Crítica | A Ilha da Fantasia (Fantasy Island, 2020)

Jeff Wadlow dirige reimaginação sombria da série clássica de TV sobre ilha capaz de transformar desejos em realidade

Lucy Hale em imagem do filme 'A Ilha da Fantasia', de Jeff Wadlow
Lucy Hale em imagem do filme 'A Ilha da Fantasia', de Jeff Wadlow

A série de TV A Ilha da Fantasia foi produzida entre 1978 e 1984. Consistia de episódios semanais, onde o carismático sr. Roarke e seu fiel assistente Tattoo (Ricardo Montalban e Hervé Villechaize) recepcionavam hóspedes maravilhados em uma ilha tropical onde todos os desejos se transformavam em realidade.

Três décadas e meia depois, A Ilha da Fantasia ressurge na forma de um filme produzido pela Blumhouse, o estúdio por trás de Corra! e Sweetheart. A reimaginação sombria é dirigida por Jeff Wadlow (Verdade ou Desafio), que também assina o roteiro em parceria com Jillian Jacobs e Christopher Roach.

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Michael Peña (Extinção) interpreta o novo sr. Roarke, que transforma em realidade os sonhos secretos dos convidados sortudos de sua ilha tropical. Não demora muito para que as fantasias se transformem em pesadelos. E os convidados terão que se unir para resolver os mistérios da ilha se quiserem sair de lá com vida.

Lucy Hale, Austin Stowell e Michael Peña em imagem do filme 'A Ilha da Fantasia', de Jeff Wadlow
Lucy Hale, Austin Stowell e Michael Peña em imagem do filme 'A Ilha da Fantasia', de Jeff Wadlow

Os personagens e deus desejos são variados. Ryan Hansen (Loja de Unicórnios) e Jimmy O. Yang (Alma da Festa) são dois irmãos que querem experimentar os prazeres da vida dos milionários. Lucy Hale (Pânico 4) é uma garota em busca de vingança. Austin Stowell (Swallow) é um rapaz que quer se alistar no exército (?). E Maggie Q (Pesadelos Mortais) é mulher em busca de uma segunda chance com o homem que ama.

Não posso dizer que me importei com eles. Mas até que me empolguei um pouco com o núcleo liderado por Hale e Portia Doubleday (Um Romance na Alta Moda), em especial nas cenas em que elas precisam lidar com um torturador imortal. O filme lançado nos cinemas tem classificação indicativa PG-13 e a violência é bem moderada. Mas a versão em Blu-ray consegue ser um pouco mais interessante, trás um pouquinho de sangue e até uma cena rápida de nudez parcial, no núcleo dos irmãos festeiros.

Portia Doubleday e Lucy Hale em imagem do filme 'A Ilha da Fantasia', de Jeff Wadlow
Portia Doubleday e Lucy Hale em imagem do filme 'A Ilha da Fantasia', de Jeff Wadlow

É claro que o material extra não corrige problemas como a montagem picotada, o excesso de clichês ruins, os cliffhangers anti-climáticos e o ritmo arrastado. O fato do roteiro criar regras para a ilha apenas para ignorá-las no minuto seguinte não ajuda na experiência do espectador. E nem as reviravoltas sem pé nem cabeça que acontecem na metade final, embora elas forneçam material para algumas risadas. A última cena guarda uma surpresa para os fãs da série original. Mas eu não estou muito certo se o presente vai deixar os fãs felizes ou muito irritados.

A Blumhouse já produziu muita coisa boa e muita coisa ruim. A reimaginação de A Ilha da Fantasia, infelizmente, se encaixa na segunda categoria.

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O melhor: Lucy Hale e Portia Doubleday lidando com um torturador imortal.
O pior: A maioria das fantasias é desinteressante, falta ritmo, e as reviravoltas não têm pé nem cabeça.

Título original: Fantasy Island.
Gênero: Aventura, fantasia, terror.
Produção: 2020.
Lançamento: 2020.
País: Estados Unidos.
Duração: 109 minutos.
Roteiro: Jeff Wadlow, Jillian Jacobs, Christopher Roach.
Direção: Jeff Wadlow.
Elenco: Michael Peña, Maggie Q, Lucy Hale, Austin Stowell, Jimmy O. Yang, Portia Doubleday, Ryan Hansen, Michael Rooker, Parisa Fitz-Henley, Mike Vogel, Kim Coates, Robbie Jones, Jeriya Benn, Charlotte McKinney, Josh McConville.

Ed Walter

Criador da 'Sangue Tipo B' e escritor na comunidade de filmes de terror desde 2017. Apaixonado por filmes de terror dos anos 70 e 80. Joga 'Skyrim' até hoje.

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