Crítica | Piranha 2 (Piranha 3DD, 2012)

Peixes pré-históricos aterrorizam parque aquático na continuação de 'Piranha 3D', dirigida por John Gulager

Danielle Panabaker e Matt Bush em imagem do filme 'Piranha 2', de John Gulager

Por Ed Walter

Piranha 2 (não confundir com o filme homônimo de James Cameron, que tem o subtítulo Assassinas Voadoras) é a continuação de Piranha 3D, o delicioso remake do clássico de Joe Dante que Alexandre Aja dirigiu em 2010. John Gulager, realizador de Banquete no Inferno, substitui Aja na direção do longa. Patrick Melton, Marcus Dunstan e Joel Soisson assinam o roteiro.

A trama é ambientada um ano depois que um terremoto libertou um cardume de piranhas pré-históricas que transformaram o spring break do Lago Victoria em um banho de sangue. O cenário agora é o parque aquático Big Wet, localizado na cidade de Merkin, no Arizona, não muito longe do Lago Victoria. A atração está prestes a ser inaugurada. E o evento coincide com o surgimento de novos peixes esfomeados que, é claro, vão aparecer por lá para devorar todo mundo.

Meagan Tandy e Katrina Bowden em imagem do filme 'Piranha 2', de John Gulager


Danielle Panabaker (série Flash) lidera o elenco no papel de Maddy, a enteada do dono do Big Wet (David Koechner, de Tudo Por um Furo). No início sua função é de manifestar insatisfação diante de algumas atrações que o padrasto está planejando para o parque, que inclui até shows com strippers aquáticas. Quando descobre que os visitantes podem estar na mira dos peixes assassinos, Maddy assume o papel de salvadora.

A atmosfera trash, o humor grosseiro e a farta dose de nudez gratuita presentes no filme original são mantidos na continuação. O CGI continua divertido e os efeitos práticos, mais ainda. Há uma boa quantidade de sangue falso, com destaque para uma sequência bizarra envolvendo os personagens de Katrina Bowden (Monolith) e Jean-Luc Bilodeau (Contos do Dia das Bruxas). É uma situação trágica. Mas é difícil não rir do rumo que a coisa toma.

Katrina Bowden e Danielle Panabaker em imagem do filme 'Piranha 2', de John Gulager

Alguns personagens de Piranha 3D estão de volta, como o biólogo excêntrico Goodman (Christopher Lloyd, em uma atuação ainda mais exagerada que a anterior) e o policial Fallon, interpretado por Ving Rhames. Gary Busey faz uma participação especial. E até David Hasselhoff, astro das séries A Super Máquina e Baywatch, aparece interpretando ele mesmo.

Mas, diferente de Piranha 3D onde Eli Roth fazia uma participação tão rápida que quase nem era notado, aqui os nobres convidados especiais — principalmente Hasselhoff — recebem atenção excessiva, o que acaba prejudicando o ritmo do filme. Se na primeira metade havia um equilíbrio entre terror e comédia, com a chegada dos novos personagens o diretor descamba para o lado do humor nonsense. E o massacre final, que deveria ser o melhor momento do filme, acaba perdendo boa parte de seu impacto.

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O melhor: Mantém quase todos os elementos divertidos do primeiro filme.
O pior: A sequência do ataque final é comprometida pelo excesso de situações nonsense.

Título original: Piranha 3DD.
Gênero: Terror, comédia.
Produção: 2012.
Lançamento: 2012.
Pais: Estados Unidos, Japão.
Duração: 83 minutos.
Roteiro: Patrick Melton, Marcus Dunstan, Joel Soisson.
Direção: John Gulager.
Elenco: Danielle Panabaker, Katrina Bowden, Matt Bush, Jean-Luc Bilodeau, David Koechner, Chris Zylka, Meagan Tandy, Ving Rhames, David Hasselhoff, Sierra Fisk, Adrian Martinez, Paul James Jordan, Paul Scheer, Gary Busey, Clu Gulager.

Ed Walter

Criador da 'Sangue Tipo B' e escritor na comunidade de filmes de terror desde 2017. Apaixonado por filmes de terror dos anos 70 e 80. Joga 'Skyrim' até hoje.

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