Crítica | Gehenna: Where Death Lives (2018)

Imagem do filme 'Gehenna: Where Death Lives'

Por Ed Walter

Hiroshi Katagiri é um especialista em efeitos especiais e de maquiagem que já trabalhou em filmes como A Criatura da Destruição (2001), A Hora do Pesadelo (2010), Eles Existem (2014) e The Hatred (2017). Agora ele estréia na direção com o terror sobrenatural Gehenna: Where Death Lives, onde também é um dos roteiristas.

A trama acompanha Paulina (Eva Swan), uma americana que viaja para Saipan para negociar a aquisição de uma bela propriedade à beira mar que será transformada em um clube de férias. Ela e seu grupo acabam encontrando a entrada para um bunker militar abandonado e decidem explorá-lo, o que os jogará em pesadelo que envolve maldições, aparições e até viagens no tempo.


Imagem do filme de terror 'Gehenna: Where Death Lives'

O filme empolga no primeiro ato. Há muitos mistérios e situações bizarras que nos deixam curiosos com o que virá a seguir. O problema é que o que vem a seguir está sempre abaixo de nossas expectativas. O diretor não aproveita o potencial do cenário, e acompanhar o grupo tentando encontrar uma saída do labirinto em que entraram, ao invés de gerar claustrofobia, gera tédio.

De vez em quando os personagens são atormentados por visões que parecem ser manifestações de seus próprios traumas. Seria um bom momento para nos dar alguns sustos. Mas não. Não existe a menor tensão, e a trilha sonora ruim cuida de estragar o resto do clima. Quanto às cenas de violência, elas existem, mas dificilmente o diretor permite que o público as veja. Apenas nos minutos finais ele entrega algo vagamente interessante, embora esteja longe de ser considerado ousado.


Imagem do filme 'Gehenna: Where Death Lives'

Doug Jones (A Forma da Água) faz uma bom trabalho interpretando uma das criaturas. Lance Henriksen (Harbinger Down: Terror no Gelo) também faz uma participação especial, mas ela é tão curta que não chega a fazer diferença na história. O restante do elenco não empolga muito. Não chegam ao ponto de irritar, mas eu também não torci por nenhum dos protagonistas.

Gehenna tem um roteiro curioso, boas maquiagens e um plot twist que talvez surpreenda algumas pessoas. Mas no meio de tantos problemas, isso acaba não sendo muita coisa.

__________

Título original: Gehenna: Where Death Lives.
Gênero: Terror.
Produção: 2016. Lançamento: 2018.
País: Japão, Estados Unidos. Duração: 105 minutos.
Direção: Hiroshi Katagiri,
Roteiro: Hiroshi Katagiri, Nathan Long, Brad Palmer.
Elenco: Eva Swan, Justin Gordon, Simon Phillips, Matthew Edward Hegstrom, Sean Sprawling, Lance Henriksen, Doug Jones, Masashi Odate, Tom Miyano, Patrick Gorman.

Ed Walter

Criador da 'Sangue Tipo B' e escritor na comunidade de filmes de terror desde 2017. Apaixonado por filmes de terror dos anos 70 e 80. Joga 'Skyrim' até hoje.

Postar um comentário

Antes de serem publicados, os comentários serão revisados.

Postagem Anterior Próxima Postagem