Demián Bichir e Taissa Farmiga investigam os mistérios de um convento assombrado no novo filme do universo de 'Invocação do Mal'
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Taissa Farmiga em imagem do filme 'A Freira', de Corin Hardy | ©Warner Bros. |
A Freira é um filme de terror sobrenatural que convida o público a conhecer a origem de Valak, a entidade demoníaca que aterrorizou Ed e Lorraine Warren no assustador Invocação do Mal 2. O longa é dirigido por Corin Hardy, cineasta que chamou a atenção dos fãs do gênero em 2015 com o interessante A Maldição da Floresta. Gary Dauberman, roteirista de Annabelle, Annabelle 2: A Criação do Mal e Annabelle 3: De Volta Para Casa, assina o roteiro de A Freira em parceria com o produtor James Wan.
Na década de 1950, o padre Burke é enviado pelo Vaticano para investigar o misterioso suicídio de uma freira em um convento na Romênia. Ele conta com a ajuda da noviça Irene. O camponês Frenchie também se junta à viagem, servindo como guia para a dupla. Todos viverão momentos desagradáveis ao se deparar com uma presença demoníaca que se manifesta na forma de uma freira sombria que quer...bem, eu estou um pouco confuso sobre o que exatamente ela quer. Então, vamos dizer que seu objetivo é tocar o terror em quer encontrar pela frente.
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O filme começa muito bem, nos jogando em um mundo com um charme gótico que parece ter saído de um dos clássicos de Drácula, da produtora Hammer. Histórias de fantasmas são contadas enquanto os personagens vagueiam por cemitérios arrepiantes e florestas sombrias repletas de névoa. Muito antes do trio chegar ao seu destino, eu já estava com muito medo não apenas do convento assombrado mas também de toda a região que o cerca.
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Demián Bichir em imagem do filme 'A Freira', de Corin Hardy | ©Warner Bros. |
É uma pena que, depois de cerca de 40 minutos, o roteiro de Dauberman já tenha esgotado seu estoque de surpresas. O filme mergulha no universo desagradável dos clichês ruins. E sem ter onde se apoiar, o diretor apela para sustos baratos para fazer o tempo passar. Não nego que seja muito legal ver zumbis caindo de árvores e serpentes digitais se esgueirando para fora da boca de crianças fantasmas. Mas não é legal quando percebemos que esses eventos não acrescentam nada ao filme, e que no momento seguinte os personagens estão numa boa, como se nada tivesse acontecido.
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As investigações do padre Burke também não me empolgaram muito. Pensando melhor, chamar aquilo de investigação é forçar muito a barra. As respostas vêm através de visões. Ou de personagens que aparecem do nada e contam tudo que os protagonistas precisam saber. Isso quando nossos heróis não caem (literalmente) em cima das pistas. Com um pouco de boa vontade dá para aceitar que tudo isso é providência divina. Mas essas facilitações narrativas realmente me tiraram do filme.
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Taissa Farmiga em imagem do filme 'A Freira', de Corin Hardy | ©Warner Bros. |
Demián Bichir (série O Exorcista) faz o que pode com o pouco material que tem para trabalhar. Só que após presenciar algumas de suas trapalhadas, a idéia de que seu personagem é um experiente investigador de fenômenos sobrenaturais acabou não colando para mim. Taissa Farmiga (série American Horror Story) convence no papel da inocente e determinada irmã Irene. Jonas Bloquet está divertido no papel de Frenchie. E Bonnie Aarons faz uma vilã visualmente assustadora, mas que perde o impacto devido a suas aparições repetitivas.
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No último ato o diretor entrega alguns momentos bem toscos. Há inclusive uma cena que beira a comédia pastelão, que não combina em nada com a proposta do filme mas que pode gerar algumas risadas. A Freira foi anunciado com a promessa de revelar a origem de Valak e de ser o capítulo mais assustador do universo compartilhado de assombrações que ss fãs chamam de Invocaverso. A primeira tarefa ele cumpre razoavelmente bem. A segunda, não mesmo.
Nota: 5/10
Título original: The Nun.
Gênero: Terror.
Produção: 2018.
Lançamento: 2018.
Pais: Estados Unidos.
Duração: 96 minutos.
Roteiro: Gary Dauberman.
Direção: Corin Hardy.
Elenco: Demián Bichir, Taissa Farmiga, Jonas Bloquet, Bonnie Aarons, Ingrid Bisu, Patrick Wilson, Vera Farmiga, Lili Taylor, Charlotte Hope, Sandra Teles, Maria Obretin, August Maturo, Jack Falk, Lynnette Gaza, Ani Sava.
Olá, tudo bem? Eu acho que o ponto alto do filme é a ambientação, a abadia é realmente assustadora. O lugar mais sinistro de toda a franquia e seu Universo. Entre trancos e barrancos, eu também gostei, mas achei que ele poderia ter sido mais além. Não é o mais assustador, mas é óbvio demais, o excesso de Jump Scares, como você mesmo citou também é algo que mais atrapalha do que ajuda. A Trilha Sonora, embora dá aquele medinho também já deixa escapar quando vem algo de errado... Eu fiz inclusive uma análise, uma crítica do filme depois que eu o vi no HBO Go, devido a quarentena, se quiser dar uma olhada agradeço. Da mesma forma, se quiser dar alguma dica, se inscrever, eu agradeço de montão...
ResponderExcluirhttps://guarientoportal.com/2020/04/08/critica-a-freira-2018/