Crítica | Extinção (Extinction, 2018)

Nova produção original da Netflix trás Michael Peña e Lizzy Caplan no papel de casal no centro de uma invasão alienígena


Michael Peña e Lizzy Caplan em imagem do filme 'Extinção'

Por Ed Walter

A nova produção original da Netflix trás Michael Peña (Homem-Formiga) no papel de Peter, um dedicado pai de família que é atormentado por pesadelos recorrentes onde vê sua cidade ser destruída pelo que aparenta ser uma invasão alienígena. Seus pesadelos vão se tornar realidade, e Peter terá que buscar forças para proteger sua esposa Alice (Lizzy Caplan, de Cloverfield: Monstro) e suas duas filhas dos horrores que estão por vir.

A direção é do australiano Ben Young, que no ano passado nos entregou o impactante Predadores do Amor. O roteiro foi co-escrito por Eric Heisserer, o mesmo roteirista de A Chegada. Ou seja, Extinção tinha um grande potencial para funcionar muito bem. Mas não funciona. Young se mostra perdido ao trabalhar com uma trama sci-fi e não demonstra o mínimo do talento e da ousadia de seu trabalho anterior. E o roteiro, embora apresente algumas surpresas e ensaie algumas discussões sociais tardias, não consegue entregar o suficiente para que o filme mereça destaque.

Imagem do filme 'Extinção'

Passamos os primeiros 30 minutos acompanhando as visões e pesadelos de Peter e sendo castigados com um drama familiar monótono. A coisa melhora um pouquinho quando a invasão começa e o filme ganha ares de um thriller de sobrevivência. Mas não a ponto de empolgar. Tudo que é mostrado já foi visto antes e com maior eficiência em outros filmes de gênero, sendo Skyline: A Invasão o exemplo mais óbvio. O último ato guarda algumas reviravoltas. Uma em particular dá uma nova perspectiva sobre tudo que acabamos de ver. Mas mesmo esses twists me pareceram deslocados. E definitivamente não me surpreenderam.

Michael Peña  e Lizzy Caplan estão apenas aceitáveis nos papeis de Peter e sua esposa Alice. Ambos têm carisma, mas o roteiro não entrega material para que brilhem. Aliás, não consegui me importar com nenhum deles. Nem com suas filhas Hannah e Lucy, interpretadas por Amelia Crouch e Erica Tremblay. Verdade seja dita, essas meninas me irritaram bastante com sua gritaria incessante e suas decisões sem sentido.

O ator Michael Peña em imagem do filme 'Extinção'

O elenco de apoio inclui Mike Colter (Luke Cage), Emma Booth (O Desvio) e Lex Shrapnel (Natal às Escuras). Mas o destaque fica para a boa participação de Israel Broussard (A Morte Te Dá Parabéns), que é responsável por uma das reviravoltas e também por fornecer as respostas para a maioria dos mistérios da história.

Extinção tem alguns acertos visuais, um design de produção curioso e efeitos-especiais que não fazem muito alarde, mas cumprem seu papel. Não é um filme que chega a incomodar. Mas também não consegue ultrapassar a linha do regular. 
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Título original: Extinction.
Gênero: Ficção científica, suspense.
Produção: 2018.
Lançamento: 2018.
País: Estados Unidos.
Duração: 95 minutos.
Roteiro: Spenser Cohen, Eric Heisserer, Brad Kane.
Direção: Ben Young.
Elenco: Lizzy Caplan, Michael Peña, Mike Colter, Emma Booth, Israel Broussard, Tom Riley.

Ed Walter

Criador da 'Sangue Tipo B' e escritor na comunidade de filmes de terror desde 2017. Apaixonado por filmes de terror dos anos 70 e 80. Joga 'Skyrim' até hoje.

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