Crítica | Playing with Dolls: Bloodlust (2016)

O assassino Havoc ataca participantes de reality show na continuação de 'Jogos Perigosos', do diretor e roteirista Rene Perez

Imagem do filme de terror 'Playing with Dolls: Bloodlust', de Rene Perez

O segundo capítulo da série de filmes de terror Playing with Dolls acompanha quatro desconhecidos que são selecionados para participar de um reality show ambientado em uma cabana isolada. Um ator vestido com roupa de vilão de filmes slashers dos anos 80 está esperando por eles. E o participante que conseguir não ser capturado ganha o prêmio de 1 milhão de dólares, além da chance de alavancar sua carreira, estrelando seu próprio filme de terror.

O que eles não sabem é que o reality é uma picaretagem comandada pelo Voyeur (Richard Tyson), aquele milionário misterioso cujo passatempo é filmar pessoas sendo mortas de maneiras horríveis. E o que todos pensam ser um ator vestido de assassino, na verdade é um assassino muito real: o implacável Prisioneiro AYO-886, também conhecido como Havoc.

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Rene Perez assume novamente as funções de diretor e roteirista na continuação. E seu trabalho tem muitos altos e baixos. O uso de filtro de cores é um pouco exagerado. Às vezes as imagens são escuras demais. A mixagem de som deixa um pouco a desejar durante os diálogos. Mas quando precisa emplacar jump scares, o som é certeiro e pode até fazer o público distraído saltar da cadeira. Já os efeitos práticos, que já eram o grande destaque do filme original, aqui estão ainda mais impressionantes.

Karin Brauns em imagem do filme de terror 'Playing with Dolls: Bloodlust', de Rene Perez

Os eventos acontecem em uma ordem semelhante à do primeiro filme, que foi lançado no Brasil com o título de Jogos Perigosos. Há uma morte violenta na cena de abertura. Há um longo período de calmaria. E no terceiro ato, o sangue jorra para todo lado. Só que não temos a presença da doce Cindy (personagem interpretada por Natasha Blasick no filme original) para nos distrair enquanto esperamos a matança começar. E eu não posso dizer que morri de amores pelos novos personagens.

Stina (Karin Brauns, de The Obsidian Curse) é uma jovem mãe com dificuldades financeiras que quer o prêmio para dar uma vida melhor para a filha pequena. Magnus (Colin Bryant, de From Hell to the Wild West), é um segurança que entra de gaiato no navio, e que também é movido pelo desejo de ajudar o filho. Também estão no reality a ambiciosa Nico (a estreante Elonda Seawood), que quer ser rica e famosa e, se possível, tirar a roupa na frente das câmeras; e o inseguro Rodrigo (Andrew Espinoza Long, de Sleeping Beauties), que quer...ficar com a Nico? É, eu acho que é isso.

Imagem do filme de terror 'Playing with Dolls: Bloodlust', de Rene Perez

Com um pouco de boa vontade, dá para rir de alguns diálogos toscos, principalmente nas cenas com Nico e Rodrigo. Mas o que eu queria mesmo era ver a Cindy. E também gostaria que o diretor tivesse entregado um final menos esdrúxulo. Eu diria que o filme não acaba, simplesmente pára de ser exibido. Bloodlust ainda vale a pena por suas cenas brutais. Mas é o capítulo mais fraco dos quatro lançados até agora.

Título original: Playing with Dolls: Bloodlust.
Gênero: Terror.
Produção: 2016.
Lançamento: 2016.
País: Estados Unidos.
Duração: 81 minutos.
Roteiro: Rene Perez.
Direção: Rene Perez.
Elenco: Richard Tyson, Karin Brauns, Elonda Seawood, Colin Bryant, Marilyn Robrahn, Andrew Espinoza Long, Leia Perez, Logan Serr, Ian Dalziel, Kerry Wallum, Kaula Reed, Omnia Bixler, Emma Chase Robertson, Joey Bertschi.

Ed Walter

Criador da 'Sangue Tipo B' e escritor na comunidade de filmes de terror desde 2017. Apaixonado por filmes de terror dos anos 70 e 80. Joga 'Skyrim' até hoje.

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