Aaron Paul e Emily Ratajkowski interpretam casal que tem as férias interrompidas pela chegada de vizinho manipulador no suspense do diretor George Ratliff
Emily Ratajkowski em imagem do filme 'Welcome Home' |
Por Ed Walter
O novo trabalho do diretor de Joshua, o Filho do Mal, George Ratliff, dá sequência à tradição de filmes sobre figuras aparentemente inofensivas que se infiltram na vida de casais e transformam seu relacionamento em um inferno. Rebecca De Mornay fez isso em A Mão que Balança o Berço. Isabelle Fuhrman também, em A Órfã. E não podemos nos esquecer de Katherine Heigl, no recente Paixão Obsessiva.
Em Welcome Home, o casal em perigo é Bryan e Cassie, interpretados por Aaron Paul e Emily Ratajkowski. Seu relacionamento está em crise e eles decidem tentar se reconectar passando uma temporada romântica em uma casa na Itália, alugada através do website que dá título ao filme. A figura aparentemente inofensiva surge na forma do vizinho Frederico, interpretado pelo ator Riccardo Scamarcio. Ele vai se esforçar para separar o casal. Mesmo que tenha que recorrer a medidas extremas.
Aaron Paul e Emily Ratajkowski em imagem do filme 'Welcome Home' |
Infelizmente as manipulações de Frederico não são muito empolgantes. E suas consequências, menos ainda. Scamarcio (John Wick: Um Novo Dia Para Matar) se esforça, mas o roteiro do estreante David Levinson nunca lhe entrega material suficiente para que ele pareça ameaçador. O mais perto que ele chega disso é na cena do jantar, onde faz um discurso sobre a arte de caçar coelhos. O personagem de Frederico funciona para exemplificar como a tecnologia moderna trás novos perigos e facilita o voyeurismo. Mas não passa disso.
Emily Ratajkowski (Na Escuridão) é carismática e é difícil não gostar dela. Flashbacks revelam detalhes de seu passado que explicam um pouco sobre a crise pela qual o casal está passando. Aaron Paul (série Breaking Bad) entrega uma atuação contida mas aceitável. Mas cedo ou tarde tanto os protagonistas quanto o vilão acabam sendo abafados pelo roteiro fraco e pela direção arrastada e sem ousadia de Ratliff.
Riccardo Scamarcio e Emily Ratajkowski em imagem do filme 'Welcome Home' |
O filme passeia por diversos gêneros, mas não se destaca em nenhum deles. É difícil defendê-lo como um drama romântico já que não há intensidade para isso. É difícil defendê-lo como thriller erótico já que com exceção do momento em que Ratajkowski é vendada, tudo é muito tímido. E também é difícil defendê-lo como um filme de suspense. Esse elemento é praticamente inexistente.
Welcome Home acaba se tornando uma experiência cansativa. Mas eu vou defender seus minutos finais, quando tanto o roteiro quanto a direção abraçam o humo-negro com vontade. Temos assassinatos e reviravoltas bizarras. Temos uma cena hilariante onde o casal decide lavar a roupa suja. Ah, e também temos a já citada cena da venda. Aparentemente ela deveria ser um misto entre sexy e perturbador, mas acaba soando involuntariamente cômica. É uma pena que Ratliff tenha demorado tanto tempo para entregar um pouco de diversão.
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O melhor: O terceiro ato é divertido e cheio de reviravoltas bizarras.
O pior: Não acontece muita coisa interessante antes no terceiro ato.
Título original: Welcome Home.
Gênero: Suspense.
Produção: 2018.
Lançamento: 2018.
Pais: Estados Unidos.
Duração: 97 minutos.
Roteiro: David Levinson.
Direção: George Ratliff.
Elenco: Emily Ratajkowski, Aaron Paul, Riccardo Scamarcio, Katy Louise Saunders, Alice Bellagamba, Francesco Acquaroli.
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Criticas
Gostei muito 🤣
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