O passado volta para assombrar Chloe Levine no slasher da diretora e roteirista Jenn Wexler
A atriz Chloe Levine em imagem do filme 'The Ranger' |
Por Ed Walter
Jenn Wexler é responsável por curtas-metragens como Slumber Party (2012) e Halloween Bash (2013). Ela também já produziu filmes como o terror Darling (2015) e o drama sombrio Fobia (2017). Agora Wexler está estreando na direção de longas com The Ranger, slasher ambientado na década de 1980 que coloca um grupo de punks passando apuros nas mãos de um guarda florestal assassino. O filme é estrelado pela encantadora Chloe Levine (A Transfiguração) e trás Jeremy Holm (série House of Cards) no papel do vilão.
Levine interpreta Chelsea, uma adolescente que retorna com seu grupo de amigos à velha cabana na floresta onde viveu quando era criança. Eles não estão indo para lá a passeio. Estão fugindo da polícia, já que um dos integrantes do grupo, Garth (Granit Lahu), é procurado por esfaquear um policial. Os fantasmas do passado retornam para assombrar Chelsea na forma de um misterioso guarda florestal que leva as regras do parque nacional muito a sério. E ele costuma presentear com mortes horríveis os adolescentes atrevidos que ousam desrespeitá-las.
Imagem do filme 'The Ranger' |
O filme chama a atenção tanto pela fotografia quanto pelo cuidado com o visual dos personagens. Depois de um prólogo misterioso que mostra um trecho da infância de Chelsea, a diretora entrega momentos frenéticos. A cena da boate é muito bem feita, assim como a sequência em que Chelsea é abordada pela polícia. Os ataques do Ranger geram mortes sangrentas. Alumas são inesperadas. Outras vêm acompanhadas de humor-negro. E os efeitos especiais bem elaborados cuidam de conferir a todas aquele gostinho de slasher antigo.
Jeremy Holm parece se divertir bastante recitando trechos de leis ambientais enquanto espalha corpos pelo chão. Seu vilão tem um charme tosco que me trouxe lembranças de Psycho Cop. O filme também tem uma boa final girl. E o fato dela não ser boazinha como as regras desse sub-gênero exigem, garante alguns pontos a mais para o roteiro, que a própria Wexler co-escreveu com Giaco Furino.
O ator Jeremy Holm em imagem do filme 'The Ranger' |
O problema é que o segundo ato se prolonga demais. Demora cerca de 40 minutos para que alguém seja ferido. E mais uns 10 para que vejamos a primeira morte. A essa altura, provavelmente boa parte do público não vai mais estar interessado na história. E não ajuda muito o fato de que Chelsea seja a única personagem com potencial para despertar a simpatia do público.
Talvez o resultado tivesse sido melhor se ao invés de se concentrar em diálogos e briguinhas aleatórias, o roteiro preenchesse o tempo se aprofundando mais na cultura punk, como em Sala Verde. Ou se partisse logo para o trash descarado, como em A Noite dos Mortos-Vivos. Do jeito que ficou, The Ranger vale a pena pelo último ato. Mas tem que ter paciência para chegar até lá.
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Título original: The Ranger.
Gênero: Terror.
Produção: 2018.
Lançamento: 2018.
Pais: Estados Unidos.
Duração: 77 minutos.
Roteiro: Giaco Furino e Jenn Wexler.
Direção: Jenn Wexler.
Elenco: Chloe Levine, Jeremy Holm, Granit Lahu, Jeremy Pope, Bubba Weiler, Amanda Grace Benitez, Jeté Laurence, Larry Fessenden, Clay McLeod Chapman, Jim Johnson, Nicholas Tucci.
O melhor: Bom visual, bom vilão e algumas mortes sangrentas.
O pior: Demora tempo demais para ficar divertido.
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Criticas
Eu só aguentei ver ate o fim por causa Chloe Levine que atua relativamente bem (os outros são péssimos) ela eh muito linda, mas eh uma linda com traços bem marcantes (não aquelas genéricas americanas dos filmes, magras e com rostinhos simétricos e narizes pontudos). Alias gostei bastante do filme A Transfiguração, mas deste filme não, ali vi ele sem notar que se passava nos anos 80, só depois entendi o por que das roupas dos policiais serem cafonas, achei que era por pobreza de produção que usou uniformes toscos haha. O filme em si eh ruim, não chega nem perto de um Greem Room. O nome do filme deixa bem claro quem sera o vilão, mas no meu ponto de vista teria sido um pouco melhor se não tivesse deixado claro isso, afinal o vilão também faz o papel e "Profeta" (vide o Segredo da Cabana), praticamente avisando os retardados que ele não queria eles na montanha. A iluminação eh horrível tudo esta muito iluminado e você percebe que eles não souberam como suavizar isso. Os personagens são burros ou antipáticos, e não faltam clichês. Tirando a personagem da Chloe Levine nenhum deles luta de verdade e são mortos da forma mais sem graça possível, ou seja, não tem inventividade nas mortes e você não da a minima para nenhum deles e ate já sabe que vai sobrar só a Chloe Levine no final. Enfim morar nos EUA eh uma beleza, parece que qualquer pessoa levanta uma grana e faz um filme treino, pois essa merda esta longe de ser profissional, espero que tenha ajudado a diretora a aprender alguma coisa. tosqueira mal feita.
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