Crítica | The Amityville Moon (2021)

Lobisomem aterroriza internas de casa de recuperação em 'The Amityville Moon', do diretor e roteirista Thomas J. Churchill


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Imagem do filme 'The Amityville Moon', de Thomas J. Churchill


Em 2020, o diretor Thomas J. Churchill entregou The Amityville Harvest, sobre uma equipe de documentários que encontra um homem com poderes sobrenaturais em uma mansão em ruínas. Como não assisti, não sei como a história de conecta com a da casa assombrada mais famosa do mundo. Mas assisti o novo filme do diretor, The Amityville Moon, e posso dizer que ele não tem conexão alguma com Amityville.

Com roteiro do próprio Churchill, The Amityville Moon é um filme de lobisomens. Tem seus altos e baixos. O ponto alto é o visual da criatura, meio borrachudo, mas aceitável para uma produção de baixíssimo orçamento. Os pontos baixos são... bem, o resto do filme é muito ruim.


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Você terá uma amostra dos dois extremos na cena de abertura, quando um homem que eu não sei quem é descobre que balas normais são inúteis contra lobisomens. Terá outra na cena seguinte, que se passa dez anos depois e mostra duas jovens tentando escapar de uma casa de recuperação para meninas problemáticas administrada pela igreja. Graças a outra aparição do lobisomem, a fuga das moças não termina muito bem.

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Imagem do filme 'The Amityville Moon', de Thomas J. Churchill


O monstro toma chá de sumiço em boa parte do resto do filme, que passa a se concentrar nas investigações do detetive da polícia de Nova York, Kimball (Trey McCurley, de Um Segredo a Caminho). Kimball quer saber do paradeiro duas jovens citadas no parágrafo acima. Antes disso, participa de uma reunião enfadonha que serve apenas para nos informar que ele é um policial casca-grossa cujos métodos de trabalho desagradam seus superiores.


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Quando a investigação começa, o ritmo de The Amityville Moon não melhora. Kimball conversa sem parar com o padre Peter (David B. Meadows, de Imperium: Resistência Sem Líder), com a irmã Ruth (Tuesday Knight, de Estranha Obsessão) e com a interna Mandy (Augie Duke, de Necropolis: Legion), que parece disposta a expor os segredos sombrios da casa de recuperação. Ou talvez não, já que ela encontra um braço decepado em um cômodo e se esquece de avisar a polícia.

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Imagem do filme 'The Amityville Moon', de Thomas J. Churchill


O diretor também gasta um bom tempo mostrando reuniões de grupo, onde as moças contam detalhes de seu passado. Essas cenas são tão sonolentas que me fizeram querer avançar o filme em velocidade acelerada. O que quebra um pouco o tédio são os momentos de humor involuntário, incluindo uma briga de bar que só não é mais tosca do que a cena em que a personagem Alyssa tenta chorar.

Alyssa é interpretada por Alex Rinehart, que já participou de tosqueiras deliciosas como O Quarto Escuro e Art of the Dead. Acredito que se o diretor tivesse aproveitado mais o potencial cômico da atriz, ou se desse mais destaque aos ataques do lobisomem, The Amityville Moon seria um bom filme. Pensando melhor, acho que não.  Mas talvez fosse mais divertido.

Nota: 1.8/10

Título original: The Amityville Moon.
Gênero: Terror.
Produção: 2021.
Lançamento: 2021.
País: Estado Unidos.
Duração: 1h 32min
Roteiro: Thomas J. Churchill.
Direção: Thomas J. Churchill.
Elenco: Alex Rinehart, Cody Renee Cameron, Michael Cervantes, Sheri Davis, Augie Duke, Michael Gaglio, Alexis Iacono, Cerra Jiana, Tuesday Knight, Trey McCurley, David B. Meadows, Rebecca Lynne Morley, Sarah Polednak, Brett Wagner, Christina Ward, Vincent M. Ward, Katarina Leigh Waters, Kelsey Zukowski.

Ed Walter

Criador da 'Sangue Tipo B' e escritor na comunidade de filmes de terror desde 2017. Apaixonado por filmes de terror dos anos 70 e 80. Joga 'Skyrim' até hoje.

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