É hora de passar 2017 a limpo. Fizemos uma lista com 13 filmes de terror e suspense que, para nós, foram os melhores representantes desses gêneros durante o ano. A maioria já estreou no Brasil. Alguns ainda não chegaram por aqui e só foram lançados em plataformas de VOD. Mas todos, com certeza, merecem ser assistidos.
Grave
(Raw)
Direção: Julia Ducournau.
No filme de estréia da diretora francesa Julia Ducournau, o canibalismo é usado como uma inteligente metáfora sobre o amadurecimento. Mas você pode enxergar tudo sob vários outros ângulos, já que a obra é aberta a interpretações. Na trama, a jovem vegetariana Justine (a ótima Garance Marillier) come carne de coelho pela primeira vez, aprova o sabor, e é tomada por um impulso irresistível de experimentar carne humana.
Annabelle 2: A Criação do Mal
(Annabelle: The Creation)
Direção: David F. Sandberg.
Uma freira e um grupo de meninas órfãs são acolhidas na casa de um construtor de bonecas depois que seu orfanato é fechado. Logo elas descobrem que a casa esconde segredos assustadores, e é assombrada por uma boneca amaldiçoada. O primeiro filme da franquia Annabelle é fraco,, mas essa sequência surpreende. Os méritos vão para o talentoso elenco mirim. E para o diretor sueco David F. Sandberg, que consegue criar tensão e suspense mesmo trabalhando com um roteiro básico.
The Void
(The Void)
Direção: Jeremy Gillespie e Steven Kostanski
Um xerife leva homem ferido para ser socorrido em um hospital e o lugar rapidamente vira palco de um pesadelo sangrento. Monstros gosmentos, seitas sombrias e uma ameaça que parece ter saído das páginas de H.P. Lovecraft são algumas das ameaças que aguardam os protagonistas nessa produção despretensiosa, que diverte muito enquanto presta uma deliciosa homenagem aos filmes de terror dos anos 80. Ah, e tudo é feito à base de efeitos práticos.
O Acampamento
(Killing Ground)
Direção: Damien Power.
No thriller de sobrevivência do diretor Damien Power, um casal em férias em uma região remota da Austrália encontra um bebê abandonado em uma floresta, e logo se torna alvo de uma caçada humana. Não se engane pela história básica porque o filme é tudo, menos previsível. E o cuidado do diretor para criar momentos realistas gera situações perturbadoras.
68 Kill
(68 Kill)
Direção: Trent Haaga.
O que deveria ser um simples roubo se transforma em um banho de sangue quando um rapaz apaixonado descobre que sua amada é uma psicopata incontrolável. E esse é apenas o início do pesadelo do protagonista Chip, que mergulha em uma espécie de versão bizarra, violenta e politicamente incorreta de Depois de Horas. Gore e humor-negro caminham de mãos dadas. E a atriz AnnaLynne McCord entrega uma das personagens mais insanas do ano.
A Babá
(The Babysitter)
Direção: McG.
O divertido filme trash do diretor McG reúne elementos do cinema de terror dos anos 80, uma farta dose de humor-negro e cenas que não economizam no gore. A trama acompanha um garoto que se apaixona pela babá e acaba sendo arrastado para uma trama que envolve assassinatos e rituais satânicos. Destaques para Samara Weaving, maravilhosa no papel de Bee. E para Bella Thorne, que interpreta uma cheerleader psicótica.
M.F.A.
(M.F.A)
Direção: Natalia Leite.
Depois de ser vítima de estupro, uma estudante de arte inicia uma cruzada para se vingar de todos os homens que cometeram violência sexual contra mulheres no campus. O drama de vingança da diretora Natalia Leite e da roteirista Leah McKendrick discute vários temas atuais e também trás uma pequena dose de cinema slasher. Francesca Eastwood interpreta a protagonista. E entrega um dos melhores papéis de sua carreira.
Depois de ser vítima de estupro, uma estudante de arte inicia uma cruzada para se vingar de todos os homens que cometeram violência sexual contra mulheres no campus. O drama de vingança da diretora Natalia Leite e da roteirista Leah McKendrick discute vários temas atuais e também trás uma pequena dose de cinema slasher. Francesca Eastwood interpreta a protagonista. E entrega um dos melhores papéis de sua carreira.
Fragmentado
(Split)
Direção: M. Night Shyamalan.
Três garotas são sequestradas por um homem que tem 23 personalidades diferentes e é capaz de alterná-las apenas com a força do pensamento. Uma 24.ª personalidade ameaça se manifestar. E ela é muito mais assustadora do que as outras. O longa mistura mistérios, suspense e terror. E o final inesperado abre espaço para uma trama muito maior. É um dos melhores filmes do cineasta M. Night Shyamalan. E o melhor trabalho da carreira do ator James McAvoy.
A Autópsia
(The Autopsy of Jane Doe)
Direção: André Øvredal.
Dois legistas realizam a autópsia do corpo de uma jovem desconhecida. Coisas estranhas começam a acontecer no necrotério, e não demora para que eles percebam que a falecida pode esconder segredos sobrenaturais. Esse terror de baixo orçamento é de 2016, mas só chegou ao Brasil esse ano. E não é exagero dizer que é um dos filmes mais arrepiantes de 2017.
Dia de Trabalho Mortal
(The Belko Experiment)
Direção: Greg McLean.
O diretor Greg McLean e o roteirista James Gunn se unem para criar a versão corporativista de Battle Royalle, e o resultado é o banho de sangue mais divertido do ano. Em um prédio lacrado em Bogotá, os funcionários de uma empresa multinacional descobrem que foram selecionados para participar de um experimento bizarro: deverão matar um determinado número de companheiros, ou o dobro de pessoas irá morrer. É gore de primeira, com pitadas de humor-negro.
IT: A Coisa
(It)
Direção: Andy Muschietti.
Um grupo de crianças investiga uma série de desaparecimentos e descobre que o responsável é uma criatura medonha que se manifesta na forma de um palhaço conhecido como Pennywise. A nova adaptação da obra de Stephen King dosa corretamente drama e humor, e ainda entrega momentos assustadores. Destaque para o ótimo elenco infantil. E para Bill Skarsgård no papel de um vilão que provavelmente vai fazer você ter medo de palhaços.
Corra!
(Get Out)
Direção: Jordan Peele.
O jovem fotógrafo Chris vai visitar os pais de sua namorada e fica preocupado com a possibilidade de que eles não aceitem o relacionamento da filha com um rapaz negro. Mas quando coisas estranhas começam a acontecer na casa, Chris descobre que a possibilidade de sofrer racismo será o menor de seus problemas. O roteiro de Jordan Peele enfia o dedo em algumas feridas de maneira inteligente e inesperada. Seu filme não apenas diverte, mas também é tenso e tem bons momentos de terror.
Mãe!
(Mother!)
Direção: Darren Aronofsky.
A polêmica obra de arte de Darren Aronofsky pode até não se encaixar nos padrões dos filmes de terror tradicionais, mas tem cenas perturbadoras o suficiente para entrar nessa lista. A trama coloca Jennifer Lawrence e Javier Bardem no papel de um casal que vive feliz em uma casa isolada na floresta, até que visitas inconvenientes aparecem para abalar o relacionamento. E isso é tudo que você precisa saber sobre o filme, que já se firmou como uma das experiências sensoriais mais intensas do últimos anos.
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