Crítica | Awake (2021)

Gina Rodriguez estrela o thriller pós-apocalíptico da Netflix, sobre mãe que tenta proteger os filhos em um mundo onde a humanidade perdeu a capacidade de dormir


Imagem do filme 'Awake', de Mark Raso | ©Peter H. Stranks/Netflix


O canadense Mark Raso estreou na direção de longas-metragens em 2014, com a aventura Copenhagen. Em 2017 ele dirigiu o drama Kodachrome, e agora está de volta com Awake, um thriller pós-apocalíptico que nos convida a conhecer um mundo onde a humanidade perdeu completamente a capacidade de dormir.

Gina Rodriguez (Aniquilação), Ariana Greenblatt (Amor e Monstros) e Lucius Hoyos (Ecos da Escuridão) estrelam o filme, roteirizado pelo próprio Mark Raso em parceria com o irmão, Joseph, tendo como base uma história de Gregory Poirier (O Som do Trovão). Awake é uma produção original da Netflix, e já está disponível no serviço de streaming.

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Jill (Rodriguez) é uma ex-militar de passado traumático que tenta uma reaproximação com os filhos, uma menina de olhos brilhantes chamada Matilda (Greenblatt) e um garoto estressado chamado Noah (Hoyos). Durante um passeio de carro, a família presencia um evento misterioso que faz com que aparelhos eletrônicos parem de funcionar e também afeta as pessoas, causando-lhes o que pode ser descrito como uma insônia permanente.

Imagem do filme 'Awake', de Mark Raso | ©Peter H. Stranks/Netflix


Ao retratar a jornada de uma mãe em busca de um lugar seguro para os filhos, Awake remete imediatamente a Bird Box, outro thriller pós-apocalíptico da Netflix, onde Sandra Bullock lidar com criaturas cuja simples visão pode matar. Só que ao invés de monstros, o inimigo agora são as pessoas, que começam a enlouquecer devido à privação de sono. No caminho de Jill surgem assaltantes, fugitivos e alguns nudistas (!). Sem contar fanáticos religiosos e cientistas com intenções duvidosas, que querem saber porque sua filha Matilda não foi afetada pelo fenômeno e parece ser uma das únicas pessoas no mundo que ainda consegue dormir.

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Rolam alguns momentos de ligeira tensão, em especial nas cenas do acidente, da visita à garagem e da aula de direção que acaba sendo interrompida por convidados inesperados. Os efeitos especiais são competentes. Como cada minuto sem dormir significa um grau a mais de loucura para todos (inclusive para a protagonista), você pode esperar por uma conclusão insana. Já o drama familiar é chato, e constantemente empaca a história.

Imagem do filme 'Awake', de Mark Raso | ©Peter H. Stranks/Netflix


Independentemente disso, creio que sua experiência com o filme dependerá mais da maneira como reagirá a certas decisões do diretor e seus de co-roteiristas. Digo isso porque o primeiro ato de Awake é atropelado. Antes que os personagens possam assimilar o que está acontecendo, o caos já tomou conta da cidade e, presume-se, do planeta. A galera frequentemente toma decisões sem pé nem cabeça. E até a montagem parece meio perdida, como se omitisse partes importantes da história.

Você fica livre para enxergar tudo isso como erros, decisões ruins, ou um caos cuidadosamente planejado para que o espectador compartilhe de parte da confusão mental que toma conta dos personagens. Dependendo de sua escolha, sinta-se à vontade para acrescentar ou excluir um ponto na minha nota final.

Nota: 5/10

Título original: Awake.
Gênero: Ação, suspense, drama.
Produção: 2021.
Lançamento: 2021.
País: Estados Unidos.
Duração: 98 minutos.
Roteiro: Joseph Raso, Mark Raso, Gregory Poirier.
Direção: Mark Raso.
Elenco: Gina Rodriguez, Ariana Greenblatt, Lucius Hoyos, Shamier Anderson, Jennifer Jason Leigh, Finn Jones, Frances Fisher, Gil Bellows, Sergio Di Zio, Barry Pepper, Brigitte Robinson, Elias Edraki, Alex House, Patrick Garrow, Edsson Morales, Joan Gregson.

Ed Walter

Criador da 'Sangue Tipo B' e escritor na comunidade de filmes de terror desde 2017. Apaixonado por filmes de terror dos anos 70 e 80. Joga 'Skyrim' até hoje.

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