Crítica | Hush: A Morte Ouve (Hush, 2016)

Kate Siegel interpreta escritora surda e muda que precisa sobreviver a uma invasão domiciliar no terror de Mike Flanagan

John Gallagher Jr. e Kate Siegel em imagem do filme de terror 'Hush: A Morte Ouve', de Mike Flanagan
John Gallagher Jr. e Kate Siegel em imagem do filme de terror 'Hush: A Morte Ouve', de Mike Flanagan

Antes de dirigidor filmes como Ouija: Origem do Mal, Jogo Perigoso e Doutor Sono, o diretor Mike Flanagan entregou esse home invasion tenso sobre uma mulher surda e muda que passa alguns apuros para se livrar de um visitante inesperado. Flanagan também assina o roteiro do longa, em parceria com Kate Siegel (série A Maldição da Residência Hill). E a própria Siegel interpreta a protagonista: Maddie, uma jovem escritora que perdeu a audição e a fala na pré-adolescência, devido a um quadro grave de meningite.

Maddie vive sozinha em uma casa localizada em uma região florestal, onde passa o tempo escrevendo seu novo livro e conferindo as novidades das redes sociais. De vez em quando ela recebe a visita da carismática Sarah (Samantha Sloyan, da série Grey's Anatomy), que parece ser a única vizinha nas redondezas. E sua vida está prestes a virar um pesadelo infernal graças à chegada de um homem mascarado com intenções pouco amigáveis.

Kate Siegel em imagem do filme de terror 'Hush: A Morte Ouve', de Mike Flanagan
Kate Siegel em imagem do filme de terror 'Hush: A Morte Ouve', de Mike Flanagan

Flanagan usa o primeiro ato para estabelecer as desvantagens da protagonista, mas também planta pequenas pistas de como ela poderá usar isso a seu favor durante sua batalha pela sobrevivência. E tanto o roteiro quanto a direção acertam ao deixar claro, logo no início, o nível de ameaça que espreita e escritora: a cena brutal que serve para apresentar o vilão é mais do que suficiente para que o espectador tema constantemente pela vida da protagonista.

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Não que o assassino, interpretado com muito cinismo por John Gallagher Jr. (Rua Cloverfield, 10), tenha muita pressa para entrar na casa. Na verdade, mesmo tendo chance, ele demora um bocado para fazer isso. Mas o roteiro deixa algumas idéias implícitas que servem para justificar sua lerdeza. E como o jogo de gato e rato que se segue é divertido e marcado por momentos sangrentos, eu acabei comprando a idéia.

Kate Siegel em imagem do filme de terror 'Hush: A Morte Ouve', de Mike Flanagan
Kate Siegel em imagem do filme de terror 'Hush: A Morte Ouve', de Mike Flanagan

Kate Siegel manda bem no papel da escritora azarada. Ela pode até parecer uma presa fácil no início. Mas acredite, a menina é osso duro de roer. Às vezes o diretor utiliza o som (ou a ausência dele) para fazer com que o espectador se sinta na pele da protagonista. Em outras, usa um certo "dom" da escritora para mostrar soluções diferentes para uma mesma situação. Um desses momentos, aliás, tem potencial para fazer o público entrar em desespero.

A participação de Samantha Sloyan é pequena. A de Michael Trucco (Fúria em Alto Mar), que interpreta o namorado John, também. Mas eles servem para alavancar a trama, além de protagonizar algumas das cenas mais violentas do filme. Hush fica ligeiramente arrastado no segundo ato, mas recupera o fôlego no último. É um filme simples. Mas tenso e intrigante o suficiente para garantir um bom passatempo para os fãs do subgênero home invasion.

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O melhor: É um home invasion tenso e intrigante e tem uma protagonista carismática.
O pior: A demora do vilão em invadir a casa não faz muito sentido. Mas dá para relevar esse detalhe.

Título original: Hush.
Gênero: Terror, suspense.
Produção: 2016.
Lançamento: 2016.
País: Estados Unidos.
Duração: 82 minutos.
Roteiro: Mike Flanagan, Kate Siegel.
Diretor: Mike Flanagan.
Elenco: Kate Siegel, John Gallagher Jr., Michael Trucco, Samantha Sloyan, Emma Graves.
 

Ed Walter

Criador da 'Sangue Tipo B' e escritor na comunidade de filmes de terror desde 2017. Apaixonado por filmes de terror dos anos 70 e 80. Joga 'Skyrim' até hoje.

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