Crítica | A Maldição de Isabelle (Isabelle, 2018)

Presença maligna quer destruir a vida de casal em 'A Maldição de Isabelle', do diretor Robert Heydon


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Amanda Crew e Adam Brody em imagem do filme 'A Maldição de Isabelle' | ©Out of the Blue Entertainment


Uma jovem mulher precisa lidar com um trauma e com alguns eventos sobrenaturais neste filme de terror pouco efetivo e ocasionalmente cômico dirigido por Robert Heydon. O nome da protagonista é Larissa Kane, e ela é interpretada por Amanda Crew, de A Incrível História de Adaline. Adam Brody, de Bela Vingança e Garota Infernal, co-estrela A Maldição de Isabelle, roteirizado por Donald Martin.

A vida de Larissa começa a desmoronar depois que o casal se muda para uma nova casa. Ou talvez tenha começado antes, como relevam alguns diálogos desajeitados entre ela e o marido, o advogado Matthew (Brody). Seja como for, o sonho do jovem casal de começar uma família é desfeito enquanto eles mergulham nas profundezas da paranoia e precisam lutar para sobreviver a uma presença maligna que quer destruir suas vidas.


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Enquanto isso, o público terá que lutar contra problemas maiores como diálogos ruins, personagens desinteressantes, a incapacidade do diretor para criar momentos minimamente tensos, e a indecisão do roteiro entre ser um drama familiar, um suspense psicológico ou um terror sobrenatural. A Maldição de Isabelle acaba não sendo nem um coisa, nem outra.

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Adam Brody, Amanda Crew e Dayo Ade em imagem do filme 'A Maldição de Isabelle' | ©Out of the Blue Entertainment


É revelado bem cedo que o trauma causado por uma tragédia pode ter afetado a mente de Larissa, o que significa que os sons e aparições que a perseguem durante boa parte do filme podem ser apenas produto de sua imaginação. Quando um filme tem personagens e diálogos interessantes, essa dúvida pode funcionar a favor dele. Mas como mencionei no parágrafo acima, não é o caso aqui.

Heydon e seu roteirista tentam variar as situações na tentativa de evitar que o filme fique monótono. O marido de Larissa, por exemplo, tem uma inacreditável facilidade em aceitar o sobrenatural, e assim que a esposa começa a ver supostos fantasmas, trata de contatar um padre para realizar um exorcismo. A má notícia é que o padre simplesmente desaparece do filme, sem ter tempo sequer para abençoar o casal.


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Outros personagens também tomam chá de sumiço, como a irmã de Larissa, aquele médium que é deixado falando sozinho, e aquela moça atirada do escritório de advocacia. Bem, pelo menos a irmã de Larissa ajuda a solucionar um problema que consumiu 40 minutos de A Maldição de Isabelle. Mas isso também não faz diferença, pois o assunto não tem peso no resto do filme.

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Amanda Crew e Zoë Belkin em imagem do filme 'A Maldição de Isabelle' | ©Out of the Blue Entertainment


Na metade final, A Maldição de Isabelle segue por um caminho diferente, mas não necessariamente mais interessante. Talvez você dê risadas das reações de Larissa que, ao contrário do marido, tem bastante dificuldade para aceitar o sobrenatural. Há inclusive uma cena hilária em que ela confunde um fantasma de olhos vermelhos brilhantes com um invasor de propriedades, e ameaça chamar a polícia.

Tirando esses momentos involuntariamente cômicos, pouca coisa funciona em A Maldição de Isabelle. E se você está se perguntando quem é essa tal de Isabelle, fique tranquilo porque as peças do quebra-cabeças se encaixam no final. Pelo menos parte delas, porque a maioria das revelações não faz muito sentido. Mas considerando que pouca coisa no filme faz, isso não chega a ser uma surpresa.

Nota: 2.5/10

Título original: Isabelle.
Gênero: Terror, suspense.
Produção: 2018.
Lançamento: 2019.
País: Canadá, Estados Unidos.
Duração: 1h 21min.
Roteiro: Donald Martin.
Direção: Robert Heydon.
Elenco: Amanda Crew, Adam Brody, Zoë Belkin, Sheila McCarthy, Krista Bridges, Alison Brooks, Booth Savage, Dayo Ade, Zoe Doyle, Shanice Banton, David Tompa, Michael Miranda, John Healy, Andrew Fleming, Sam Malkin, Mark Winnick, Mark Waters, Bola Olubowale, Todd Schroeder.

Ed Walter

Criador da 'Sangue Tipo B' e escritor na comunidade de filmes de terror desde 2017. Apaixonado por filmes de terror dos anos 70 e 80. Joga 'Skyrim' até hoje.

11 Comentários

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  1. O final é bem aleatório, não se encaixa não

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  2. Horrível não percam o tempo de vocês uma história fraca e não assusta e nem surpreende em nada.

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  3. Se alguém puder me explica o final ,pois não entendi nada

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    1. Eu entendi que o bebê dela não morreu e que tudo foi alucinação dela dos dois minutos em que ela ficou sem vida. Mas não sei se entendi certo.

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    2. Parece fazer sentido agora porque aparece uma fala dele ao fundo perguntando "o que você viu quando estava morta?". Filme não muito bom mas também não tão ruim como estão dizendo. Dá pra assistir numa tarde de "sem ter o que fazer" rsrs.

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  4. Alguém explica o final por favor

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  5. ainda não entendi quem é isabelle, então no fim o filme todo foram os dois minutos q ela ficou morta?

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