Crítica | Family Blood (2018)

Vinessa Shaw se torna uma ameaça para a própria família no drama de terror de Sonny Mallhi

Imagem do filme "Family Blood"

Por Ed Walter

Vinessa Shaw interpreta Ellie, uma mulher em fase de recuperação de um vício em drogas que acabou lhe custando seu casamento. Ela está decidida a recomeçar, está morando em uma nova cidade, tem novos amigos. E até frequenta um grupo de ajuda. É durante uma das reuniões, que ela conhece um homem misterioso chamado Christopher (James Ransone). E esse encontro terá consequências trágicas não apenas para ela, mas também para seus dois filhos adolescentes.

O filme é o segundo trabalho do cineasta Sonny Mallhi, que em 2015 havia dirigido Anguish. É também o novo longa da Blumhouse, produtora que vem dando uma significativa contribuição para o cinema de terror. A Blumhouse já nos entregou ótimas surpresas como Corra! e Dia de Trabalho Mortal. Mas também foi responsável por obras de qualidade duvidosa como Viral e Jessabelle. Family Blood se encaixa na segunda categoria.

Imagem do filme "Family Blood"

Logo de cara, descobrimos que esse é um filme de vampiros. Mas infelizmente o vampiro aqui é do tipo moderninho. Ele está passando por uma crise existencial. Não quer matar, quer ser bonzinho. Nos raros momentos em que ele decide largar de mi-mi-mi e tocar o terror, o diretor sempre dá um jeitinho de esconder a violência, tornando a experiência frustrante. O filme dá sono. E até a batalha final consegue ser tediosa. Mallhi até mostra uma certa personalidade com suas imagens desfocadas e closes fechados. Mas se isso funciona no início, também não demora para ficar cansativo.

Também não dá para elogiar os atores. Eloise Lushina (Greybeard) e Ajiona Alexus (13 Reasons Why) praticamente não tem nada para fazer. Aparecem de vez em quando, dizem uma ou duas frases e somem por um bom tempo. Colin Ford (Supernatural) é prejudicado pelas conveniências do roteiro que, não sabendo como criar tensão, providencia para que o rapaz sofra acidentes e se corte toda hora para chamar a atenção dos vampiros. Ah, e o menino também sofre com uma absoluta incapacidade de ligar para a polícia. James Ransone (A Entidade) interpreta o vampiro. E ele é um péssimo vampiro. O filme valeu para matar saudades da atriz Vinessa Shaw, que interpretou Allison no clássico Abracadabra. E, pelo menos para mim, foi só isso.

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O melhor: Poder rever Vinessa Shaw.
O pior: Todo o resto.
Roteiristas: Será que é tão difícil assim escrever uma história onde os vampiros se comportam como vampiros?

Título original: Family Blood.
Gênero: Drama, Terror.
Produção: 2018
Lançamento: 2018.
País: Estados Unidos.
Duração: 92 minutos.
Direção:  Sonny Mallhi.
Roteiro:  Sonny Mallhi, Nick Savvides.
Elenco:  Vinessa Shaw, James Ransone, Colin Ford, Ajiona Alexus.

Ed Walter

Criador da 'Sangue Tipo B' e escritor na comunidade de filmes de terror desde 2017. Apaixonado por filmes de terror dos anos 70 e 80. Joga 'Skyrim' até hoje.

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