Megan Fox enfrenta leoa nervosa feita com CGI ruim no thriller de ação 'Rogue', da diretora M. J. Bassett
Imagem do filme 'Rogue', de M.J. Bassett |
Megan Fox, a estrela de Garota Infernal, andava meio sumida do mundo maravilhoso dos filmes sombrios. A boa notícia é que ela está de volta em um longa que, se não chega a dar aquele abraço apertado no gênero terror, pelo menos flerta ocasionalmente com ele. A má notícia é que Rogue tem alguns problemas que comprometem a diversão, principalmente quando se trata de efeitos digitais.
Fox interpreta Samantha O'Hara, a líder durona de um grupo de mercenários durões cuja missão é resgatar uma adolescente mantida em cativeiro por rebeldes em uma região remota e violenta da África. Eles cumprem a tarefa e ainda libertam duas outras prisioneiras, deixando os rebeldes muito irritados. O resultado são balas voando para tudo quanto é lado. E para complicar, uma leoa nervosa aparece e decide abocanhar quem encontrar pela frente.
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Dirigido e roteirizado por M. J. Bassett (Silent Hill: Revelações) com uma ajudinha da filha co-roteirista Isabel Bassett (que interpreta a personagem Tessa), o filme tem várias cenas de ação frenéticas. Há uma boa dose de violência, com direito a maquiagem sangrenta bem feitinha. Gostei especialmente do primeiro ato, que se concentra unicamente no resgate. Mas também me diverti um pouco com aquela briga entre os personagens Pata e Masakh, interpretados por Sisanda Henna (Griekwastad) e Tamer Burjaq (Do Fundo do Mar 2).
Megan Fox em imagem do filme 'Rogue', de M.J. Bassett |
Já quando a leoa decide tocar o terror, a coisa desanda. E a culpa é do CGI, que faz a coitadinha parecer um bichinho de pelúcia. Não é aquele tipo de situação divertida, onde o espectador pensa "ei, isso aqui está gloriosamente ridículo" e começa a rolar de rir, como acontece em filmes como Zombeavers: Terror no Lago ou Dead Ant , mas o tipo onde a gente bate o olhe e pensa "hmmm, isso não ficou bom, não".
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A diretora recorre a muitas cenas noturnas para tentar disfarçar os problemas. Engatilha algumas piadas sobre os Backstreet Boys e ocasionalmente coloca Fox agindo como Chucky Norris para que o público não leve seu filme tão a sério. Mas não tem jeito. A artificialidade incomoda e atrapalha demais a imersão.
Imagem do filme 'Rogue', de M.J. Bassett |
O fato da ação ser interrompida para que os personagens falem sobre seu passado desinteressante ou para que as reféns ajam como crianças mimadas não ajuda a melhorar a experiência. Ver soldados supostamente treinados tomando decisões que envergonhariam até os adolescentes burros dos filmes slashers, ajuda menos ainda.
Vale para rever a Megan Fox, pelo primeiro ato agitado, pela maquiagem e pela mensagem final. Mas não é um bom filme.
Nota: 4/10
Título original: Rogue.
Gênero: Ação, suspense.
Produção: 2020.
Lançamento: 2020.
País: África do Sul, Reino Unido.
Duração: 105 minutos.
Roteiro: Isabel Bassett, M.J. Basset..
Direção: M.J. Bassett.
Elenco: Megan Fox, Philip Winchester, Greg Kriek, Brandon Auret, Jessica Sutton, Kenneth Fok, Isabel Bassett, Adam Deacon, Sisanda Henna, Tamer Burjaq, Ashish Gangapersad, Calli Taylor, Lee-Anne Liebenberg, Mangaliso Mazibuko, Austin Shandu.