O primeiro semestre de 2017 passou e deixou a pergunta: tivemos bons filmes de terror e suspense? A resposta é sim, nós tivemos. É claro que não conseguimos assistir todos os lançamentos, mas cobrimos boa parte deles. E preparamos uma lista. Conheçam nossos 10 filmes de terror e suspense favoritos do primeiro semestre de 2017.
Corra!
(Get Out, EUA) Direção: Jordan Peele.
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O ótimo Daniel Kaluuya é o jovem fotógrafo que vai visitar a família da namorada, vivida por Allison Williams. A princípio com receio dos pais da moça não aceitarem o relacionamento da filha com um rapaz negro, Daniel logo descobre que tem problemas muito maiores para se preocupar, já que a família parece esconder segredos horripilantes. O diretor Jordan Peele fala sobre racismo de maneira ácida e inteligente, faz com que o público se sinta na pele do personagem principal e ainda entrega uma ótima história de suspense e terror.
The Belko Experiment
(The Belko Experiment, EUA) Direção: Greg McLean.
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Presos em um edifício à prova de fugas, 80 funcionários de uma empresa multinacional são forçados a participar de um jogo bizarro: deverão matar um determinado número de companheiros e, caso não o façam, o dobro de pessoas irá morrer. Brutal, irônico e imprevisível, o novo filme do diretor de Wolf Creek é um espetáculo de violência e sangue como a muito tempo não se via. Depois de passar anos tendo que aguentar os filminhos de fantasmas censura 13 anos da Blumhouse, foi um alívio ver que a produtora finalmente resolveu jogar alguns baldes de sangue no ventilador.
A Cura
(A Cure for Wellness, EUA) Direção: Gore Verbinski.
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Um jovem ambicioso é enviado a uma casa de repouso nos Alpes Suíços para trazer de volta um dos membros do alto escalão da empresa onde trabalha. O que encontra lá são lendas, aparições, alucinações - e uma garota estranha que parece ser a chave para todos os mistérios. O thriller gótico de horror do diretor de O Chamado peca por ser longo demais, mas compensa com um visual belíssimo, uma trama que prende a atenção e um final retrô deliciosamente trash.
Fragmentado
(Split, EUA). Direção: M. Night Shyamalan.
O que começa como um filme de sequestro e cativeiro ganha contornos medonhos quando três garotas descobrem que seu captor possui 23 personalidades distintas, e consegue alterná-las apenas com a força do pensamento. Se a coisa já estava estranha, fica pior ainda quando uma 24.ª personalidade ameaça se manifestar - e ela é muito mais perigosa que as outras. O diretor M. Night Shyamalan volta à forma com esse thriller criativo, que passeia entre o suspese e o terror e, no final, revela um terceiro gênero, numa virada surpreendente. Destaque para James McAvoy, que arrebenta interpretando vários personagens diferentes.
The Void
(The Void, Canadá) Direção: Jeremy Gillespie e Steven Kostanski.
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Quando um homem ferido é socorrido pelo xerife de uma pequena cidade, coisas muito estranhas começam a acontecer em um hospital. Gente se transformando em monstros, seitas assassinas e um toque de H.P. Lovecraft são apenas alguns dos ingredientes dessa deliciosa homenagem aos filmes de terror dos anos 80. De Re-Animator a Do Além, passando pelo Enigma do Outro Mundo até Hellraiser, o filme é um turbilhão de referências e sentimentos nostálgicos. E nada de CGI, tudo é feito na base dos efeitos práticos.
The Lure
(Córki dancingu, Polônia) Direção: Agnieszka Smoczyńska.
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Duas irmãs sereias são contratadas para cantar em uma boate de strip tease. O sucesso é imediato. E a bizarrice também, já que enquanto uma delas quer apenas encontrar o amor de sua vida, a outra quer mais é comer todo homem que encontrar pela frente. O filme musical da talentosa diretora polonesa Agnieszka Smoczyńska mistura sexo, drama, terror e humor-negro, se aproximando muito da proposta sombria do conto original da Pequena Sereia. O resultado é extravagante e surpreendentemente encantador.
47 Meters Down
(47 Meters Down, EUA) Direção: Johannes Roberts.
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Filmes de terror com tubarões voltaram à moda, e a coisa está mais tensa do que nunca nesse thriller claustrofóbico estrelado por Mandy Moore e Claire Holt. Elas são duas irmãs que ficam presas no fundo do oceano quando o cabo de sustentação de uma gaiola submarina se desprende do barco, deixando apenas duas opções: tentar nadar até a superfície e enfrentar os tubarões famintos, ou ficar lá embaixo e morrer com a falta de oxigênio. É um filme que dá agonia.
Raw
(Raw/Grave, França/Belgica) Direção: Julia Ducournau.
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Quando a adolescente vegetariana Justine entrou para a faculdade, não imaginou que seria obrigada a comer carne como parte dos trotes dos calouros. Também não imaginou que esse simples ato desencadearia nela uma irresistível vontade de comer mais carne. Carne humana. Repleto de simbolismos, o drama de terror da francesa Julia Ducornau é sexy, provocante e incômodo. Mas acima de tudo, brilhantemente dirigido.
A Autópsia
(The Autopsy of Jane Doe, EUA) Direção: Andre Ovredal.
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O filme chegou atrasado nos cinemas brasileiros, mas o impacto foi o mesmo: é um terror inquietante, criativo e que consegue criar tensão mesmo trabalhando com elementos mínimos. Emile Hirsch e Brian Cox são os dois legistas encarregados de realizar a autópsia do corpo de uma jovem desconhecida. Quanto mais o trabalho avança, mais acontecimentos bizarros se acumulam, até chegar ao ponto em que não se pode mais negar: tem algo sobrenatural acontecendo no necrotério.
The Love Witch
(The Love Witch, 2016) Direção: Anna Biller.
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Uma jovem bruxa usa poções e feitiços para encontrar o verdadeiro amor, mas acaba desencadeando uma série de mortes que, inevitavelmente, vão atrair a atenção da polícia. Ousado, estiloso e safadinho, o horror camp intencionalmente tosco da diretora Anna Biller presta um delicioso tributo a vários gêneros do cinema antigo, recriando em detalhes o visual retrô dos anos 60. Não é um filme para todo mundo, só vai agradar quem gosta de produções antigas.
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