Filme de Andrea Mugnaini acompanha jovens que despertam força sobrenatural ao brincar com um tabuleiro ouija
Por Ed Walter
Filmes de terror sobre o tabuleiro ouija se proliferam (quase) na mesma velocidade que os filmes de terror sobre a casa assombrada de Amityville. E em ambos os casos, a maioria dessas produções tem qualidade duvidosa. Ainda assim, de vez em quando o assunto rende bons filmes. Em 2016 tivemos Ouija: A Origem do Mal, de Mike Flanagan. E no ano passado o diretor Paco Plaza nos entregou o assustador Verónica. Agora é a vez de Andrea Mugnaini tentar a sorte com Ouija Seance: The Final Game. E não, o resultado não é dos melhores.
Katharina Sporrer interpreta Sarah, uma jovem americana que está estudando na Itália. Ela herda de sua avó uma mansão antiga localizada em uma floresta remota. E apesar da mansão ser um daqueles lugares em que você bate o olho e diz "isso aqui é assombrado", Sarah decide passar o final de semana por lá na companhia de outros três amigos. Eles também aproveitam uma noite de tempestade para brincar com um tabuleiro ouija que encontraram em um quarto secreto da casa. E isso, é claro, irá despertar uma força sobrenatural maligna que vai tratar de matar todo mundo.
O roteiro não prima pela originalidade, mas tenta compensar explorando o passado sombrio da protagonista cuja família pode ter ligação com os eventos desencadeados na casa. Não que isso faça muita diferença. Na verdade até atrapalha um pouco, já que nos impede de ver o que realmente importa: cenas de terror. Elas são poucas e não assustam ninguém. A menos, é claro, que ver sombras projetadas na parede sejam suficientes para assustar você. Os personagens são as figuras de sempre. Temos o cara bonzinho, o valentão, a garota atiradinha e a mocinha comportadinha que, apesar de sua chatice, inevitavelmente será a final girl da história.
Esses personagens até funcionam bem quando não são levados muito a sério. Mas quando o roteiro tenta criar situações dramáticas em cima deles, aí fica difícil engolir. O filme também apresenta alguns mistérios, mas nenhum dos personagens precisa se esforçar para resolvê-los: o roteiro preguiçoso cuida para que a galera tropece nas respostas sempre que possível. E, de novo, isso também pouco importa, já que a história não faz muito sentido no final.
Esses personagens até funcionam bem quando não são levados muito a sério. Mas quando o roteiro tenta criar situações dramáticas em cima deles, aí fica difícil engolir. O filme também apresenta alguns mistérios, mas nenhum dos personagens precisa se esforçar para resolvê-los: o roteiro preguiçoso cuida para que a galera tropece nas respostas sempre que possível. E, de novo, isso também pouco importa, já que a história não faz muito sentido no final.
Ouija Seance tem a seu favor uma boa ambientação e um certo clima das produções de terror antigas. Há inclusive um clichê que funciona: a clássica presença de um homem misterioso que aparece de vez em quando para avisar que os jovens estão correndo perigo naquele lugar. Também gostei da personagem Barbara, interpretada por Holly Louise Mumford. Ela está engraçada com seu sotaque carregado, e também injeta um pouco de sensualidade na história.
Nos minutos finais o filme ganha um pouco de energia e até se arrisca com um plot twist. Mas nesse ponto eu já não me importava mais com nada.
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O melhor: Barbara, com certeza.
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O melhor: Barbara, com certeza.
O pior: Muitas conveniências, pouco terror.
Aquela mulher assustadora do poster: Não aparece no filme!
Título original: Ouija Seance: The Final Game.
Gênero: Terror.
Lançamento: 2018.
País: Itália.
Duração: 82 minutos.
Direção: Andrea Mugnaini.
Elenco: Katharina Sporrer, Holly Louise Mumford, Alan Cappelli Goetz, Gianfranco Quero, Andrea Fachinetti.
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Criticas