Crítica | Pool Party Massacre (2017)

Festa na piscina só para garotas vira banho de sangue em 'Pool Party Massacre', do diretor Drew Marvick


Imagem do filme 'Pool Party Massacre', de Drew Marvick
Imagem do filme 'Pool Party Massacre', de Drew Marvick


Em The Slumber Party: O Massacre, a festa do pijama de uma estudante do ensino médio se transforma em um banho de sangue quando um assassino em série carregando uma furadeira gigante decide participar sem ser convidado. Mais de três décadas depois, somos presenteados com uma história semelhante, só que, desta vez, a matança acontece durante uma festa na piscina.

Pool Party Massacre apresenta a atriz estreante Kristin Noel McKusick como Blaire Withorpe, uma jovem socialite mimada deixada para cuidar da casa da família (e da premiada cachorra Darla) enquanto os pais estão fora da cidade. Blaire convida suas amigas para uma festa na piscina, mas a chegada de um assassino misterioso que aterroriza a vizinhança usando ferramentas da oficina de garagem transforma a diversão ao sol em morte ao amanhecer.

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Pool Party Massacre foi anunciado como uma homenagem bem humorada aos slashers oitentistas de baixíssimo orçamento, e o diretor e roteirista Drew Marvick (que também interpreta o assassino) entrega exatamente o que promete. Humor grosseiro, atuações deliciosamente exageradas e efeitos práticos surpreendentemente efetivos fazem parte do cardápio. Moças atraentes de biquíni (e às vezes sem) também, já que nenhuma homenagem aos slashers oitentistas fica completa sem isso.

Imagem do filme 'Pool Party Massacre', de Drew Marvick
Imagem do filme 'Pool Party Massacre', de Drew Marvick


Enquanto jovens morrem em situações comprometedoras e o sangue falso rola solto, conhecemos outros personagens como Tiffany (a atriz de filmes adultos Alexis Adams), que convida o namorado para a festa, mesmo ela sendo só para garotas. Também somos apresentados à melhor amiga de Blair, a adorável Nancy, interpretada por Margaux Némé, que parece ser a única atriz que está levando o filme minimamente a sério.

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Uma mistura de punk, heavy metal e som eletrônico embala a festa e as mortes, mais hilárias do que assustadoras. Em certo ponto, cheguei a desejar que o filme se passasse nos anos 80 em vez da época atual, o que certamente garantiria um charme a mais para a produção.

Imagem do filme 'Pool Party Massacre', de Drew Marvick
Imagem do filme 'Pool Party Massacre', de Drew Marvick


Mas, enquanto a homenagem a filmes retrô tem seus méritos, o ritmo adotado pelo diretor funciona contra a obra. Acredito que Pool Party Massacre poderia ter se beneficiado de alguns cortes na sala de edição, especialmente em algumas cenas de diálogo desnecessariamente prolongadas no meio do caminho. Penso até que alguns personagens poderiam ter sido excluídos do corte final ou simplesmente terem sido apresentados e enviados diretamente para as mãos do vilão.

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A teoria de Clay (Nick Byer) sobre a conexão entre Clube da Luta e Curtindo a Vida Adoidado, por exemplo, é hilária. No entanto, o roteiro perde tanto tempo martelando na mesma tecla que o personagem se torna insuportável. E ainda temos que acompanhá-lo por um bom tempo durante suas tentativas frustradas de se aproximar das moças.

Imagem do filme 'Pool Party Massacre', de Drew Marvick
Imagem do filme 'Pool Party Massacre', de Drew Marvick


Outros momentos que testam a paciência surgem pelo caminho, e mesmo que o diretor ainda consiga arrancar alguns risos, é difícil não se entediar com o falatório. Marvick mostra que não tem dificuldade em inventar saídas criativas para driblar orçamentos microscópicos, mas definitivamente precisa aperfeiçoar o ritmo de suas histórias.

Nota: 5/10

Título original: Pool Party Massacre.
Gênero: Comédia, terror.
Produção: 2017.
Lançamento: 2017.
Pais: Estados Unidos.
Duração: 81 minutos.
Roteiro: Drew Marvick.
Direção: Drew Marvick.
Elenco: Kristin Noel McKusick, Sally Burnswello, Jenifer Marvick, Crystal Stoney, Dora Deceuninck, Destiny Faith Nelson, Alexis Adams, Nick Byer, Paul Card, Jimmy Grosse, Drew Marvick.

Ed Walter

Criador da 'Sangue Tipo B' e escritor na comunidade de filmes de terror desde 2017. Apaixonado por filmes de terror dos anos 70 e 80. Joga 'Skyrim' até hoje.

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