Rob Lowe e Mckenna Grace estrelam nova adaptação do livro de William March; 'Tara Maldita' acompanha pai que desconfia que sua filha pequena pode ser uma assassina
Em 1956, o diretor Mervyn LeRoy levou para as telas a primeira adaptação do livro A Tara Maldita, de William March, e viu seu trabalho ser reconhecido ao receber quatro indicações ao Oscar. Em 1985, Paul Wendkos dirigiu um filme para a TV baseado no livro. E agora é a vez de Rob Lowe (Monster Trucks) entregar sua versão da história em uma produção do Lifetime. Lowe também estrela ao lado da atriz mirim Mckenna Grace, de Amityville: O Despertar e Annabelle 3: De Volta Para Casa.
Grace interpreta Emma, uma garotinha criada pelo pai, David (Lowe), depois que sua mãe faleceu (no original quem cuidava da menina era sua mãe, e ela não era viúva). Papai David se esforça para confortar a menina após a morte acidental de um colega de escola. Mas quando outras pessoas começam a morrer em circunstâncias misteriosas, ele se depara com indícios chocantes de que sua filha pode estar diretamente envolvida nas tragédias.
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Boa parte de Tara Maldita se concentra na tentativa de David de lidar com fatos que, a certa altura, não podem mais ser ignorados. Lá pelo meio do filme entra em cena a Dra. March, uma psicóloga encarregada de avaliar se a menina é uma criança inofensiva ou a tal "semente ruim" do título original. A personagem é interpretada por Patty McCormack, que fez a garota problemática no filme de 1956. Eu realmente amei o momento em que March diz a Emma "Você lembra a mim quando eu tinha a sua idade".
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Rob Lowe e Mckenna Grace em imagem do filme 'Tara Maldita' |
Grace está maravilhosa no papel da menina suspeita. Seus olhares assustadores transmitem uma estranha sensação de que todos à sua volta estão em perigo. A coisa fica ainda mais perturbadora quando Emma tenta simular emoções que definitivamente não tem, o que inclui sessões de sorrisos forçados em frente ao espelho. Isso sem contar algumas frases bizarras, que evidenciam sua lógica distorcida.
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O empregado Leroy, figura importante no filme original, não dá as caras na nova versão. Em compensação, temos a babá Chloe (Sarah Dugdale, de Death of a Cheerleader), que segue um caminho parecido, mas traz algumas situações novas para o filme. Seduzir o patrão escorregadio está no topo de suas prioridades. Mas sempre sobra um tempinho para se envolver em alguns conflitos com Emma, o que gera alguns dos momentos mais divertidos do filme.
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Mckenna Grace em imagem do filme 'Tara Maldita', de Rob Lowe |
É provável que alguns se incomodem com o roteiro de Barbara Marshall, que deixa algumas perguntas sem resposta (como a menina conseguiu pegar sozinha aquele "presente" e colocar dentro de um carro supostamente trancado?). A edição abusa um pouco de efeitos de fade durante as transições. Mas esse é um recurso comum em produções televisivas, e não chega a atrapalhar a experiência.
O fato do diretor pisar no freio na hora de mostrar algumas cenas de violência talvez decepcione quem esperava por um filme mais cascudo. Mas se você encarar a obra como um drama com elementos de terror, pode encontrar uma boa diversão aqui.
Nota: 6/10
Título original: The Bad Seed.
Gênero: Drama, suspense, terror.Produção: 2018.
Lançamento: 2018.
País: Estados Unidos.
Duração: 87 minutos.
Roteiro: Barbara Marshall.
Diretor: Rob Lowe.
Elenco: Rob Lowe, Mckenna Grace, Sarah Dugdale, Marci T. House, Lorne Cardinal, Chris Shields, Cara Buono, Patty McCormack, Shauna Johannesen, Luke Roessler, Robert Egger, John Emmet Tracy, Nevis Unipan, Kate Isaac, Carly Bentall.
Ter a palavra "tara" no título é bem adequado, pois esse filme é uma bela amostra da tara de Hollywood pela junção de crianças e temas nada infantis(como terror, assassinato, violência, maldade, etc...).
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