Crítica | A Casa no Bayou (A House on the Bayou, 2021)

Angela Sarafyan estrela 'A Casa no Bayou', filme de terror de Alex McAulay sobre família que lida com ameaça misteriosa em mansão remota na Louisiana 


Paul Schneider, Lia McHugh e Angela Sarafyan como John, Anna e Jessica no filme 'A Casa no Bayou'
Paul Schneider, Lia McHugh e Angela Sarafyan como John, Anna e Jessica no filme 'A Casa no Bayou', de Alex McAulay


Uma família viaja para o interior para tentar superar um problema e precisa lidar com um problema maior neste filme de terror produzido pela Blumhouse Television. A Casa no Bayou é o primeiro de oito projetos nascidos de uma parceria entre a produtora de Jason Blum e a rede de televisão americana Epix. O longa é dirigido por Alex McAulay (Don't Tell a Soul), que também assina o roteiro.

Angela Sarafyan (série Westworld) estrela como Jessica Chambers, uma elegante agente imobiliária casada com um professor chamado John (Paul Schneider, de Água para Elefantes) e mãe de uma pré-adolescente chamada Anna (Lia McHugh, de Isolados: Medo Invisível). O primeiro diálogo do filme revela que o casamento de Jessica e John não vai muito bem. Na verdade, vai muito mal, graças a uma traição do marido.

O ator Jacob Lofland como Isaac no filme 'A Casa no Bayou'
O ator Jacob Lofland como Isaac no filme 'A Casa no Bayou', de Alex McAulay


Embora visivelmente abalada, Jessica decide dar outra chance ao relacionamento, e até organiza uma viagem em família para uma mansão remota na Louisiana. Ao contrário do que nossa heroína imaginava, o passeio só aumenta a discórdia entre o casal. E se o clima já estava tenso, a chegada de um adolescente chamado ​​Isaac (Jacob Lofland, de Maze Runner: A Cura Mortal) e de seu avô sem nome (Doug Van Liew, de The Pale Door) coloca ainda mais lenha na fogueira.


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A Casa no Bayou é um filme repleto de personagens misteriosos. Conhecemos o casal no meio de uma crise e, como não fazemos ideia de como se comportavam antes dos problemas começarem, fica difícil dizer se suas ações no decorrer do filme são naturais ou se estão representando para agradar ou coagir um ao outro. Mais difícil ainda é adivinhar as reais intenções de Isaac e seu avô, que parecem saber mais sobre os segredos do casal do que eles próprios.

O ator Doug Van Liew como "vovô" no filme 'A Casa no Bayou'
O ator Doug Van Liew como "vovô" no filme 'A Casa no Bayou', de Alex McAulay


Sarafyan não faz feio no papel da esposa traída, e consegue transmitir pelo menos parte da complexidade que McAulay idealizou para sua personagem. O Isaac de Lofland é ameaçador e magnético. O resto do elenco não passa da linha do mediano. Mas eles também não chegam a comprometer o filme, que aposta a maioria de suas fichas na curiosidade do público sobre o que realmente está acontecendo na casa.


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De fato, criar teorias sobre os objetivos de Isaac e seu avô, e sobre o que pode estar escondido do outro lado daquela porta sempre trancada, é divertido por algum tempo. Contudo, o diretor estica demais o mistério, e minha curiosidade acabou se diluindo. Para piorar, algumas reviravoltas são apresentadas em momentos errados. Ao invés de surpreender e contribuir para aumentar a tensão, elas acabam comprometendo a sensação de ameaça que havia sido cuidadosamente construída.

A atriz Angela Sarafyan como Jessica Chambers no filme 'A Casa no Bayou'
A atriz Angela Sarafyan como Jessica Chambers no filme 'A Casa no Bayou', de Alex McAulay


Novas reviravoltas surgem antes que você consiga absorver as anteriores. A história acaba se perdendo, demora um bom tempo para encontrar seu fundamento novamente, e mais tempo ainda para acumular a tensão que jogou fora. Somente no último ato, quando a verdadeira face do inimigo é revelada, é que o filme recupera o fôlego e consegue caminhar com mais firmeza para um confronto final, não memorável, mas aceitável.

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Acredito que com um roteiro mais elaborado, menos reviravoltas e um maior aprofundamento na mitologia do vilão, A Casa no Bayou poderia se transformar em uma história de terror arrepiante, com potencial até mesmo para uma sequência. Do jeito que ficou, não chega a ser um filme ruim, mas com certeza não vai entrar para minha lista de favoritos do ano.

Nota: 5.2/10

Título original: A House on the Bayou.
Gênero: Terror, mistério, suspense.
Produção: 2021.
Lançamento: 2021.
País: Estados Unidos.
Duração: 1 h 28 min.
Roteiro: Alex McAulay.
Direção: Alex McAulay.
Elenco: Angela Sarafyan, Paul Schneider, Lia McHugh, Jacob Lofland, Doug Van Liew, Lauren Richards, Rhonda Johnson Dents.

Ed Walter

Criador da 'Sangue Tipo B' e escritor na comunidade de filmes de terror desde 2017. Apaixonado por filmes de terror dos anos 70 e 80. Joga 'Skyrim' até hoje.

7 Comentários

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  1. Esse filme entrou na minha de favoritos. Curti pra caralho. Muito bom hehe

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  2. Eu gostei bastante !!!! Vai entrar sim na minha playlist !!!!
    🌟🌟🌟🌟

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  3. Eu amei o filme. Nota 4,5

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  4. Só nao gostei da maldade com o gatinho

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  5. Amei o filme, queria continuação

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  6. Não entrou pra minha lista de favoritos .

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  7. Péssima análise, pq o filme é bom

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