Logan Miller e Kristine Froseth interpretam jovens presos em ilha habitada por entidade maligna no terror de Franck Khalfoun
![]() |
Kristine Froseth e Logan Miller em imagem do filme 'Prey', de Franck Khalfoun |
Prey é o novo trabalho de Franck Khalfoun, responsável pelo remake perturbador de Maníaco. O filme marca sua nova parceria com a produtora Blumhouse, depois de Amityville: O Despertar. Logan Miller (Escape Room) e Kristine Froseth (Apóstolo) estrelam o longa, roteirizado pelo próprio Khalfoun em parceria com David Coggeshall.
Miller interpreta Toby, um jovem que entra em depressão depois que seu pai é assassinado durante um assalto. Ele se inscreve em um programa de ajuda para jovens problemáticos, e a etapa final do programa requer que ele passe três dias e três noites em uma ilha deserta (?).
Só que a tal ilha em que o rapaz é abandonado não é tão deserta quanto aparenta. Toby não reclama ao descobrir que a floresta é habitada por uma bela jovem chamada Madeleine (Froseth). Mas ele não fica muito feliz quando descobre que uma criatura assassina também costuma passear pela floresta à noite.
![]() |
Kristine Froseth em imagem do filme 'Prey', de Franck Khalfoun |
Froseth manda bem no papel da garota da selva, que não tem dificuldades em caçar javalis e retalhar serpentes com a faca. Se você conseguir aceitar a história estranha de como ela foi parar lá, será fácil comprar a idéia de que ela sabe se virar muito bem sozinha.
Já Miller é prejudicado pelo roteiro. No início dá até para rir um pouco das trapalhadas de Toby tentando sobreviver sozinho na ilha. Já aceitar que o rapaz aprendeu a caçar, pescar, montar armadilhas e construir cabanas em poucas horas, exige uma dose generosa de boa vontade. E o fato de tomar decisões que o colocam em constante perigo não contribui para que ele ganhe pontos com o público.
![]() |
Jolene Anderson em imagem do filme 'Prey', de Franck Khalfoun |
Dois outros personagens aparecem na ilha conforme a história avança. Um deles está lá para lembrar Toby que ele está tomando muitas decisões idiotas, e depois morrer. E o outro está lá apenas para morrer mesmo. Uma terceira personagem (Jolene Anderson) ganha destaque na segunda metade do filme, e serve como gatilho para a reviravolta que acontece nos 20 minutos finais. O problema é que o roteiro é bem previsível. E acho até que boa parte do público não vai precisar de muito tempo para sacar não apenas quem é o vilão, mas também o rumo que a história vai tomar.
De vez em quando o diretor se arrisca no terreno do romance, mas esses momentos são raros e esquecíveis. Em uma comparação simples, é como assistir A Lagoa Azul. Só que mais comportadinho, e sem a Brooke Shields. Quando pende para o lado da aventura, o filme simplesmente não funciona. E o que resta são as cenas de terror, que têm seus altos e baixos.
![]() |
Logan Miller e Kristine Froseth em imagem do filme 'Prey', de Franck Khalfoun |
Na maior parte do tempo, Khalfoun tenta nos assustar com jump scares que, além de manjados, não trazem consequência alguma para os personagens. Mas como a criatura que ronda a floresta é revelada pouco antes do filme acabar, dá para ter uma diversão razoável acompanhando a batalha final. Eu preferia que o diretor não abusasse tanto do CGI e desse mais destaque para os efeitos práticos. E também gostaria muito de poder ver as cenas de violência, algo que ficou de fora para que o filme alcançasse a classificação indicativa PG-13.
_______________
O melhor: Os instintos de sobrevivência de Madeleine e a batalha final razoável.
O pior: A mistura de gêneros não funciona muito bem. O CGI atrapalha. E a ausência de violência, também.
Título original: Prey.
Gênero: Aventura, terror, mistério.
Produção: 2019.
Lançamento: 2019.
Pais: Estados Unidos.
Duração: 85 minutos.
Roteiro: David Coggeshall, Franck Khalfoun.
Direção: Franck Khalfoun.
Elenco: Logan Miller, Kristine Froseth, Jolene Anderson, Jerrica Lai, Phodiso Dintwe, Anthony Jensen, Jody Mortara, Vela Cluff, Joey Adanalian, Nathan Healy.
Esse filme é muito ruim mesmo, realmente não sabe dosar essa mescla de gêneros envolvidos.. Mais uma produção esquecível da Blumhouse que desponta pro anonimato. E pior que assisti apenas pelo diretor, que fez o ótimo remake de Maniac.
ResponderExcluirA hora que ela deitou no colo dele,e começou a ter flash de memórias..descobri que ela era a assassina. Franck Khalfoun,não acertou desta vez.
ResponderExcluir