital.

Rose Williams como Val no filme 'The Power: Horror na Escuridão', de Corinna Faith
Rose Williams como Val no filme 'The Power: Horror na Escuridão', de Corinna Faith


É uma pena que o fantasma não esteja na mesma sintonia. Como na maioria dos filmes de terror sobrenaturais atuais, a entidade não faz muita coisa além de tentar emplacar jump scares. Ocasionalmente ela até arrasta Val de um lado para o outro, e a cena da mão invisível é particularmente arrepiante. Mas The Power só fica realmente divertido durante as cenas de possessão.

Há algo de Vanessa Ives na maneira como a atriz Rose Williams se contorce e, principalmente, na maneira como seu rosto muda do dócil para o assustador em um piscar de olhos. Acho que todo o elenco de apoio faz um bom trabalho. Mas foi Williams quem realmente me fez ficar interessado na história, superando o ritmo que, frequentemente, se revela lento demais, mesmo para um filme desse gênero.

Nota: 5/10

Título original: The Power.
Gênero: Terror.
Produção: 2021.
Lançamento: 2021.
País: Reino Unido.
Duração: 92 minutos.
Roteiro: Corinna Faith.
Direção: Corinna Faith.
Elenco: Rose Williams, Mark Smith, Marley Chesham, Diveen Henry, Amy Beth Hayes, Maria Major, Paul Antony-Barber, Robert Goodman, Nuala McGowan, Anjelica Serra, Sarah Hoare, Shakira Rahman, Charlie Carrick, John Mackay, Joe Haddow, Gbemisola Ikumelo, Abe-Valentino Charlery, Frances Harniess, Brian Rodger, Emma Rigby, Anah Ruddin, Theo Barklem-Biggs, Clara Read, Shubham Saraf, Paul Brightwell, Janette Sharpe.

Ed Walter

Criador da 'Sangue Tipo B' e escritor na comunidade de filmes de terror desde 2017. Apaixonado por filmes de terror dos anos 70 e 80. Joga 'Skyrim' até hoje.

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