Crítica | Blood Bags (2018)

Makenna Guyler interpreta fotógrafa americana perseguida por criatura sanguinária no terror de Emiliano Ranzani

Makenna Guyler e Marta Tananyan em imagem do filme de terror 'Blood Bags', de Emiliano Ranzani
Makenna Guyler e Marta Tananyan em imagem do filme de terror 'Blood Bags', de Emiliano Ranzani

O filme de estreia do diretor Emiliano Ranzani é centrado em Tracy (Makenna Guyler), uma turista americana em férias em Turim, na Itália. Tracy é estudante de fotografia, e não pensa duas vezes antes de entrar em uma mansão abandonada para tirar algumas fotos para seu novo projeto. Sua amiga Petra (Marta Tananyan) vai junto, mesmo sem querer. E ambas terão um dia muito ruim, já que a casa é o esconderijo de uma criatura que sobrevive à base de transfusões de sangue humano.

A criatura também gosta de usar uma máscara de vilão de filme slasher e matar quem invade seu território, o que é meio estranho: se ela precisa de transfusões de sangue, não seria mais inteligente capturar os invasores para coletar o material antes de matá-los? Enquanto o espectador lida com esse mistério, nossa protagonista ganha o reforço de Alex (Emanuele Turetta), um ladrão que entrou na casa velha com segundas intenções e não demorou muito para virar alvo do vampiro moderno.

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Os policiais Antonio e Laura (Salvatore Palombi e Denitza Diakovska) também dão uma passadinha por lá, atendendo a um chamado. Mas mesmo com a casa lotada, o filme é bem arrastado. Algumas cenas, como aquela do médico e da doadora voluntária de sangue, se estendem muito mais do que precisavam. A edição também atrapalha os momentos de confronto. E a trilha sonora intrusiva deixa as coisas meio sonolentas.

Emanuele Turetta em imagem do filme de terror 'Blood Bags', de Emiliano Ranzani
Emanuele Turetta em imagem do filme de terror 'Blood Bags', de Emiliano Ranzani

O fato da protagonista ser colocada constantemente na posição de mocinha em perigo e ficar choramingando o tempo todo não ajuda muito. O fato de todo mundo tomar decisões sem pé nem cabeça e demorar uma eternidade para reagir, também não. E a reviravolta final, sem sentido, menos ainda.

Provavelmente o resultado seria melhor se o roteiro não tentasse inventar drama em torno da origem da criatura, e partisse logo para uma história tradicional de vampiros. Ou se o diretor investisse mais em cenas gore. O sangue falso até dá as caras de vez em quando. Mas para um filme com elementos slashers, médicos enlouquecidos e uma criatura sanguinária, Blood Bags fica devendo muito em matéria de ousadia.

Salvatore Palombi e Denitza Diakovska em imagem do filme de terror 'Blood Bags', de Emiliano Ranzani
Salvatore Palombi e Denitza Diakovska em imagem do filme de terror 'Blood Bags', de Emiliano Ranzani

Gostei dos créditos de abertura, provavelmente porque tanto o visual quanto a música me lembraram de Re-Animator. Gostei do clima de filme italiano dos anos 70, que está presente em algumas momentos. E gostei especialmente daquela cena do pesadelo, onde Tracy caminha no meio de figuras bizarras que parecem ter saído de um dos games da franquia Silent Hill.

Blood Bags tem um certo estilo. E, infelizmente, não vai muito além disso.

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O melhor: Clima de filme antigo e aquela cena do pesadelo.
O pior: O ritmo é morno, falta ousadia e o final não faz muito sentido.

Título original: Blood Bags.
Gênero: Terror.
Produção: 2018.
Lançamento: 2018.
País: Itália.
Duração: 93 minutos.
Roteiro: Emiliano Ranzani, Davide Mela, Scarlett Amaris.
Diretor: Emiliano Ranzani.
Elenco: Makenna Guyler, Emanuele Turetta, Marta Tananyan, Alberto Sette, Salvatore Palombi, Denitza Diakovska, Franco Olivero, Mario Cellini, Riccardo Leto, Stefano Accomo, Arturo Cartella, Antonio Civico, Enrica De Pace, Gabriella Dal Farra, Alberto Manfred, Claudio Santagata, Francesco Savarino, Fabio Tarditi.

Ed Walter

Criador da 'Sangue Tipo B' e escritor na comunidade de filmes de terror desde 2017. Apaixonado por filmes de terror dos anos 70 e 80. Joga 'Skyrim' até hoje.

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