Crítica | Boa Noite, Mamãe! (Goodnight Mommy, 2022)

Matt Sobel dirige o remake de 'Boa Noite, Mamãe!', filme da Prime Video sobre irmãos que desconfiam que sua mãe é uma impostora


A atriz Naomi Watts no filme 'Boa Noite, Mamãe!', de Matt Sobel
A atriz Naomi Watts no filme 'Boa Noite, Mamãe!', de Matt Sobel. Foto: ©Amazon Prime Video


Produção da Prime Video, Boa Noite, Mamãe! é um filme de terror psicológico sobre dois irmãos que começam a desconfiar do comportamento estranho de sua mãe. É o remake de um filme de mesmo nome (na verdade, o original era apenas "Boa Noite, Mamãe", sem o "!") dirigido pelos austríacos Severin Fiala e Veronika Franz. Os dois são produtores executivos da versão americana.

Matt Sobel (minissérie Vingança Sabor Cereja) assume a direção do remake, estrelado por Naomi Watts (O Chamado) e os irmãos Cameron Crovetti (Agente Oculto) e Nicholas Crovetti (Ligados Pelo Sangue). O roteiro é de Kyle Warren, conhecido por escrever episódios das séries Os Mistérios de Laura e Máquina Mortífera. Boa Noite, Mamãe! já está disponível no catálogo da Prime Video.

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Conhecemos os gêmeos Elias (Cameron) e Lukas (Nicholas) quando chegam a uma casa moderna isolada, cercada pela natureza, para reencontrar a mãe sem nome (Watts), que acabou de se submeter a uma cirurgia estética facial. Tirando o espanto pelo fato da mãe estar usando uma máscara que a deixa parecida com um assassino de filme slasher, o reencontro é agradável. Pelo menos até que os meninos comecem a suspeitar que a mulher pode ser uma impostora.

Os atores Cameron Crovetti e Nicholas Crovetti no filme 'Boa Noite, Mamãe!', de Matt Sobel
Os atores Cameron Crovetti e Nicholas Crovetti no filme 'Boa Noite, Mamãe!', de Matt Sobel. Foto: ©Amazon Prime Video


O longa-metragem original (leia nossa crítica) foi um dos precursores do pós-terror, movimento cinematográfico que surgiu com a promessa de "elevar" o gênero para além dos sustos e do gore, mas que acabou virando sinônimo de filme chato que não entrega o que promete. Era um terror psicológico de desenvolvimento lento, que só pegava embalo no ato final. Para minha surpresa, o remake tem um ritmo muito mais fluído, e minha experiência nos dois primeiros atos foi bastante positiva.

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O diretor Matt Sobel utiliza bem a trilha sonora para dar o devido destaque às cenas de suspense, algo que o original ficou devendo. Também gostei dos diálogos extras, que não chegam a ser expositivos, mas conseguem deixar a história mais acessível para o público. Esse detalhe também garante mais personalidade à mãe misteriosa e a seus filhos desconfiados, diferenciando-os bastante das figuras frias do filme de 2014.

Naomi Watts, Cameron Crovetti e Nicholas Crovetti no filme 'Boa Noite, Mamãe!', de Matt Sobel
Naomi Watts, Cameron Crovetti e Nicholas Crovetti no filme 'Boa Noite, Mamãe!', de Matt Sobel. Foto: David Giesbrecht/Prime Video - © 2022 Amazon Content Services LLC


Curiosamente, o remake escorrega no último ato, justamente no ponto onde o original mais se destacava. Para evitar spoilers, direi apenas que o último ato de Boa Noite, Mamãe! deixa de ser perturbador para se tornar um drama açucarado. E isso é realmente uma pena, pois um final mais cascudo, mesmo não sendo tão chocante quanto o do primeiro filme, poderia ter feito uma enorme diferença aqui.

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Quanto à revelação sobre o grande mistério do filme... bem, ela continua óbvia, não deve causar grande impacto nos fãs de longa data do gênero, mas tem potencial para surpreender o público casual. Somando prós e contras, mesmo arriscando ser chamado de "o cara chato que rema contra a maré", preciso confessar que gostei mais do remake.

Nota: 5/10

Título Original: Goodnight Mommy.
Gênero: Drama, suspense, terror.
Produção: 2022.
Lançamento: 2022.
País: Estados Unidos da América.
Duração: 1 h 32 min.
Roteiro: Kyle Warren.
Direção: Matt Sobel.
Elenco: Naomi Watts, Cameron Crovetti, Nicholas Crovetti, Peter Hermann, Crystal Lucas-Perry, Jeremy Bobb.

Ed Walter

Criador da 'Sangue Tipo B' e escritor na comunidade de filmes de terror desde 2017. Apaixonado por filmes de terror dos anos 70 e 80. Joga 'Skyrim' até hoje.

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