Crítica | Rust Creek (2019)

Hermione Corfield interpreta jovem que vira alvo de caçada mortal no thriller de sobrevivência da diretora Jen McGowan


A atriz Hermione Corfield em imagem do filme 'Rust Creek', de Jen McGowan | © IFC Midnight


Rust Creek é um thriller de sobrevivência sobre uma mulher que pega a estrada para participar de uma entrevista de emprego em Washington e acaba se tornando alvo de uma caçada mortal. É o segundo trabalho da diretora Jen McGowan, mesma realizadora de Kelly & Cal: Uma Amizade Inesperada (2014). Hermione Corfield (Orgulho e Preconceito e Zumbis) estrela o longa, roteirizado por Julie Lipson e Stu Pollard.

O nome da protagonista é Sawyer, e sua jornada pelas florestas de Kentucky permite que a diretora brinque com algumas ideias consolidadas em produções da gloriosa década de 1970. Os primeiros minutos inclusive fornecem elementos mais do que suficientes para que fãs de longa data do cinema de terror calculem os possíveis rumos que a história pode tomar.


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Será que Sawyer pedirá informações para uma figura suspeita e acabará pegando um atalho mais suspeito ainda, como aconteceu em Pânico na Floresta? Será que ela entrará em rota de colisão com uma família de assassinos, como em O Massacre da Serra Elétrica? Ou será atacada por um bando de caipiras psicóticos e depois dará o troco, como em A Vingança de Jennifer e Mulheres Perigosas?

A atriz Hermione Corfield em imagem do filme 'Rust Creek', de Jen McGowan | © IFC Midnight


Dá para dizer que tudo isso acontece em Rust Creek, porém de maneira bem diferente do habitual. Sawyer não precisa parar um em posto de gasolina para pedir informações, já que o próprio GPS de seu carro se encarrega de guiá-la para um atalho no meio da floresta mais remota possível. A família de assassinos está lá, mas suas ações não são tão aleatórias assim. Quanto aos caipiras... bem, nossa heroína sabe se defender muito bem e os planos malignos dos vilões não vão muito longe.


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Como o primeiro ato é promissor, dei um voto de confiança e esperei as coisas ficarem divertidas. Mas ao invés disso o filme esfria, principalmente depois que Sawyer faz uma aliança improvável com um novo personagem (Jay Paulson, da série Mad Men). Passamos a maior parte do filme na companhia do casal, em uma cabana isolada. Como o relacionamento dos dois é marcado por drama e diálogos que não acabam mais, a situação não demora para ficar cansativa.

A atriz Hermione Corfield em imagem do filme 'Rust Creek', de Jen McGowan | © IFC Midnight


Há uma sub-trama envolvendo as investigações de um xerife (Sean O'Bryan, da série Murder in the First) e seu assistente (Jeremy Glazer, da série Grey's Anatomy), o que acrescenta um pouco de variedade à história. Infelizmente esses momentos também não são tão empolgantes quanto parecem, além de passarem a sensação de que estamos em um micro-verso, onde todos os personagens estão ligados de formas nem sempre convincentes.

Rust Creek tem um elenco esforçado e uma produção bem cuidada, com destaque especial para a ótima cinematografia de Michelle Lawler. Mas a lentidão realmente me entediou, e confesso que torci para que a diretora parasse de tentar subverter expectativas e se rendesse logo aos clichês divertidos.

Nota: 4.3/10

Título original: Rust Creek.
Gênero: Drama, suspense, terror.
Produção: 2018.
Lançamento: 2019.
Pais: Estados Unidos.
Duração: 108 minutos.
Roteiro: Julie Lipson, Stu Pollard.
Direção: Jen McGowan.
Elenco: Hermione Corfield, Jay Paulson, Sean O'Bryan, Micah Hauptman, Daniel R. Hill, John Marshall Jones, Denise Dal Vera, Jeremy Glazer.

Ed Walter

Criador da 'Sangue Tipo B' e escritor na comunidade de filmes de terror desde 2017. Apaixonado por filmes de terror dos anos 70 e 80. Joga 'Skyrim' até hoje.

2 Comentários

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  1. Rust Creek, não encontrei !

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  2. Olhei hoje Rust Creek,pra sessão da tarde de domingo tá valendo, mas é aquele tipo de filme que tem dúzias iguais que são até melhores, Vingaça é um exmplo disso, final morno, decepcionante.

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