Crítica | Strange Nature (2018)

Lisa Sheridan enfrenta criaturas mutantes no drama de terror do diretor James Ojala

Angela Duffy em imagem do filme 'Strange Nature', de James Ojala

O longa-metragem de estreia do diretor James Ojala é um drama de terror sobre os perigos da intervenção humana na natureza. O próprio Ojala assina o roteiro, inspirado por eventos reais ocorridos na década de 1990, quando espécies de sapos deformados foram encontradas em Minnesota, nos Estados Unidos.

Kim Sweet (Lisa Sheridan, de Only God Can) é uma cantora em decadência que volta para sua cidade natal na companhia do filho Brody (Jonah Beres, de Stephanie). Sua chegada coincide com uma onda de eventos estranhos, que incluem o encontro de sapos de três pernas em volta do lago e animais mutilados na floresta. Adolescentes começam a desaparecer. E a resposta para o mistério colocará em risco a vida de todos os habitantes da cidade.

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A primeira meia hora de Strange Nature intercala a apresentação dos personagens com cenas de vítimas aleatórias sendo atacadas na floresta. Uma delas é interpretada por Tifany Shepis, de Terror no Pântano 4. A câmera simula a visão de um predador misterioso, que só é revelado no final. O resultado é meio tosco. Mas como grande fã de filmes B dos anos 70, não posso dizer que não gostei do que vi.

Lisa Sheridan e Jonas Breres em imagem do filme 'Strange Nature', de James Ojala

As investigações de Kate até levam a respostas e mensagens interessantes. Mas claramente o filme precisava de uma montagem e de uma edição mais enxutas para que o impacto das revelações não se diluísse no meio dos diálogos e das situações dramáticas, que acabam ocupando a maior parte do filme. E essas situações deixam o filme muito chato.

Kate cuida do pai doente, tenta mudar sua imagem negativa perante os habitantes da cidade, luta para convencer um prefeito inescrupuloso de que as pessoas estão em perigo, tem conversas intermináveis com um professor de ciências e também vive um romance monótono com ele. Há até uma cena de sexo comportadinha entre o casal, que serve para justificar o final, bizarro mas previsível.

Tiffany Shepis em imagem do filme 'Strange Nature', de James Ojala

Strange Nature só vai ganhar fôlego nos minutos finais, quando o mutante assassino finalmente decide deixar a timidez de lado e se revelar para a câmera. A equipe responsável pelos efeitos práticos entrega um trabalho competente. Tudo bem que Ojala encontra uma certa dificuldade para filmar os ataques, e o monstro mutante acaba parecendo um pouco mais falso e borrachudo do que deveria. Mas ainda é melhor do que acompanhar os personagens conversando sem parar.

Título original: Strange Nature.
Gênero: Drama, terror.
Produção: 2018.
Lançamento: 2018.
Pais: Estados Unidos.
Duração: 100 minutos.
Roteiro: James Ojala.
Direção: James Ojala.
Elenco: Lisa Sheridan,  Stephen Tobolowsky, John Hennigan, Carlos Alazraqui, Tiffany Shepis, Jonah Beres, David Mattey, Bruce Bohne, Chalet Lizette Brannan, Simone Beres, Lilli Passero, Angela Duffy.

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Ed Walter

Criador da 'Sangue Tipo B' e escritor na comunidade de filmes de terror desde 2017. Apaixonado por filmes de terror dos anos 70 e 80. Joga 'Skyrim' até hoje.

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