Crítica | The Pale Door (2020)

Os irmãos Dalton enfrentam bruxas malvadas no western de terror do diretor Aaron B. Koontz

Imagem do filme 'The Pale Door', de Aaron B. Koontz

A Quadrilha dos Dalton foi um grupo de foras-da-lei que agiu no Velho Oeste americano no período de 1890 a 1892. Eram especializados em roubar bancos e trens. E, aparentemente, também enfrentavam bruxas. Pelo menos é isso o que sugere The Pale Door, segundo filme do diretor de Imagens do Mal, Aaron B. Koontz. Roteirizado pelo próprio Koontz em parceria com Cameron Burns e Keith Lansdale, o longa mistura elementos de terror e faroeste. E não convence muito em nenhum dos dois.

Cansado de ser agarrado pelo colarinho por clientes nervosos em um bar situado em um Velho Oeste onde tudo é estranhamente limpinho e cheiroso, o jovem Jake Dalton (Devin Druid, da série 13 Reasons Why) decide se unir aos foras-de-lei liderados pelo irmão bem-vestido, Duncan (Zachary Knighton, da série Santa Clarita Diet). Eles querem assaltar um trem. Só que o plano termina com um dos integrantes do grupo mortalmente ferido. A única esperança de salvação é Pearl (Natasha Bassett, de Desolate), uma jovem que aparece do nada (de um baú, na verdade) e promete guiá-los até uma cidade onde receberão cuidados médicos.

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O que os criminosos azarados não sabem é que estão prestes a virar alvo de bruxas que querem...se vingar dos homens? Sacrificá-los em um ritual? Bem, eu não sei exatamente o que elas querem. O roteiro até entrega alguns flashbacks que explicam parte da história da líder do coven, Maria (Melora Walters, de Efeito Borboleta). Mas na maior parte do tempo, se contenta em retratar as bruxas apenas como mulheres muito bonitas que, repentinamente, ficam muito feias e devoram homens.

Imagem do filme 'The Pale Door', de Aaron B. Koontz

O filme tem algumas cenas sangrentas, mas a edição caótica prejudica o resultado final. Isso quando a ação não é interrompida para mostrar os dramas desinteressantes dos protagonistas. Ou melhor, de Jake, que passa o filme inteiro reclamando da vida. Os veteranos Stan Shaw (Deu a Louca nos Monstros), Bill Sage (The Dinner Party) e Pat Healy (Hotel da Morte) fazem o possível para que o filme não fique chato. Mas com tanto mi-mi-mi, fica difícil se divertir.

Gostei da premissa, provavelmente porque evoca lembranças de Um Drink no Inferno. Gostei da maquiagem das vilãs, da sequência de abertura e daquela cena do corvo, ambientada na igreja. E eu acho que é só.

Nota: 3

Título original: The Pale Door.
Gênero: Terror, western.
Produção: 2020.
Lançamento: 2020.
País: Estados Unidos.
Duração: 96 minutos.
Roteiro: Cameron Burns, Aaron B. Koontz, Keith Lansdale.
Direção: Aaron B. Koontz.
Elenco: Melora Walters, Natasha Bassett, Zachary Knighton, Noah Segan, Stan Shaw, Bill Sage, Devin Druid, Pat Healy, James Landry Hébert, Tina Parker, Alexandra Harris, Da Leigh, Jeremy King, Jake Ryan Scott, Danielle Evon Ploeger.

Ed Walter

Criador da 'Sangue Tipo B' e escritor na comunidade de filmes de terror desde 2017. Apaixonado por filmes de terror dos anos 70 e 80. Joga 'Skyrim' até hoje.

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