Crítica | Como Eu Morro (Tell Me How I Die, 2016)

Jovens capazes de prever as próprias mortes são perseguidos por assassino em laboratório remoto em 'Como Eu Morro', slasher sci-fi do diretor DJ Viola


Virginia Gardner como Ana no filme 'Como Eu Morro', de DJ Viola
Virginia Gardner como Ana no filme 'Como Eu Morro', de DJ Viola


Um grupo de voluntários de um experimento científico vira alvo de um assassino neste filme de terror dirigido por DJ Viola. Híbrido de slasher e ficção científica, Como Eu Morro é o longa-metragem de estreia de Viola, que mais tarde entregaria filmes para a TV como Terror na floresta e O Segredo da Irmã, ambos de 2018.

O filme, com início promissor e desenvolvimento nem tanto, é estrelado por Virginia Gardner, que participou do reboot de Halloween, da Blumhouse, e foi vista este ano no indutor de vertigem A Queda. Nathan Kress (No Olho do Tornado) e Kirby Bliss Blanton (Canibais) também estão no elenco. O roteiro é do próprio DJ Viola, em parceria com James Hibberd e Rob Warren Thomas.

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Gardner interpreta Ana, uma jovem garçonete desempregada que viaja para as instalações isoladas do Laboratório Hallorann, onde participará do teste experimental de um novo medicamento para a memória chamado A9913. Outros jovens sem dinheiro também estão confortavelmente instalados no local cercado por neve, onde permanecerão por um mês e, é claro, receberão um bom pagamento pelo esforço.

Imagem do filme 'Como Eu Morro', de DJ Viola
Imagem do filme 'Como Eu Morro', de DJ Viola


O objetivo da pesquisa conduzida pelo Dr. Jerrems (William Mapother, da série Lost) é estimular a memória das cobaias voluntárias, desbloqueando praticamente todo tipo de lembrança. O problema é que os jovens começam a morrer, não porque sofreram algum efeito nocivo da medicação, mas porque estão sendo caçados por um assassino misterioso.

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Não que o medicamento não tenha seus efeitos colaterais. Na verdade, ele acaba dando a seus usuários o poder de prever o futuro, o que seria uma benção se o futuro não fosse suas próprias mortes. Na teoria, temos um encontro de Sexta-Feira 13 com Premonição. Na prática, as coisas não são tão empolgantes assim. Como eu Morro demora tempo demais para chegar onde precisa. Carece de momentos de tensão e suspense, senso de urgência e, principalmente, de cenas de mortes divertidas.

Virginia Gardner como Ana no filme 'Como Eu Morro', de DJ Viola
Virginia Gardner como Ana no filme 'Como Eu Morro', de DJ Viola


Para ser justo, a revelação de que o assassino também se submeteu ao tratamento de memória, e pode prever como suas vítimas reagirão a seus ataques, cria uma dinâmica interessante. Rende até uma batalha relativamente bem filmada, ambientada em uma piscina. Esses ocasionais momentos de brilho, porém, se diluem graças ao ritmo enfadonho e a falta de ousadia da direção.

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Os personagens não são particularmente interessantes, mas até que gostei de Nathan Kress no papel de Den. E, é claro, de Kirby Bliss Blanton como Kristen, provavelmente porque ela me lembrou da Dianne, personagem de Lucy Davis em Todo Mundo Quase Morto. Embora seja ambientado em uma região gelada, durante uma tempestade de neve, o final de Como Eu Morro é morno. Mais até do que o resto do filme, reforçando a ideia de potencial mal aproveitado.

Nota: 4/10

Título original: Tell Me How I Die.
Gênero: Ficção científica, suspense.
Produção: 2016.
Lançamento: 2016.
Pais: Estados Unidos.
Duração: 1h 47min.
Roteiro: DJ Viola, James Hibberd e Rob Warren Thomas.
Direção: DJ Viola.
Elenco: Nathan Kress, Virginia Gardner, Kirby Bliss Blanton, Ryan Higa, Mark Furze, Ethan Peck, William Mapother, Mark Rolston, Marnie Alexenburg, Christopher Allen, Katie Booth, Shaun J. Brown, Daisun Cohn-Williams, Barry Habib, Julia Ling, Reiley McClendon, Mishel Prada, Wayne Alon Scott, Matthew Skomo, Pam Trotter.

Ed Walter

Criador da 'Sangue Tipo B' e escritor na comunidade de filmes de terror desde 2017. Apaixonado por filmes de terror dos anos 70 e 80. Joga 'Skyrim' até hoje.

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