Crítica | Colisão Mortal (Fender Bender, 2016)

Adolescente troca dados pessoais com assassino em 'Colisão Mortal', do diretor Mark Pavia


Imagem do filme 'Colisão Mortal', de Mark Pavia
Imagem do filme 'Colisão Mortal', de Mark Pavia


Há coisa boas e coisas ruins acontecendo na vida da estudante do ensino médio, Hilary (Makenzie Vega, da série 13 Reasons Why), personagem principal do suspense com toques de terror slasher Colisão Mortal. A coisa boa é que ela acaba de tirar sua carteira de motorista. A ruim é que ela descobre que seu namorado a está traindo.

Hilary mora com os pais exigentes em uma cidade pequena e tranquila no Novo México. Após descobrir a traição, volta para casa com o coração partido, pára em um sinal de trânsito, e outro veículo atinge seu carro por trás. Não é um grande acidente, mas para uma adolescente de 17 anos dirigindo o carro da mãe, é motivo para pânico.

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Para a sorte de Hilary, o motorista (Bill Sage, de Pânico na Floresta: A Fundação), um sujeito na faixa dos 50 anos com um senso de humor no mínimo estranho, insiste em pagar pelos prejuízos que causou. Temendo a reação dos pais, Hilary aceita e até troca seus dados pessoais com o desconhecido. Para o azar dela, o sujeito é um assassino que agora sabe onde ela mora, e não vai demorar para lhe fazer uma visita.

Makenzie Vega como Hilary filme 'Colisão Mortal', de Mark Pavia
Makenzie Vega como Hilary filme 'Colisão Mortal', de Mark Pavia


Ok, sendo bem sincero, ele demora um pouco. Ou pelo menos tempo suficiente para que o filme fique dolorosamente arrastado. Acredito que parte dessa sensação poderia ter sido amenizada se o diretor e roteirista Mark Pavia, que andava sumido do cinema desde Vôo Noturno (1997), plantasse no espectador a dúvida sobre a intenções de seu vilão. Infelizmente, o prólogo mostra o assassino atacando uma vítima anterior a Hilary e, quando chegamos nela, temos simplesmente a repetição da mesma situação.

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Também ajudaria se a protagonista não passasse a maioria do filme andando de um lado para o outro, sem que nada remotamente interessante aconteça. Ou se o diretor não gastasse cerca de 10 minutos filmando Hilary deitada na cama, trocando mensagens de texto com o homem que colidiu com ela. Ok, provavelmente não foram 10 minutos, mas a sensação que tive foi essa.



Quando não está deitada ou perambulando pela casa, nossa heroína toma muitas decisões sem pé nem cabeça. Há uma cena em que ela vai tomar banho e, ao sair, descobre que alguém usou seu próprio celular para tirar fotos suas, nua no chuveiro. Avisar aos amigos sobre o ocorrido é uma decisão inteligente. Abrir um belo sorriso e ir comer bolo no minuto seguinte, como se nada estivesse acontecendo, não é tão inteligente assim.

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Mark Pavia ainda nos enrola mais um pouco, providenciando uma visita do namorado infiel de Hilary e ensaiando uma subtrama que leva a lugar nenhum. Somente no último ato o assassino resolve tocar o terror, e o filme ganha uma certa tensão e algumas cenas de violência. Infelizmente, a mudança chega tarde demais para fazer diferença. Mesmo se chegasse antes, há tanto clichês ruins e decisões sem sentido na batalha final, que fica difícil se divertir.

Nota: 3.8/10

Título original: Fender Bender.
Gênero: Suspense, terror.
Produção: 2016.
Lançamento: 2016.
Pais: Estados Unidos.
Duração: 1 h 31 min.
Roteiro: Mark Pavia.
Direção: Mark Pavia.
Elenco: Makenzie Vega, Cassidy Freeman, Bill Sage, Dre Davis, Steven Michael Quezada, Lora Martinez-Cunningham, Kelsey Leos Montoya, Joshua Bunting, Gus Krieger, Summer Cassidy Raine, Harrison Sim, Hilary Guler.

Ed Walter

Criador da 'Sangue Tipo B' e escritor na comunidade de filmes de terror desde 2017. Apaixonado por filmes de terror dos anos 70 e 80. Joga 'Skyrim' até hoje.

1 Comentários

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  1. O pior filme que já vi na minha vida. Para piorar o assassino mata quem seria o personagem principal e acaba o filme de forma ridícula.

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