Mason Thames, Madeleine McGraw e Ethan Hawke estrelam o terror sobrenatural 'O Telefone Preto', de Scott Derrickson; filme é baseado no conto de Joe Hill, filho de Stephen King
O ator Ethan Hawke como Grabber no filme 'O Telefone Preto', de Scott Derrickson | ©Universal Pictures |
O americano Scott Derrickson é responsável por bons filmes de terror, entre eles O Exorcismo de Emily Rose (2005) e A Entidade (2012). Em 2016, ele dirigiu Doutor Estranho, e por pouco não comandou também sua sequência, Doutor Estranho no Multiverso da Loucura. Na verdade, Derrickson esteve envolvido com o projeto por um bom tempo, mas o abandonou por diferenças criativas. Foi bom, porque ele teve tempo para se dedicar ao terror O Telefone Preto.
Baseado no conto homônimo escrito por Joe Hill, O Telefone Preto marca o reencontro de três nomes envolvidos com a Entidade: o próprio Derrickson, o co-escritor Robert Cargill e o astro Ethan Hawke. Mason Thames (série For All Mankind), Madeleine McGraw (Homem-Formiga e a Vespa) e Jeremy Davies (O Resgate do Soldado Ryan) também estão no elenco do filme, produzido pela Blumhouse e distribuído pela Universal.
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Denver, 1978. O pré-adolescente Finney e sua irmã Gwen vivem com medo de duas coisas: seu pai, um sujeito alcoólatra e violento que é averso a barulhos, e o Grabber, o homem misterioso que anda sequestrando crianças na cidade em plena luz do dia. O diretor dedica o primeiro ato de seu filme para destacar a união e o otimismo dos irmãos diante das dificuldades da vida. Quando Finney é sequestrado pelo Grabber, as coisas ficam tensas.
Madeleine McGraw e Mason Thames como Gwen e Finney no filme 'O Telefone Preto', de Scott Derrickson | ©Universal Pictures |
O filme, então, se divide em duas frentes. A primeira mostra o horror de Finney, preso em um porão de concreto, lidando com um assassino imprevisível que pode matá-lo a qualquer momento. A segunda mostra o drama de Gwen, que inicia uma corrida desesperada para tentar encontrar o irmão, sabendo que cada segundo perdido pode fazer a diferença entre a vida e a morte. Personagens adultos aparecem aqui e ali. Mas o filme é mesmo das crianças, e tanto Thames quanto McGraw entregam um ótimo trabalho.
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Ethan Hawke também impressiona como o vilão, mesmo passando a maior parte do filme com o rosto coberto por máscaras. Num dos raros momentos em que não as usa, ele aborda uma criança com uma estratégia semelhante à de Rose The Hat, a vilã paranormal de Doutor Sono, de quem também herda uma cartola estilosa. O diretor faz acenos a outras obras de Stephen King, como It: A Coisa e A Hora da Zona Morta. É compreensível, já que o autor do conto que deu origem ao filme é filho de King.
Visualmente, O Telefone Preto é nostálgico, com um tom sépia que remete a fotografias vintage. Há bastante cuidado ao reproduzir a cultura da época. Minha imersão foi tão positiva que não me importaria se o diretor adiasse um pouco o sequestro para mostrar mais sobre a rotina de seus personagens. Mas o que vem depois também é interessante, pois Derrickson consegue intercalar discussões sutis sobre ciclos de abuso, trauma e vínculos da juventude, com uma boa dose de suspense e cenas efetivas de terror.
O ator Mason Thames como Finney no filme 'O Telefone Preto', de Scott Derrickson | ©Universal Pictures |
O paranormal ganha espaço, pois fica estabelecido desde cedo que os sonhos de Gwen podem ser visões sobre os sequestros. O sobrenatural também tem presença forte, já que Finney começa a receber ligações assustadoras de um velho telefone desconectado que encontra no porão — o telefone preto do título original. Esses detalhes rendem momentos de muita tensão, principalmente no ato final, que embora não seja tão intenso, fecha a história de maneira satisfatória e até emocionante.
O maior problema de O Telefone Preto acaba sendo sua campanha promocional, que entrega praticamente todas a surpresas do filme. Se você conseguir ao menos ficar longe dos trailers, acredito que sua experiência será bastante positiva.
Nota: 7/10
Título Original: The Black Phone.
Gênero: Terror, suspense.
Produção: 2021.
Lançamento: 2022.
País: Estados Unidos da América.
Duração: 1 h 43 min.
Roteiro: Scott Derrickson, C. Robert Cargill.
Direção: Scott Derrickson.
Elenco: Mason Thames, Madeleine McGraw, Ethan Hawke, Jeremy Davies, E. Roger Mitchell, Troy Rudeseal, James Ransone, Miguel Cazarez Mora, Rebecca Clarke, J. Gaven Wilde, Spencer Fitzgerald, Jordan Isaiah White, Brady M. Ryan, Tristan Pravong, Jacob Moran, Brady Hepner, Banks Repeta, Parrish Stikeleather, Kristina Arjona, Sheila O'Rear, Rocco Poveromo.
Péssimo filme , cheio de palavrões, crianças rebeldes e violentas
ResponderExcluirOlha aqui filha, se tu não quiser ver o filme, tu não assiste, pq o filme tá disposto se você quiser. E mais, o gênero é suspense/terror, tá tudo escrito no começo, então nao vem comentar bosta em um filme que geral gostou. E no começo do filme aparece "drogas ilícitas, linguagem inapropriada e violência extrema" ENTÃO NÃO RECLAMA.
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