Crítica | Pacto Secreto (Sorority Row, 2009)

Jovens são perseguidas por assassino que sabe o que elas fizeram no verão passado no slasher de Stewart Hendler

Segundo filme do diretor de Reféns do Mal, Stewart Hendler, Pacto Secreto é uma releitura de Assassinatos na Fraternidade Secreta, slasher de 1982 sobre um assassino que aterroriza um grupo de amigas depois que uma brincadeira termina muito mal. Mark Rosman, diretor do filme original, divide os créditos do roteiro da nova versão com Josh Stolberg e Pete Goldfinger.

A elegante Jessica (Leah Pipes, de Vou Te Seguir na Escuridão) lidera as garotas da irmandade Theta Pi, que decidem aplicar um trote no namorado traidor de uma delas. A brincadeira termina em tragédia, e as meninas fazem o que todo personagem de filme de terror faz em situações semelhantes: selam um pacto de silêncio e agem como se nada tivesse acontecido. Oito meses depois, quando um assassino misterioso começa a atacar os estudantes da  Rosman University, as jovens desconfiam que o passado voltou para assombrá-las.

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Os roteiristas fazem um bom trabalho ao atualizar a história para os anos 2000. Redes sociais são citadas, e o celular tem enorme importância na trama. Há uma boa dose de humor-negro, que ganha força na metade final. A direção de Hendler é marcada por muitos closes dramáticos e alguns momentos com câmera na mão. E embora às vezes ele se empolgue e as imagens fiquem mais tremidas do que o necessário, na maior parte do tempo seu trabalho é competente.

Eu realmente amei a sequência de abertura, quando a câmera circula por todos os cômodos da Theta Pi durante uma festa do pijama, apresentando os personagens e dando uma prévia do clima politicamente incorreto que estará presente durante todo o filme. A estética é de videoclip moderno, mas a fotografia granulada passa a sensação de filme antigo.

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O assassino, que ataca usando uma chave de rodas estilizada, persegue as protagonistas seguindo a cartilha de slashers clássicos: quanto mais comportadinha for a personagem, mais chances ela tem de sobreviver para disputar o cobiçado título de final girl. O filme não chega a ser um gore-fest. Mas a violência é explícita e todas as mortes são criativas.

A química entre as personagens funciona bem. Principalmente entre Cassidy (Briana Evigan, de Nas Garras do Tigre) e a líder Jessica. Rumer Willis, filha de Bruce Willis e Demi Moore, interpreta Ellie, uma das amigas em apuros. E Carrie Fisher (Star Wars) faz uma participação especial divertida como a Sra. Crenshaw, que ganha destaque no último ato.

Não posso dizer que fiquei surpreso com a revelação da identidade do assassino. Na verdade, a motivação do vilão  não faz muito sentido e o mistério em torno dele(a?) está mais para Scooby Doo do que para Agatha Christie. Acredito que algumas subtramas (como aquela do senador) poderiam ter sido descartadas para garantir uma experiência mais fluída. Mas apesar desses inconvenientes, Pacto Secreto me divertiu bastante.

Nota: 7

Título original: Sorority Row.

Gênero: Terror, mistério.
Produção: 2009;
Lançamento: 2009.
País: Estados Unidos.
Duração: 101 minutos.
Roteiro: Josh Stolberg, Pete Goldfinger, Mark Rosman.
Direção: Stewart Hendler.
Elenco: Briana Evigan, Leah Pipes, Rumer Willis, Margo Harshman, Jamie Chung, Caroline D'Amore, Audrina Patridge, Matt O'Leary, Julian Morris, Deja Kreutzberg, Matt Lanter, Nikki Moore, Teri Andrez, Adam Barrie, Debra Gordon, Maxx Hennard, Ken Bolden, Nikki Moore, Natalia Dove.