Crítica | The Maid (2020)

Ploy Sornarin interpreta jovem empregada que desenterra os segredos sombrios de uma mansão terror de Lee Thongkham


imagem-do-filme-the-maid-14

Após entregar o drama Tears of Remedy e a aventura The Last One,  o diretor tailandês Lee Thongkham está de volta com o terror sobrenatural The Maid. Piyaluk Tuntisrisakul e o próprio Thongkham assinam o roteiro do filme, ambientado em uma mansão onde segredos sombrios se recusam a ficar enterrados.

Joy (Ploy Sornarin) é uma jovem com rosto de bebê que é contratada para trabalhar como empregada doméstica em uma mansão ridiculamente suntuosa e devidamente isolada em algum lugar da Tailândia. Deixar tudo limpinho e servir o jantar para o casal Uma e Nirach (Savika Chaiyadej e Theerapat Sajakul) fazem parte de suas tarefas. Mas Joy passa mais tempo cuidando de Nid (Keetapat Pongrue), a filha pequena dos proprietários da mansão.

$ads={1}

Como esse é um filme sobre casa assombrada, Joy não demora para ver fantasmas. Ou melhor, ela vê uma mulher com o rosto azul, que parece um cosplay bem-vestido daquela garota que muda forma nos filmes dos X-Men. Será que a moça fantasma tem ligação com a empregada que trabalhou na mansão antes de Joy? Como nenhum dos funcionários quer falar sobre o assunto, caberá a nossa heroína solucionar sozinha o mistério.

imagem-do-filme-the-maid-12

O filme é dividido em três capítulos que têm em comum a produção bem cuidada e o trabalho competente tanto da protagonista quanto do elenco de apoio. Já o tom varia bastante. O primeiro capítulo, por exemplo, parece uma das pérolas de Rocky Soraya, o diretor de Boneca Maldita e O Terceiro Olho. Com direito a muitos jump scares fajutos e aparições fantasmagóricas para lá de toscas.

$ads={2}

Dá para segurar o riso na sequência de abertura, onde uma empregada é aterrorizada por um macaquinho fantasma de brinquedo. Mas quando a mulher fantasma de rosto azul começa a pular descaradamente na frente da câmera e a se pendurar em armários para tentar emplacar sustos, fica difícil levar o filme a sério.

imagem-do-filme-the-maid-10

O segundo, muito mais interessante, bebe da fonte de A Criada, de Chan-wook Park. Eu realmente amei os flasbacks que contam a história de Ploy (a bela Kannaporn Puangtong) e trazem à tona uma história trágica de amor, ciúmes e violência. As investigações de nossa heroína não são lá muito empolgantes. Mas acredito que a culpa é menos da atriz e mais do roteiro desajeitado e da abordagem lenta do diretor.

Mas o ponto alto é mesmo o capítulo final, quando Thongkham deixa o drama e as trapalhadas sobrenaturais de lado e abraça elementos de thriller de vingança. A meia hora final apresenta  um massacre insano, onde o vinho se mistura com o sangue, tanto de culpados quanto de inocentes. Os flashbacks e a meia hora final fazem com que The Maid mereça uma espiada.

Nota: 5

Título original: The Maid.
Gênero: Drama, fantasia, terror.
Produção: 2020.
Lançamento: 2020.
País: Tailândia.
Duração: 102 minutos.
Roteiro: Lee Thongkham, Piyaluk Tuntisrisakul.
Direção: Lee Thongkham.
Elenco: Ploy Sornarin, Savika Chaiyadej, Kannaporn Puangtong, Theerapat Sajakul, Keetapat Pongrue, Ratchanok Suwannaket, Natanee Sitthisaman, Sorabodee Changsiri, Venus Saksiri, Ounruan Rachote, Alina Homsangpradit.


Ed Walter

Criador da 'Sangue Tipo B' e escritor na comunidade de filmes de terror desde 2017. Apaixonado por filmes de terror dos anos 70 e 80. Joga 'Skyrim' até hoje.

Postar um comentário

Antes de serem publicados, os comentários serão revisados.

Postagem Anterior Próxima Postagem