Crítica | Mara: O Demônio do Sono (Mara, 2018)

Olga Kurylenko interpreta psicóloga aterrorizada por entidade sobrenatural em 'Mara: O Demônio do Sono', de Clive Tonge


A atriz Olga Kurylenko como Kate no filme 'Mara: O Demônio do Sono', de Clive Tonge
A atriz Olga Kurylenko como Kate no filme 'Mara: O Demônio do Sono', de Clive Tonge


Longa-metragem de estreia do diretor Clive Tonge, Mara: O Demônio do Sono é um filme de terror sobrenatural sobre uma psicóloga atormentada por uma entidade maligna que mata suas vítimas durante o sono. E não estou falando de Freddy Krueger, que invadia os sonhos de adolescentes lá pelas bandas da rua Elm, mas de Mara, uma figura demoníaca que, reza a lenda, aparece quando as pessoas estão em estado de paralisia do sono.

A bela Olga Kurylenko, estrela de O Último Suspiro e O Quarto dos Desejos, lidera o elenco de Mara: O Demônio do Sono, que também conta com Craig Conway (Abismo do Medo), Rosie Fellner (A Face De Um Anjo) e a estreante Mackenzie Imsand. O roteiro é de Jonathan Frank, baseado em uma história que escreveu com o próprio Tonge.


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A psicóloga criminal Kate Fuller (Kurylenko) é chamada para ajudar a polícia no caso bizarro de uma mulher (Fellner) que supostamente estrangulou o marido durante o sono. A única testemunha é a filha de oito anos do casal, Sophie (Imsand). Contudo, tanto a mãe quanto a menina juram que o homem foi atacado por uma entidade sobrenatural.

A atriz Mackenzie Imsand como Sophie no filme 'Mara: O Demônio do Sono', de Clive Tonge
A atriz Mackenzie Imsand como Sophie no filme 'Mara: O Demônio do Sono', de Clive Tonge


O detetive durão McCarthy (Lance E. Nichols, de Operação Obscura) não acredita em fantasmas. Kate também está convencida de que a ciência convencional há muito desmistificou a natureza da paralisia do sono, mas decide investigar o mistério. Ao entrar em contato com um homem emocionalmente instável chamado Dougie (Conway), ela começa a aceitar não apenas a possibilidade de que Mara pode ser real, mas também de que pode ser a próxima vítima da criatura.


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Se você assistiu filmes obre a paralisia do sono lançados nos últimos quatro anos, provavelmente já percebeu que a premissa é praticamente a mesma de Pesadelos Mortais (2017), que por sua vez era praticamente a mesma de Sono Mortal (2016). Aliás, não apenas a premissa, pois Mara: O Demônio do Sono repete uma cena inteira de Pesadelos Mortais, com direito até à desculpa esfarrapada usada para tentar justificar a trapalhada dos "especialistas" que deveriam monitorar um paciente.

A atriz Olga Kurylenko como Kate no filme 'Mara: O Demônio do Sono', de Clive Tonge
A atriz Olga Kurylenko como Kate no filme 'Mara: O Demônio do Sono', de Clive Tonge


Outras facilitações comprometem a imersão, como personagens que praticamente tropeçam em pistas que os ajudarão a combater a criatura.  E mesmo com esses escorregões, o pesadelo de Clive Tonge consegue prender a atenção. Gostei do cuidado com as regras sobre a maneira como a criatura ataca. Também gostei da saída que inventam para justificar porque nem todas as pessoas que sofrem de paralisia do sono são atacadas por Mara.

A atmosfera de Mara: O Demônio do Sono é razoavelmente assustadora. Uma cena em particular, que mostra um personagem tomando uma atitude extrema para continuar acordado, me causou agonia. A decisão de usar o som de um liquidificador sendo ligado, telefones celulares tocando e persianas sendo levantadas para provocar sustos naturais também me pareceu acertada.

A atriz Olga Kurylenko como Kate no filme 'Mara: O Demônio do Sono', de Clive Tonge
A atriz Olga Kurylenko como Kate no filme 'Mara: O Demônio do Sono', de Clive Tonge


O mesmo não pode ser dito dos jump scares que acompanham as aparições da criatura, interpretada por Javier Botet (Invocação do Mal 2). Entidades sobrenaturais que se levam a sério não deveriam precisar saltar na frente da câmera para tentar assustar o público. Nem se esconder embaixo de mesas, porquê... bem, porque isso não é assustador, é tosco. E tosco de uma maneira que não é divertida.

Não é à toa que aquelas pinturas que retratam o demônio do sono em diversas culturas acabem sendo mais arrepiantes do que as aparições da própria criatura.

Nota: 4.5/10

Título original: Mara.
Gênero: Terror.
Produção: 2018.
Lançamento: 2018.
Pais: Reino Unido.
Duração: 1 h 38 min.
Roteiro: Jonathan Frank.
Direção: Clive Tonge.
Elenco: Olga Kurylenko, Craig Conway, Javier Botet, Rosie Fellner, Lance E. Nichols, Mackenzie Imsand.

Ed Walter

Criador da 'Sangue Tipo B' e escritor na comunidade de filmes de terror desde 2017. Apaixonado por filmes de terror dos anos 70 e 80. Joga 'Skyrim' até hoje.

11 Comentários

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  1. Não da pra levar a sério esse demônio de Cream-Cracker ...

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  2. Ótima crítica. Concordo plenamente.

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  3. Lixo de filme!!! Uma repetição de fantasma ou demônio q nem da mas gosto de vê ��perdi meu tempo esss lixo huuullll nuca vi fantasma coisa kkk final idiota!!!! Mente humana uma merda!!! Vê espíritos de vdd Sr autor eles não voooa tonto ��

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  4. Mano, pqp hoje em dia os filmes de terror estão tão clichêszinhos, smp a mesma coisa repetitiva e chata.

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  5. Ruim! Não perca tempo de assistir

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  6. Eu nunca vi um filme tao ruim não perca seu tempo , o fantasma parece um filé de borboleta de tão magra , passando fome a coitada ,em vez de da medo da pena rsrsrs

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  7. O roteiro, as mortes foram muito boas, mas cagaram feio no final, poderia acabar quebrando quebrasse o pescoço da Olga, aí o filme teria uma nota máxima.

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  8. Eu não achei o filme tão ruim assim ate que prendeu minha atenção com algumas cenas.

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  9. O final não gostei. Prefiro finais com soluções esclarecedoras e favoráveis aos protagonistas.Coitada a psicologa merecia desvendar tudo e terminar feliz cuidando da Sofie.E o monstro que voltasse pro além de onde não devia ter saido. Kkkkkk. Assim ficaria mais feliz com a Netflix. Porquê o filme é mediano.

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  10. Vi muitas referências ao O chamado e a Mama. Até mesmo no título: Ma (Mama) ra (Samara).

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