Jeff Wadlow dirige reimaginação sombria da série clássica de TV sobre ilha capaz de transformar desejos em realidade
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Lucy Hale em imagem do filme 'A Ilha da Fantasia', de Jeff Wadlow |
A série de TV A Ilha da Fantasia foi produzida entre 1978 e 1984. Consistia de episódios semanais, onde o carismático sr. Roarke e seu fiel assistente Tattoo (Ricardo Montalban e Hervé Villechaize) recepcionavam hóspedes maravilhados em uma ilha tropical onde todos os desejos se transformavam em realidade.
Três décadas e meia depois, A Ilha da Fantasia ressurge na forma de um filme produzido pela Blumhouse, o estúdio por trás de Corra! e Sweetheart. A reimaginação sombria é dirigida por Jeff Wadlow (Verdade ou Desafio), que também assina o roteiro em parceria com Jillian Jacobs e Christopher Roach.
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Michael Peña (Extinção) interpreta o novo sr. Roarke, que transforma em realidade os sonhos secretos dos convidados sortudos de sua ilha tropical. Não demora muito para que as fantasias se transformem em pesadelos. E os convidados terão que se unir para resolver os mistérios da ilha se quiserem sair de lá com vida.
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Lucy Hale, Austin Stowell e Michael Peña em imagem do filme 'A Ilha da Fantasia', de Jeff Wadlow |
Os personagens e deus desejos são variados. Ryan Hansen (Loja de Unicórnios) e Jimmy O. Yang (Alma da Festa) são dois irmãos que querem experimentar os prazeres da vida dos milionários. Lucy Hale (Pânico 4) é uma garota em busca de vingança. Austin Stowell (Swallow) é um rapaz que quer se alistar no exército (?). E Maggie Q (Pesadelos Mortais) é mulher em busca de uma segunda chance com o homem que ama.
Não posso dizer que me importei com eles. Mas até que me empolguei um pouco com o núcleo liderado por Hale e Portia Doubleday (Um Romance na Alta Moda), em especial nas cenas em que elas precisam lidar com um torturador imortal. O filme lançado nos cinemas tem classificação indicativa PG-13 e a violência é bem moderada. Mas a versão em Blu-ray consegue ser um pouco mais interessante, trás um pouquinho de sangue e até uma cena rápida de nudez parcial, no núcleo dos irmãos festeiros.
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Portia Doubleday e Lucy Hale em imagem do filme 'A Ilha da Fantasia', de Jeff Wadlow |
É claro que o material extra não corrige problemas como a montagem picotada, o excesso de clichês ruins, os cliffhangers anti-climáticos e o ritmo arrastado. O fato do roteiro criar regras para a ilha apenas para ignorá-las no minuto seguinte não ajuda na experiência do espectador. E nem as reviravoltas sem pé nem cabeça que acontecem na metade final, embora elas forneçam material para algumas risadas. A última cena guarda uma surpresa para os fãs da série original. Mas eu não estou muito certo se o presente vai deixar os fãs felizes ou muito irritados.
A Blumhouse já produziu muita coisa boa e muita coisa ruim. A reimaginação de A Ilha da Fantasia, infelizmente, se encaixa na segunda categoria.
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O melhor: Lucy Hale e Portia Doubleday lidando com um torturador imortal.
O pior: A maioria das fantasias é desinteressante, falta ritmo, e as reviravoltas não têm pé nem cabeça.
Título original: Fantasy Island.
Gênero: Aventura, fantasia, terror.
Produção: 2020.
Lançamento: 2020.
País: Estados Unidos.
Duração: 109 minutos.
Roteiro: Jeff Wadlow, Jillian Jacobs, Christopher Roach.
Direção: Jeff Wadlow.
Elenco: Michael Peña, Maggie Q, Lucy Hale, Austin Stowell, Jimmy O. Yang, Portia Doubleday, Ryan Hansen, Michael Rooker, Parisa Fitz-Henley, Mike Vogel, Kim Coates, Robbie Jones, Jeriya Benn, Charlotte McKinney, Josh McConville.