Crítica | O Grito da Morte (Dead Story, 2017)

Kelsey Deanne interpreta jovem atormentada por visões fantasmagóricas em 'O Grito da Morte', filme de estreia do diretor Suneel Tripuraneni

Kelsey Deanne como Anne no filme 'O Grito da Morte', de Suneel Tripuraneni
Kelsey Deanne como Anne no filme 'O Grito da Morte', de Suneel Tripuraneni


O Grito da Morte é um filme de terror sobrenatural sobre um casal que encontra a casa de seus sonhos e descobre que não está sozinho lá dentro. Trata-se do longa de estreia de Suneel Tripuraneni, responsável pelo curta-metragem In Abandoned. Bruce W. Durbin assina o roteiro, baseado em uma história do próprio Tripuraneni.

A bela Kelsey Deanne (O Lago dos Tubarões) estrela ao lado de Chase Austin Mosely (The Price) como a escritora Anne e seu marido Harold, que vão morar em um rancho remoto, famoso por ter sido palco de uma série de assassinatos não solucionados. Não demora muito para que Anne comece a ver fantasmas, o que abala o já fragilizado relacionamento do casal.

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Enquanto isso, o público será abalado por problemas mais urgentes, como o fato do roteiro criar subtramas e abandoná-las em seguida, além de se contradizer a todo momento. No começo, fica estabelecido que ocorreram assassinatos no rancho em 1914, 1944 e 1994. Depois, alguém diz que houve apenas um caso, de uma mulher que matou o marido e alegou estar sob a influência de um espírito. Estranhamente, nem Anne e nem Harold ouviram falar dessas histórias.

Kelsey Deanne como Anne no filme 'O Grito da Morte', de Suneel Tripuraneni
Kelsey Deanne como Anne no filme 'O Grito da Morte', de Suneel Tripuraneni


O fantasma que nossa heroína vê não impressiona muito. É apenas uma garota com o visual parecido com o da Samara Morgan, aquela menina que se arrasta para fora de poços e de aparelhos de TV em O Chamado. Seus truques não vão muito além de abrir e fechar portas, aparecer atrás dos personagens e fazer facas mudarem de lugar. O fato do roteiro plantar a dúvida sobre a sanidade de Anne não ajuda a amenizar a sensação de nossa heroína não está correndo perigo algum.

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Os personagens de apoio não acrescentam nada ao filme. Incluindo aquele casal de amigos que aparece apenas para contar histórias sobre a casa, aquele médico que não fala coisa com coisa, e aqueles dois caipiras (um deles interpretado pelo próprio diretor) que surgem do nada e somem da mesma forma de apareceram. Aliás, acho que o caipira Doug foi embora e esqueceu seu filho sentado no sofá da Anne, o que não deixa de ser um mistério a mais para o filme.

Kelsey Deanne como Anne no filme 'O Grito da Morte', de Suneel Tripuraneni
Kelsey Deanne como Anne no filme 'O Grito da Morte', de Suneel Tripuraneni


Não dá para elogiar a protagonista, já que ela passa 90% do filme andando de um lado para o outro, fazendo carinha de medinho mesmo quando não há nada assustador acontecendo. Mas confesso que dei algumas risadas no último ato, quando a sogra malvada Martha (Sheril Rodgers) resolve tocar o terror na heroína medrosa. Acho que se o diretor se concentrasse mais no conflito tosco entre ela e Anne, O Grito da Morte seria um filme mais interessante.

Nota: 3.7/10

Título original: Dead Story.
Gênero: Terror.
Produção: 2017.
Lançamento: 2017.
País: Estados Unidos.
Duração: 81 minutos.
Roteiro: Bruce W. Durbin, Suneel Tripuraneni.
Direção: Suneel Tripuraneni.
Elenco: Kelsey Deanne, Chase Austin, Melissa Alouf, Jay Bowles, Olivia Denton, Nerissa Hart, Hope Holguin, Jason Mcroberts, Charlie Pearce, Christopher Phipps, Sheril Rodgers, Suneel Tripuraneni, Terry Vanderheyden, Dougie Vee, Jessica Willis.

Ed Walter

Criador da 'Sangue Tipo B' e escritor na comunidade de filmes de terror desde 2017. Apaixonado por filmes de terror dos anos 70 e 80. Joga 'Skyrim' até hoje.

8 Comentários

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  1. kkkkkkk um dos piores filmes que já vo, assista se quiser dar algumas risadas com a tosquice do filme

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  2. O filme pode ser péssimo mas a "Kelsey Deanne" achei linda hehehe.

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  3. É realmente bem fraquinho.

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  4. É sério que o caipira largou o filho no sofá?
    e como mágica ele desapareceu!

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    1. E a porta do celeiro que estava aberta e na mesma cena fechada puro erro.... Aff porcaria total
      .

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  5. Estou assistindo agora e que filme horrível, estou morrendo de ri, péssimo, não tem emoção, nem medo nem merda nenhuma, e que atuação horrível.dos atores, e a maquiagem do fantasma parece aquelas que fazem nas crianças do Jardim da infância kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkķkkkkkkkkkkl

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  6. O filme é bem fraco, as atuações são amadoras principalmente da sogra, vi erros grosseiros de continuidade, o celeiro com a porta aberta e fechada na mesma cena, o pai vai embora e deixa o filho sentado no sofá que evapora sem ninguém saber pra onde vai, a sogra é arrastada pelo chão mas o sangue está no batente das portas, resumindo é lixo.

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