Crítica | Rogue (2020)

Megan Fox enfrenta leoa nervosa feita com CGI ruim no thriller de ação 'Rogue', da diretora M. J. Bassett


Imagem do filme 'Rogue', de M.J. Bassett
Imagem do filme 'Rogue', de M.J. Bassett


Megan Fox, a estrela de Garota Infernal, andava meio sumida do mundo maravilhoso dos filmes sombrios. A boa notícia é que ela está de volta em um longa que, se não chega a dar aquele abraço apertado no gênero terror, pelo menos flerta ocasionalmente com ele. A má notícia é que Rogue tem alguns problemas que comprometem a diversão, principalmente quando se trata de efeitos digitais.

Fox interpreta Samantha O'Hara, a líder durona de um grupo de mercenários durões cuja missão é resgatar uma adolescente mantida em cativeiro por rebeldes em uma região remota e violenta da África. Eles cumprem a tarefa e ainda libertam duas outras prisioneiras, deixando os rebeldes muito irritados. O resultado são balas voando para tudo quanto é lado. E para complicar, uma leoa nervosa aparece e decide abocanhar quem encontrar pela frente.

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Dirigido e roteirizado por M. J. Bassett (Silent Hill: Revelações) com uma ajudinha da filha co-roteirista Isabel Bassett (que interpreta a personagem Tessa), o filme tem várias cenas de ação frenéticas. Há uma boa dose de violência, com direito a maquiagem sangrenta bem feitinha. Gostei especialmente do primeiro ato, que se concentra unicamente no resgate. Mas também me diverti um pouco com aquela briga entre os personagens Pata e Masakh, interpretados por Sisanda Henna (Griekwastad) e Tamer Burjaq (Do Fundo do Mar 2).

Megan Fox em imagem do filme 'Rogue', de M. J. Bassett
Megan Fox em imagem do filme 'Rogue', de M.J. Bassett


Já quando a leoa decide tocar o terror, a coisa desanda. E a culpa é do CGI, que faz a coitadinha parecer um bichinho de pelúcia. Não é aquele tipo de situação divertida, onde o espectador pensa "ei, isso aqui está gloriosamente ridículo" e começa a rolar de rir, como acontece em filmes como Zombeavers: Terror no Lago ou Dead Ant , mas o tipo onde a gente bate o olhe e pensa "hmmm, isso não ficou bom, não".

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A diretora recorre a muitas cenas noturnas para tentar disfarçar os problemas. Engatilha algumas piadas sobre os Backstreet Boys e ocasionalmente coloca Fox agindo como Chucky Norris para que o público não leve seu filme tão a sério. Mas não tem jeito. A artificialidade incomoda e atrapalha demais a imersão.

Imagem do filme 'Rogue', de M. J. Bassett
Imagem do filme 'Rogue', de M.J. Bassett


O fato da ação ser interrompida para que os personagens falem sobre seu passado desinteressante ou para que as reféns ajam como crianças mimadas não ajuda a melhorar a experiência. Ver soldados supostamente treinados tomando decisões que envergonhariam até os adolescentes burros dos filmes slashers, ajuda menos ainda.

Vale para rever a Megan Fox, pelo primeiro ato agitado, pela maquiagem e pela mensagem final. Mas não é um bom filme.

Nota: 4/10

Título original: Rogue.
Gênero: Ação, suspense.
Produção: 2020.
Lançamento: 2020.
País: África do Sul, Reino Unido.
Duração: 105 minutos.
Roteiro: Isabel Bassett, M.J. Basset..
Direção: M.J. Bassett.
Elenco: Megan Fox, Philip Winchester, Greg Kriek, Brandon Auret, Jessica Sutton, Kenneth Fok, Isabel Bassett, Adam Deacon, Sisanda Henna, Tamer Burjaq, Ashish Gangapersad, Calli Taylor, Lee-Anne Liebenberg, Mangaliso Mazibuko, Austin Shandu.

Ed Walter

Criador da 'Sangue Tipo B' e escritor na comunidade de filmes de terror desde 2017. Apaixonado por filmes de terror dos anos 70 e 80. Joga 'Skyrim' até hoje.

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