Crítica | The Toybox (2018)

Família é aterrorizada por veículo recreativo assombrado no terror de Tom Nagel

Mischa Barton em imagem do filme 'The Toybox', de Tom Nagel
Mischa Barton em imagem do filme 'The Toybox', de Tom Nagel

O cinema de terror tem uma boa lista de filmes sobre veículos que, na maioria das vezes impulsionados por forças sobrenaturais, se tornam uma ameaça para seus donos ou para os que os rodeiam. O Carro: A Máquina do Diabo (1977), Christine: O Carro Assassino (1983), Comboio do Terror (1986) e Híbrido (2010) são apenas alguns exemplos de produções que abordam o tema.

Agora é a vez do diretor Tom Nagel dar sua contribuição para esse "subgênero" em seu novo filme: The Toybox, onde a ameaça vem na forma de um veículo recreativo possuído pela alma de um serial killer.

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Quem vai passar apuros nas mãos (?) do VR maligno é uma família liderada pelo patriarca Charles (Greg Violand), que na tentativa de se reconectar com os filhos Steve e Jay, decide levá-los para uma viagem em uma região desértica. Sua nora e a netinha também estão no passeio. E a família até dá carona para dois irmãos que encontram na estrada. Não demora muito para que o veículo pare sozinho no meio do deserto e comece a matar todo mundo.

Imagem do filme 'The Toybox', de Tom Nagel
Imagem do filme 'The Toybox', de Tom Nagel

Tom Nagel mostra uma boa evolução com relação a seu filme anterior: Palhaços Infernais, de 2016. O visual é aceitável. Há efeitos práticos convincentes e uma pequena quantidade de gore. Na maior parte do tempo o diretor leva o filme muito a sério. Mas de vez em quando ele se lembra de entregar um pouco de diversão, como na cena hilária onde o veículo mal intencionado persegue um dos personagens que, mesmo tendo uma infinidade de espaço à sua volta, não consegue parar de correr em linha reta.

O veículo possuído não faz distinção na hora de escolher suas vítimas. Homens, mulheres, idosos e crianças, ninguém está livre de suas malvadezas. Algumas mortes chegam a surpreender. E uma é chocante, embora tenha seu peso diminuído pelas reações dos personagens. Aliás, os personagens tomam tantas decisões sem sentido que fica difícil se envolver com eles. Ninguém parece preocupado em relatar aos outros que viu uma transmissão sobrenatural na TV. Ou que o rádio muda de estação sozinho. Ou sequer que viu uma garota fantasma do lado de fora do veículo.

Denise Richards em imagem do filme 'The Toybox', de Tom Nagel
Denise Richards em imagem do filme 'The Toybox', de Tom Nagel

Mischa Barton (Ouija House) se esforça, mas não tem material para trabalhar. Mas ela ganha algum espaço no final, o que faz sua participação valer a pena. Denise Richards (Garotas Selvagens) tem apenas uma cena que merece destaque. E o elenco masculino não entrega nada que empolgue.

The Toybox é o tipo de filme que teria funcionado se tivesse se assumido como um trash descarado desde o início. Do jeito que ficou, decepciona.

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O melhor: Efeitos práticos e raros momentos de humor involuntário.
O pior: Roteiro bobinho, personagens chatinhos e reações sem sentido.
Se os vidros do VR são indestrutíveis: Por que seu interior não é?!?

Título original: The Toybox.
Gênero: Terror.
Produção: 2018.
Lançamento: 2018.
Pais: Estados Unidos.
Duração: 95 minutos.
Roteiro: Jeff Denton.
Direção: Tom Nagel.
Elenco: Denise Richards, Mischa Barton, Jeff Denton, Brian Nagel, Greg Violand, Matt Mercer, Malika Michelle.

Ed Walter

Criador da 'Sangue Tipo B' e escritor na comunidade de filmes de terror desde 2017. Apaixonado por filmes de terror dos anos 70 e 80. Joga 'Skyrim' até hoje.

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