Por Ed Walter
Embora ganhe novos filmes todos os anos, poucas vezes a lenda do Pé-Grande foi bem retratada no cinema de terror. Em 2014 o diretor Eduardo Sánchez nos deu um sopro de esperança com seu found footage Eles Existem, que se não chega a ser um grande filme, pelo menos se mantém acima da média. Agora é a vez do diretor estreante Patrick Magee dar a sua versão sobre a lenda. E seu filme, se não é o melhor já feito sobre o Pé-Grande, com certeza está entre eles.
Embora ganhe novos filmes todos os anos, poucas vezes a lenda do Pé-Grande foi bem retratada no cinema de terror. Em 2014 o diretor Eduardo Sánchez nos deu um sopro de esperança com seu found footage Eles Existem, que se não chega a ser um grande filme, pelo menos se mantém acima da média. Agora é a vez do diretor estreante Patrick Magee dar a sua versão sobre a lenda. E seu filme, se não é o melhor já feito sobre o Pé-Grande, com certeza está entre eles.
A trama acompanha a jovem Ashley (Casey Gagliardi), que se dirige a uma cidadezinha no interior para buscar seu marido, Max (Andrew Joseph Montgomery), um ex-condenado que acaba de ser libertado da prisão. Durante a viagem eles sofrem um acidente e acabam se perdendo na floresta. Lá eles terão que lidar com um grupo de caçadores com intenções pouco amigáveis. E com uma criatura monstruosa, com intenções menos amigáveis ainda.
O filme chama a tenção imediatamente com seu belo visual. A floresta fechada e repleta de névoa cria a atmosfera perfeita para uma história de terror. Ao contrário da maioria dos filmes ambientados na floresta, aqui os personagens são introduzidos nesse ambiente hostil contra sua vontade, de maneira brutal e inesperada. Isso também ajuda na sensação de insegurança e dá à história leves tons de um thriller de sobrevivência.
O público não recebe muitas informações sobre os protagonistas. Sabemos apenas o básico, mas é possível deduzir boa parte do passado de cada um. Às vezes o roteiro é gentil com eles, fazendo com que tomem decisões lógicas que valorizam a trama. Em outras, os obriga a agir como bobalhões, estragando nossa diversão. Mas os atores são carismáticos e é fácil simpatizar com eles. Há uma leve metáfora sobre amadurecimento, mas isso acaba limitando a participação de Casey Gagliardi, que interpreta Ashley, na batalha final. Eu abriria mão desse detalhe com alegria, apenas para ver um pouco mais dela.
Já a interação do casal com o grupo de caçadores é bem problemática. É artificial, e às vezes involuntiamente cômica. Os diálogos se estendem muito mais que o necessário. Há um princípio de tensão, mas a ameaça nunca se concretiza. A verdade é que o grupo só está ali para morrer, e teria sido bem mais divertido se o filme tivesse ido direto ao ponto. Igualmente arrastado é o plot que envolve uma investigação policial sobre desaparecimentos ocorridos na floresta. Por sorte, o ator Eloy Casados — que interpreta o xerife — também tem bastante carisma para não deixar que tudo caia na monotonia. Sua história se cruza com a dos protagonistas no último ato, além de introduzir alguns elementos sobrenaturais na trama.
No momento em que a matança começa, o filme se torna um espetáculo à parte. O diretor Patrick Magee tem uma longa carreira como supervisor de efeitos-especiais e tudo que ele aprendeu é utilizado aqui. As cenas de violência são explícitas, e mostradas com riqueza de detalhes. Não é um filme que vai te assustar com jumpscares. Mas você vai se surpreender com a brutalidade das cenas e com os efeitos de maquiagem medonhos.
Além de ser muito bom na construção de cenas gore, Magee também se mostra à vontade ao filmar confrontos. A batalha final, repleta de tensão, lembra muito a luta entre Schwarzenegger e o Predador. Com direito inclusive a um protagonista coberto de lama e outras homenagens, que os fãs do filme de 1987 irão reconhecer de imediato.
A criatura é inspirada em lendas nativo-americanas. Ela impressiona, não apenas por seu visual mas também pelo modo como se comporta. É inteligente, faz armadilhas, usa armas de caça. Inclusive, o filme entrega tantos elementos do cinema slasher que, por mais de uma vez, eu senti como se estivesse assistindo a um dos massacres do velho Jason, de Sexta-Feira 13.
A criatura é inspirada em lendas nativo-americanas. Ela impressiona, não apenas por seu visual mas também pelo modo como se comporta. É inteligente, faz armadilhas, usa armas de caça. Inclusive, o filme entrega tantos elementos do cinema slasher que, por mais de uma vez, eu senti como se estivesse assistindo a um dos massacres do velho Jason, de Sexta-Feira 13.
Primal Rage tem seus problemas? Com certeza. Mas a divesão à moda antiga que ele proporciona compensa a maioria deles. A estréia de Magee na direção foi melhor do que eu esperava.
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Título Original: Primal Rage.
Gênero: Terror. País: Estados Unidos.__________
Título Original: Primal Rage.
Lançamento: 2018. Duração: 106 minutos.
Direção: Patrick Magee.
Roteiro: Jay Lee, Patrick Magee.
Elenco: Casey Gagliardi, Andrew Joseph Montgomery, Eloy Casados, Justin Rain, Marshal Hilton.
Nossa eu curti muito esse filme me fez lembrar muito os filmes antigos de Sexta-feira 13 e até aquele filme A Tribo rsrs outro filme que curti muito foi um que saiu na Netflix chamado o Ritual.
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