Crítica | Os Intrusos (The Owners, 2020)

Maisie Williams estrela esse suspense britânico tenso mas com final extravagante dirigido por Julius Berg


Arte do filme 'Os Intrusos', de Julius Berg


O home invasion é uma vertente do cinema de terror e suspense onde proprietários e/ou visitantes de residências remotas acabam se tornando alvos de invasores mal intencionados. Violência Gratuita, Os Estranhos e Hush: A Morte Ouve são bons exemplos desse subgênero, conhecido no Brasil como "filme de invasão domiciliar".

O que talvez você não saiba é que o home invasion tem uma ramificação ainda mais divertida, que mostra criminosos invadindo a casa errada e pagando um preço alto por isso. Já vimos vilões passando apuros em O Homem nas Trevas, O Colecionador de Corpos, Becky e Você é o Próximo. E estamos vendo de novo em Os Intrusos, filme vagamente baseado na graphic novel Une Nuit de Pleine lune, do artista belga Hermann Huppen e do roteirista Yves H.

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Os Intrusos começa com os amigos Terry (Andrew Ellis, de Espírito Jovem), Nathan (Ian Kenny, de Han Solo: Uma História Star Wars) e Gaz (Jake Curran, de Passado Obscuro) planejando invadir uma casa no interior da Inglaterra em busca de uma suposta fortuna guardada em um cofre secreto. Por estar no lugar errado e na hora errada, a namorada de Nathan, Mary (Maisie Williams, da série Game of Thrones), acaba sendo arrastada para o centro da ação.

A atriz Maisie Williams em imagem do filme 'Os Intrusos', de Julius Berg


No papel, o plano parece simples: aproveitar a ausência dos donos da casa e passar a mão na grana. Só que as coisas saem do controle com o retorno do casal de proprietários: o médico Richard Huggins e sua esposa mentalmente doente Ellen, interpretados por um assustadoramente contido Sylvester McCoy (Pesadelos Mortais) e por uma diabolicamente descontrolada Rita Tushingham (Adorável Julia).

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Os Intrusos é o longa-metragem de estreia do diretor francês Julius Berg, conhecido por seu trabalho em séries como La Forêt e Osmosis, da Netflix. Aqui ele entrega um jogo de gato e rato intrigante, marcado por boas cenas de tensão e embalado por uma trilha sonora nervosa, que raramente permite que a adrenalina do público diminua.

A atriz Maisie Williams em imagem do filme 'Os Intrusos', de Julius Berg


Os efeitos especiais surpreendem. Há pitadas de body horror. Embora não seja nenhum gore fest, você pode esperar por algumas cenas de violência explícita, que incluem de membros decepados a crânios esmagados em close-up. Junte a isso uma boa dose de humor-negro e temos um filme conscientemente insano, apropriadamente grosseiro e frequentemente divertido, que só não ganha mais pontos devido a algumas decisões esdrúxulas que o diretor toma no último ato.

Eu realmente não entendi porque o diretor pensou que seria uma boa idéia obrigar o público a acompanhar o enervante confronto final em uma tela quadrada minúscula. O que eu sei é que essa extravagância, embora não arruíne o filme, compromete bastante a experiência.

Nota: 5.7/10

Título original: The Owners.
Gênero: Terror, comédia, crime.
Produção: 2020.
Lançamento: 2020.
País: Reino Unido, França, Estados Unidos.
Duração: 92 minutos.
Roteiro: Mathieu Gompel, Julius Berg, Geoff Cox.
Direção: Julius Berg.
Elenco: Maisie Williams, Sylvester McCoy, Rita Tushingham, Jake Curran, Andrew Ellis, Ian Kenny, Stacha Hicks.

Ed Walter

Criador da 'Sangue Tipo B' e escritor na comunidade de filmes de terror desde 2017. Apaixonado por filmes de terror dos anos 70 e 80. Joga 'Skyrim' até hoje.

1 Comentários

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  1. Maisie, sua linda... O quê você tá fazendo com a sua carreira? Gente, o gás. O GÁS, GENTE 😂 e a dentadura...

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