Alli Hart e Mike Mayhall interpretam casal que participa do jantar mais medonho de suas vidas no terror 'Ceia Macabra', do diretor Miles Doleac
Jantares em filmes de terror costumam render situações tensas, divertidas e, às vezes, sangrentas. Aconteceu no clássico O Massacre da Serra Elétrica, no suspense psicológico O Convite e no trash Fome Animal. Agora acontece em Ceia Macabra, novo trabalho do diretor Miles Doleac, do terror sobrenatural Demons. Doleac e Michael Donovan Horn assinam o roteiro do filme, estrelado por Mike Mayhall (Os Domésticos) e Alli Hart (Blood of Drago).
O filme segue o dramaturgo iniciante Jeff (Mayhall) e sua esposa Haley (Hart), convidados por figuras da alta sociedade para um jantar secreto em uma mansão elegante. Jeff espera que os ricaços financiem uma peça que escreveu para a Broadway. Haley não demora para desconfiar que existem intenções sombrias por trás do convite inesperado, especialmente após perceber que a festa estranha está lotada de gente esquisita.
A metade inicial de Ceia Macabra é marcada por muitas conversas. Sobre ópera, traumas de infância, vinhos, cartas de tarô e amuletos da sorte. Esses momentos se estendem para além do necessário, mas servem para criar um clima de desconforto crescente, como se nos alertassem discretamente sobre os horrores que aguardam os personagens. Ok, talvez não tão discretamente assim, pois uma cena de flash-forward no início dá aos espectadores uma ideia do derramamento de sangue que está por vir.
O filme segue o dramaturgo iniciante Jeff (Mayhall) e sua esposa Haley (Hart), convidados por figuras da alta sociedade para um jantar secreto em uma mansão elegante. Jeff espera que os ricaços financiem uma peça que escreveu para a Broadway. Haley não demora para desconfiar que existem intenções sombrias por trás do convite inesperado, especialmente após perceber que a festa estranha está lotada de gente esquisita.
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A metade inicial de Ceia Macabra é marcada por muitas conversas. Sobre ópera, traumas de infância, vinhos, cartas de tarô e amuletos da sorte. Esses momentos se estendem para além do necessário, mas servem para criar um clima de desconforto crescente, como se nos alertassem discretamente sobre os horrores que aguardam os personagens. Ok, talvez não tão discretamente assim, pois uma cena de flash-forward no início dá aos espectadores uma ideia do derramamento de sangue que está por vir.
Miles Doleac e Lindsay Anne Williams como Vincent e Sadie no filme 'Ceia Macabra', de Miles Doleac. Foto: © 2020 Historia Films, LLC |
É claro que alguns podem ficar entediados com a montanha de diálogos. Mas sua paciência será recompensada na metade final, quando as peças do quebra-cabeça começam a se encaixar e o diretor deixa a bizarrice tomar conta da tela. Não dá para falar muito sobre o que acontece com os personagens. Mas o cardápio de horrores é variado, e a selvageria macabra vem acompanhada de doses generosas de humor-negro.
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Eu realmente gostei do trabalho da atriz Alli Hart. Primeiro porque ela me lembrou da Joey King, e segundo porque ela manda muito bem, tanto nos diálogos quanto nas cenas mais revoltantes, onde expressa seu horror e repulsa de forma bastante crível. Sua Haley começa como esposa reprimida e gradualmente vai descobrindo uma força que nem imaginava ter. Não é um empoderamento feminino forçado, como aconteceu em filmes recentes como Corra, Querida, Corra, mas uma evolução natural, que fica ainda mais interessante quando entendemos o verdadeiro objetivo do jantar.
Alli Hart e Mike Mayhall como Haley e Jeff no filme 'Ceia Macabra', de Miles Doleac. Foto: © 2020 Historia Films, LLC |
Mike Mayhall não decepciona como o marido controlador, Jeff. Os anfitriões sinistros desse jantar infernal não ficam atrás, cada um com suas próprias motivações, objetivos e perversões. Carmine (Bill Sage, de Colisão Mortal) lidera o grupo com elegância. Sebastian (Sawandi Wilson, de Megarrromântico) diverte com seu humor excêntrico. Vicent (o próprio diretor, Miles Doleac) é misterioso e ameaçador. Sadie (Lindsay Anne Williams, de The Hollow) exala uma sensualidade quase mística. Quanto a Agatha (Kamille McCuin, de Hora de Recomeçar)... bem, o que posso dizer é que Agatha não gosta muito de roupas.
No lugar do diretor, eu excluiria a cena final. Mas embora desnecessária, ela não compromete o sabor dessa ceia com tempero feminista que demora um pouco para mostrar seus melhores ingredientes, mas, quando mostra, torna-se deliciosamente medonha.
Nota: 6/10
Título original: The Dinner Party.
Gênero: Suspense, terror.
Produção: 2020.
Lançamento: 2020.
País: Estados Unidos.
Duração: 1 h 56 min.
Roteiro: Miles Doleac, Michael Donovan Horn
Direção: Miles Doleac.
Elenco: Alli Hart, Jeremy London, Bill Sage, Sherri Eakin, Miles Doleac, Lindsay Anne Williams, Kamille McCuin, Sawandi Wilson, Ritchie Montgomery, Judyth Daley, Mike Mayhall, Joseph VanZandt, Rachel Ryals, Hollis Ellzey.
Título original: The Dinner Party.
Gênero: Suspense, terror.
Produção: 2020.
Lançamento: 2020.
País: Estados Unidos.
Duração: 1 h 56 min.
Roteiro: Miles Doleac, Michael Donovan Horn
Direção: Miles Doleac.
Elenco: Alli Hart, Jeremy London, Bill Sage, Sherri Eakin, Miles Doleac, Lindsay Anne Williams, Kamille McCuin, Sawandi Wilson, Ritchie Montgomery, Judyth Daley, Mike Mayhall, Joseph VanZandt, Rachel Ryals, Hollis Ellzey.