Crítica | The Deep House (2021)

Youtubers encontram mansão assombrada submersa em 'The Deep House'; Camille Rowe e James Jagger estrelam o filme de terror de Alexandre Bustillo e Julien Maury


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Imagem do filme 'The Deep House', de Alexandre Bustillo e Julien Maury | ©Apollo Films


Filmes de terror sobre aventureiros que ficam presos em ruínas submarinas e precisam lidar com a falta de oxigênio e algumas ameaças extras não são novidade no cinema de terror. O mesmo pode ser dito de found footages sobre youtubers que decidem investigar casas supostamente assombradas e encontram mais que esperavam.

Alexandre Bustillo e Julien Maury, os cineastas franceses responsáveis por Massacre no Texas e o clássico A Invasora, decidiram unir esses dois subgêneros. O resultado é o thriller de sobrevivência sobrenatural The Deep House, um filme de terror que apresenta algumas ideias criativas, embora seu desenvolvimento deixe um pouco a desejar.


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James Jagger (Posto de Combate) interpreta Ben, um explorador urbano em busca da próxima atração assombrada que atrairá likes para seus canais de mídia social. Nós o conhecemos rondando as ruínas de um asilo ucraniano supostamente assombrado, na companhia da namorada Tina (Camille Rowe, de Rock'n Roll: Por Trás da Fama), que parece se sentir pressionada a acompanhar o ritmo do rapaz.

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James Jagger, Camille Rowe e Eric Savin em imagem do filme 'The Deep House', de Alexandre Bustillo e Julien Maury | ©Apollo Films


O asilo ucraniano acaba não sendo tão assombrado quanto o casal de aventureiros imaginava. Mas eles terão uma nova chance de contactar o sobrenatural ao viajar para um lago na França e mergulhar em busca das ruínas de uma mansão, submersa em algum momento da década de 1980. Mistérios assustadores os aguardam. Figuras fantasmagóricas que se movem lentamente debaixo d'água, também.


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O mergulho acontece lá pela marca dos 20 minutos, e a partir daí não saímos mais da água. A fotografia de Jacques Ballard impressiona, trazendo detalhes incríveis da casa submersa e ajudando a estabelecer uma atmosfera estranha e inquietante. Acompanhamos tudo através das câmeras do casal e de um drone, o que garante a The Deep House um clima de found footage.

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Camille Rowe e James Jagger em imagem do filme 'The Deep House', de Alexandre Bustillo e Julien Maury | ©Apollo Films


Na primeira metade da jornada, os diretores brincam com clichês do cinema de terror e entregam pelo menos um jump scare que realmente me pegou desprevenido. Logo o mergulho de Ben e Tina pelo labirinto assombrado se torna uma experiência claustrofóbica, que fica ainda mais desconfortável quando eles se perdem, e nos lembramos que o casal tem apenas uma hora de oxigênio.

The Deep House perde um pouco o fôlego a partir do momento em que a ameaça sobrenatural se manifesta e percebemos que ela era mais assustadora quando era apenas sugerida. A maioria das cenas de tensão perdem o impacto, cortesia da câmera que começa a tremer sem parar. Isso já é chato em um found footage ambientado em terra firme. Na água, às vezes é impossível distinguir o que estamos vendo.

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Camille Rowe em imagem do filme 'The Deep House', de Alexandre Bustillo e Julien Maury | ©Apollo Films


Senti falta de um maior aprofundamento na mitologia da casa e dos fantasmas que a assombram. Não é difícil montar as peças do quebra-cabeças espalhadas pelo cenário para entender o que são as entidades sobrenaturais, mas acredito que faltaram objetivos claros e, principalmente, regras sobre o que elas podem ou não fazer. Sem isso, algumas cenas parecem aleatórias, como as paredes que aparecem do nada para bloquear a fuga do casal.

O final de The Deep House é anti-climático. A sensação que fica é que o filme tinha potencial para nos proporcionar um mergulho memorável, mas o oxigênio acabou no meio do caminho.

Nota: 5/10

Título original: The Deep House.
Gênero: Terror.
Produção: 2021.
Lançamento: 2021.
País: França, Bélgica.
Duração: 1h 25min.
Roteiro: Alexandre Bustillo, Julien Maury, Julien David, Rachel Parker.
Direção: Alexandre Bustillo, Julien Maury.
Elenco: Camille Rowe, James Jagger, Eric Savin, Alexis Servaes, Anne Claessens, Carolina Massey, Marie Caffier, Marie Bernard.

Ed Walter

Criador da 'Sangue Tipo B' e escritor na comunidade de filmes de terror desde 2017. Apaixonado por filmes de terror dos anos 70 e 80. Joga 'Skyrim' até hoje.

6 Comentários

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  1. O filme me Parecia Interessante, Más Esse final Poderia ser Melhor..

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    1. Teve uma cena final q pareceu a Tina mais velha

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  2. ELA DEVIA TER TREINADO MAIS SEU OXIGÊNIO LÁ FORA...FALTOU TÃO POUCO 😭

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  3. Perdi meu tempo com esse filme bestt

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  4. Tem cena pós créditos e aparece a menina com o velho e uma nova personagem chegando no lago.
    Será que na verdade Tinha é neta do velho ?

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