Crítica | Cannibal Diner (2012)

Modelos são perseguidas por família de canibais no slasher alemão do diretor Frank W. Montag

Imagem do filme 'Cannibal Diner', de Frank W. Montag

Por Ed Walter

A vida das modelos famosas é estressante, e por isso não é surpresa que elas reservem um tempinho para se dedicar a um de seus passatempos favoritos: comemorar o aniversário das amigas no meio de florestas, de preferência nos lugares mais remotos e horripilantes possíveis.

Pelo menos é assim que a coisa funciona em Cannibal Diner, slasher alemão do diretor Frank W. Montag. O co-produtor Mario von Czapiewski assina o roteiro do filme, que joga no liquidificador idéias retiradas de O Massacre da Serra Elétrica, Quadrilha de Sádicos, Pânico na Floresta e Sexta-Feira 13. Ah, e também temos momentos à la A Bruxa de Blair.

Três modelos vão na frente para conhecer a tal floresta e fazer topless, mas desaparecem antes mesmo dos créditos iniciais. Somos então apresentados a Tanja (Kristiana Rohder, Miss Universo da Alemanha em 2010) e a aniversariante Celine (Laura Baum), que estão indo para o mesmo local. Uma terceira modelo, Kati (Alexandra Lesch), vai se encontrar com elas. Mas como o filme precisa de outra cena de nudez gratuita, ela se atrasa um pouquinho para tomar uma ducha. Vamos torcer para que as belas protagonistas não tenham o mesmo destino que suas amigas tiveram na cena de abertura. Mas como esse é um filme de terror, certamente elas terão.


Imagem do filme 'Cannibal Diner', de Frank W. Montag

Sem poder contar com a presença do trio que desapareceu no começo do filme, passamos boa parte do primeiro ato acompanhando Tanya e Celine conversando no celular e andando pela floresta. Elas também se separam, para facilitar a vida dos vilões. Passamos mais tempo ainda na companhia de Kati, que além de ficar perdida por não saber ler o mapa, ainda tem o veículo roubado e fica sozinha no meio do nada.

Para não fugir das regras dos filmes slashers, Kati encontra uma mulher esquisita que a avisa para ficar longe de um certo local. Mas ela vai para lá mesmo assim. E ainda entra na casa dos vilões que, como todo mundo já deve ter percebido pelo título, são canibais. Eles pintam o rosto com uma tinta azul escura, o que faz com que fiquem parecidos com os Smurfs. Só que menos assustadores.

Quando os confrontos começam, a coisa não é muito empolgante. A câmera fica próxima demais da ação e atrapalha a visão. Às vezes ela começa a tremer e atrapalha mais ainda. Os cenários internos são constantemente escuros demais. E mesmo quando as cenas estão em câmera lenta, é difícil se divertir. As músicas e os efeitos sonoros não favorecem muito a experiência. E nem a sequência final, longa demais e ainda filmada no estilo found footage.


Imagem do filme 'Cannibal Diner', de Frank W. Montag

Gostei do visual das cenas externas ambientadas na floresta, do elenco atraente, dos efeitos práticos e dos litros de sangue falso. Gostei da maneira como o diretor filma Kati chegando na fábrica, homenageando O Massacre da Serra Elétrica. E também gostei daquele canibal trapalhão que coloca fogo na casa. Só que os problemas de Cannibal Diner acabam pesando mais na balança.

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O melhor: Elenco atraente e algumas cenas sangrentas.
O pior: O som, a iluminação e a câmera tremida atrapalham as cenas de confrontos. E aquela sequência final interminável no estilo found footage é um teste de paciência.
O que o filme nos ensina? Que canibais pintados de azul ficam engraçados.

Título original: Cannibal Diner.
Gênero: Terror.
Produção: 2012.
Lançamento: 2012.
Pais: Alemanha.
Duração: 75 minutos.
Roteiro: Mario von Czapiewski.
Direção: Frank W. Montag.
Elenco: Alexandra Lesch, Kristiana Rohder, Lara Baum, Indira Madison, Alexandra Jordan, Violetta Schurawlow, Mike Zick, Dominik Schneider, Celina Klemenz, Sascha Litter, Jessica Klauss.

Ed Walter

Criador da 'Sangue Tipo B' e escritor na comunidade de filmes de terror desde 2017. Apaixonado por filmes de terror dos anos 70 e 80. Joga 'Skyrim' até hoje.

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