Crítica | As Bruxas de Amityville (Witches of Amityville Academy, 2020)

Jovem é arrastada para o centro de confronto sobrenatural em 'As Bruxas de Amityville', da diretora Rebecca Matthews


Imagem do filme 'As Bruxas de Amityville', de Rebecca Matthews
Imagem do filme 'As Bruxas de Amityville', de Rebecca Matthews


Aposto que você não sabia que existe uma academia para bruxas em Amityville. Eu também não. Mas, felizmente, a diretora Rebecca Matthews (Pet Graveyard) e seu roteirista Tom Jolliffe jogam uma luz sob nossa ignorância com As Bruxas de Amityville, tosqueira ocasionalmente cômica que mistura no mesmo caldeirão, ingredientes de Harry Potter e do remake de Suspiria.

Sarah T. Cohen (ClownDoll) interpreta Jessica, uma jovem que recebe uma inesperada carta de aceitação da prestigiada Academia de Amityville. Inesperada porque ela nunca se inscreveu lá, para início de conversa. Mas ela aceita mesmo assim, e não demora para chegar a seu destino — uma casa qualquer no meio de uma floresta qualquer, onde jovens mulheres vestidas com roupas engraçadas a esperam, algumas de braços abertos, outras com cara de poucos amigos.

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O que Jessica não sabe é que suas anfitriãs são bruxas que querem invocar um demônio para... destruir o mundo, eu acho. Será que nossa heroína risonha vai manifestar um poder secreto que poderá colocar um fim nas malvadezas das bruxas? Será que ela será treinada por bruxas boazinhas para usar seus grandes poderes com grande responsabilidade? Será que o espectador vai perceber que o filme foi rodado na Inglaterra e não em Long Island, e que a história não tem nenhuma relação com a franquia Amityville?

Amanda-Jade Tyler em imagem do filme 'As Bruxas de Amityville', de Rebecca Matthews
Amanda-Jade Tyler em imagem do filme 'As Bruxas de Amityville', de Rebecca Matthews


É difícil defender os valores de produção de As Bruxas de Amityville. Eu até gostei da maquiagem e do trabalho da equipe de efeitos práticos durante a primeira cena de sacrifício. Mas o resto é muito modesto, quase amador. As batalhas sobrenaturais se resumem às bruxas fazendo poses e lançando raios pelas mãos. Ou apenas fazendo poses sem que nenhum raio apareça, pois, aparentemente, alguém esqueceu de inseri-los na pós-produção.

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Confesso que dei algumas risadas da atriz estreante Amanda-Jade Tyler, que parece estar se divertindo horrores exagerando bastante no papel da bruxa Dominique, líder do coven. Cheia de poses extravagantes dignas de vilões de histórias em quadrinhos, Dominique também não dispensa caras e bocas enquanto arquiteta seus planos malignos ou tenta romper as proteções místicas que protegem a casa que abriga nossa heroína.

Imagem do filme 'As Bruxas de Amityville'
Imagem do filme 'As Bruxas de Amityville', de Rebecca Matthews


Kira Reed Lorsch (Blood Countess), Brittan Taylor (Um Anjo em Minha Vida) e Donna Spangler (American Poltergeist) surgem como as bruxas boazinhas Sam, Elena e Lucy, que equilibram a batalha entre o bem e o mal. Suas cenas são arrastadas e sonolentas. Ocasionalmente rola um momento que, de tão ruim, acaba se tornando divertido. Mas não divertido o suficiente para salvar o filme.

Nota: 3/10

Título original: Witches of Amityville Academy.
Gênero: Terror.
Produção: 2020.
Lançamento: 2020.
País: Reino Unido.
Duração: 1 h 31 min.
Roteiro: Tom Jolliffe.
Direção: Rebecca Matthews.
Elenco: Kira Reed Lorsch, Donna Spangler, Nicola Wright, Georgina Jane, Sarah T. Cohen, Amanda-Jade Tyler, Jake Francis, Jon Callaway, Brittan Taylor, Sophie Jay, Barbara Dabson, Toby Wynn-Davies, Eva Burton, Venetia Cook, Jim Arnold.

Ed Walter

Criador da 'Sangue Tipo B' e escritor na comunidade de filmes de terror desde 2017. Apaixonado por filmes de terror dos anos 70 e 80. Joga 'Skyrim' até hoje.

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