Assassino mascarado persegue jovens em fazenda no Michigan no slasher 'Pitchfork', do diretor Glenn Douglas Packard
Imagem do filme 'Pitchfork', de Glenn Douglas Packard |
Filme de estreia do diretor Glenn Douglas Packard, Pitchfork gira em torno de Hunter (Brian Raetz), um jovem que viaja para a fazenda de sua família, na zona rural de Michigan. Hunter recentemente ligou para os pais e revelou ser gay. Agora precisa encará-los pessoalmente e até trouxe um grupo de amigos de Nova York para lhe dar apoio moral.
O que Hunter e seus amigos com hormônios à flor da pele não sabem é que existe um assassino mascarado (Daniel Wilkinson) com traumas não resolvidos, rondando por lá. A visita ao interior está prestes a se transformar em um caos sangrento. Mas antes que o líquido vermelho comece a jorrar, acho que dá tempo de fazer uma festa no celeiro.
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O roteiro que Packard escreveu com Darryl F. Gariglio reserva um bom tempo para apresentar e tentar desenvolver seus personagens. Alguns até ganham subtramas. Além do drama de Hunter e de seus pais mal-humorados, acompanhamos um casal que descobre que está esperando seu primeiro filho, uma moça que desconfia que seu namorado a está traindo e outra que quer beijar todo mundo.
Imagem do filme 'Pitchfork', de Glenn Douglas Packard |
Para que serve toda essa preparação? Bem, para nada, já que assim que o assassino aparece, o filme vira um salve-se quem puder. Mas pelo menos esses momentos servem para nos distrair um pouco até que a matança comece. Caso você ache os diálogos muito chatos — e, de fato, alguns são — há algumas tosquices divertidas pelo caminho, como cenas de sexo hilariamente falsas e uma dança sexy com direito a coreografia gloriosamente cafona, além de moças fazendo cosplay de Daisy Duke.
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Visualmente, Pitchfork é agradável, com tons escuros e contrastes fortes, cenários repletos de névoa e luzes artificiais. Às vezes, o visual noturno é meio exagerado, mas serve ao propósito de conferir um ar retrô à obra. Os personagens também têm visuais bem distintos, assim como o vilão — um sujeito magro e sem camisa, que usa uma máscara de animal e tem um forcado no lugar de uma das mãos.
Imagem do filme 'Pitchfork', de Glenn Douglas Packard |
É uma pena que as ações de Pitchfork não sejam tão interessantes quanto seu visual, e que suas aparições tornem-se cansativas pelo excesso. Esse vilão deveria ser ameaçador e não passar metade do filme fazendo caretas, pulando e correndo de um lado para o outro atrás de novas vítimas. Falando nos candidatos a vítimas, eles não demoram para começar a tomar decisões sem pé nem cabeça, ajudando a minar a diversão.
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Por que aquele senhor foi investigar o porão, se claramente ouviu sua filha gritando no andar de cima? Por que aqueles três personagens encararam o vilão, mas decidiram que seria mais seguro se apenas um deles o enfrentasse? E por que esses rapazes confusos e essas moças formosas insistem em fugir para o meio da floresta ou do milharal, se a rodovia fica ao lado da casa?!?
Imagem do filme 'Pitchfork', de Glenn Douglas Packard |
Em certo momento, entra em cena uma família perturbada claramente “inspirada” nos canibais do clássico d Tobe Hooper, O Massacre da Serra Elétrica. Rachel Carter (Halloween: A Maldição Está de Volta) e Andrew Dawe-Collins (Invasor) parecem se divertir exagerando bastante nos papéis dos pais de Pitchfork, mas o filme não consegue recuperar seu ritmo. Se já havia saído dos trilhos, a partir daí, Pitchfork descarrilha.
Nota: 4/10
Título original: Pitchfork.
Gênero: Terror.
Produção: 2016.
Lançamento: 2017.
Pais: Estados Unidos.
Duração: 94 minutos.
Roteiro: Darryl F. Gariglio e Glenn Douglas Packard.
Direção: Glenn Douglas Packard.
Elenco: Daniel Wilkinson, Brian Raetz, Lindsey Dresbach, Ryan Moore, Celina Beach, Nicole Dambro, Keith Webb, Sheila Leason.