Crítica | The Unkind (2021)

Bruxa persegue jovens em mansão na Itália em 'The Unkind', filme de estreia do diretor Luca Gabriele Rossetti

Imagem do filme 'The Unkind', de Luca Gabriele Rossetti

Primeiro filme do diretor italiano Luca Gabriele Rossetti, The Unkind segue alguns jovens que vão fazer festa em uma mansão remota e dão de cara com uma bruxa nervosa. Ou algo parecido, pois os personagens se referem à vilã como Strige, que nas lendas da Roma Antiga era uma criatura noturna que se alimentava de sangue e carne humana.

Conhecemos uma dessas bruxas/criaturas, ou seja lá o que essas coisas são, na cena de abertura de The Unkind, ambientada em uma noite chuvosa no ano de 1898. A bruxa realiza um ritual para... aumentar suas habilidades de contorcionismo, eu acho. Em seguida, ela vai aterrorizar um pai e suas duas filhas que moram em uma mansão próxima.

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Descobriremos mais sobre a família em perigo e sobre a bruxa contorcionista, quando o filme salta para o ano de 2008 para nos apresentar aos protagonistas: um grupo de jovens americanos que está indo passar as férias na Itália. Como todo jovem de filmes de terror, eles se hospedam na casa mais remota possível, herdada pela família de um deles. Coincidentemente, é a mesma casa onde a criatura aprontou das suas.

Imagem do filme 'The Unkind', de Luca Gabriele Rossetti

Será que nossos heróis vão despertar a bruxa adormecida? Sim, pode apostar nisso. Mas antes eles vão se dedicar a tarefas menos perigosas, como conversar, festejar e investigar barulhos aleatórios. Essa rotina ocupa cerca de 60 dos 102 minutos do filme, que rapidamente se torna enfadonho. O elenco inexpressivo não conta pontos a favor de The Unkind. A montagem sonolenta e os efeitos sonoros ruins, também não.

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Uma das personagens, uma garota de estilo gótico chamada Ashley (Arianna Monguzzi, de Cruxman) parece ser sensitiva e vê crianças fantasmas sorrindo e passeando pela casa, o que ajuda a afastar um pouco o tédio. Pelo menos até o momento em que percebemos que as aparições são inofensivas e que a história não está saindo do lugar.

Imagem do filme 'The Unkind', de Luca Gabriele Rossetti

Aparentemente o diretor percebeu que seu filme estava chato, e resolveu inserir algumas cenas de nudez gratuita para esquentar um pouco o clima. Isso não torna The Unkind melhor, mas pelo menos rende uma versão alternativa e ainda mais tosca de uma situação mostrada em Verdade ou Desafio, com direito até mesmo a sorriso digital no final.

Como o diretor tem experiência com efeitos especiais (ele já trabalhou nesse departamento em filmes que vão de As Aventuras de Pi a Resident Evil: Bem-vindo a Raccoon City), pensei que o retorno da bruxa seria acompanhado de algumas mortes criativas. Mas suas aparições são dolorosamente genéricas, e praticamente todas as mortes acontecem fora da tela.

Imagem do filme 'The Unkind', de Luca Gabriele Rossetti

A versão que assisti é dublada em inglês, o que comprometeu bastante minha experiência. Cheguei até a considerar a possibilidade de que talvez o terror sobrenatural de Luca Gabriele Rossetti fosse um bom filme se estivesse em sua língua original. Repassei mentalmente tudo que vi, e cheguei à conclusão de que não, não seria.

Nota: 1.8/10

Título original: The Unkind.

Gênero: Terror.

Produção: 2021.

Lançamento: 2021.

Pais: Reino Unido.

Duração: 1 h 45 min.

Roteiro: Andrew Cohen, Joe Pastore.

Direção: Luca Gabriele Rossetti.

Elenco: Taylor Skeens, Tommaso Basili, Kavita Albizzati, Arianna Monguzzi, Sherine Mazzulli, Claudia Perrotta, Giulio Tropea, Natascia Verza, Carlotta Bignotti, Federico Papa, Corey T. Stewart, Andrea Fornale, Roberto Adriani, Elena Fonga, Chris Cade, Edoardo Luciano', Alejandro Chacon, Roberto Borghi.